Moonchild | Vminkook

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AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM RELATOS DE AUTO TORTURA, AUTO MUTILAMENTO, TENTATIVA DE ABUSO SEXUAL, PENSAMENTOS E ATOS DEPRESSIVOS, DEGOLAÇÃO DE CADÁVER, EXPOSIÇÃO DE CADÁVER, SANGUE E VIOLÊNCIA CONTRA MENORES. NÃO LEIA SE NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL COM ESSES ASSUNTOS.

Frases em itálico são lembranças ou sonhos

Taehyung encarou o corpo de Hyung-sik por alguns minutos, o alfa ainda se encontrava caído em cima da mesa encarando o vazio.

Não deveria ter matado o homem. Taehyung sabia que poderia ter levado aquilo por mais tempo e poderia ter conseguido mais informações sobre Bogum e o que ele pretendia fazer depois. Ou poderia ter entregado Hyung-sik para Namjoon, pois assim eles poderiam extrair informações e Taehyung poderia ir embora dali e deixar aquela confusão, que não era sua, para trás.

Mas depois do ocorrido na cozinha, tudo que Taehyung queria era ficar sozinho. Não queria ver aquele alfa e nem correr o risco de ele lhe tocar novamente. Sentia seu corpo se arrepiar só de imaginar as mãos do alfa em cima de si novamente.

Pensou em tomar outro banho, mas sabia que aquela sensação estava em um lugar mais profundo do que sua pele e, infelizmente, um banho não conseguia lavar aquilo.

O rapaz respirou fundo e fechou os olhos, pensando no que precisava fazer. Ele era Kim Taehyung, e Kim Taehyung sabe como agir diante de qualquer situação. Ele tem que saber.

"- O que vocês fariam se estivessem nesse cenário? - o homem perguntou e todos começaram a escrever em suas folhas, ansiosos para terminar a tarefa logo.

No meio dessa agitação, o pequeno menino de grandes olhos e cabelos cacheados se atrapalhou e deixou o lápis cair no chão. Devido ao silêncio no ambiente, o lápis caindo no chão fez um barulho ensurdecedor, e todos olharam na direção do mesmo, fazendo o pequeno menino abaixar a cabeça, já sabendo o que viria depois.

- Tinha que ser você, ômega macho - o homem falou com repulsa, parando ao lado do menino, que não encarava o mesmo.

O pequeno garoto foi jogado no chão devido a força do tapa que o homem desferiu em sua cabeça. O garoto, após alguns segundos, pegou o lápis e se sentou novamente, ainda de cabeça baixa. Nenhuma lágrima escorria em seu rosto, não podia, pois aí sim seu castigo seria pior.

- Pelo menos escreveu algo que preste? - o homem perguntou e pegou o papel em cima da mesa do garoto.

Para a infelicidade do homem, o menino tinha descrito com detalhes o que faria em todas as situações que poderiam ocorrer no cenário sugerido anteriormente. O homem arrogante ficou com o semblante irritado ao ver que o garoto tinha imaginado até mesmo uma hipótese que nem ele havia pensado antes.

- Vá para o quarto 7, cinco de cada lado, porque a sua presença me dá nojo - o homem falou com raiva e o menino, que nem sabia o que tinha feito, respirou fundo se levantando.

- Sim senhor - o menino disse, se curvando diante do homem e saindo da sala em seguida, com todos os olhos do local acompanhando seus movimentos.

O garoto caminhou pelos corredores sem ânimo, já estava acostumado em ser castigado simplesmente por ser quem era, e achava que merecia aquilo. Deveria ser um alfa, tinham planos para si e ele os estragou nascendo ômega, por isso merecia ser punido.

O ômega encontrou um outro homem parado na frente do quarto. A porta vermelha tinha o número sete pintado com uma tinta preta na frente da mesma. O garoto respirou fundo e pegou o objeto que o guarda havia lhe entregado.