Capítulo 13 - Reformatório

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Tokyo, Japão.
Outubro de 2005.

◆━━━━▣卍Tokyo Manji Gang卍▣━━━━━◆

  O dia em Tokyo havia amanhecido chuvoso, desde a madrugada, uma chuva rasa se mantinha continua pelas ruas, fazendo a cidade que normalmente é movimentada, ter quase ninguém nas ruas.

  O guarda chuva preto protegia Mahina dá chuva, enquanto ela caminhava rumo ao cemitério principal da cidade. Depois de andar por alguns túmulos, a morena avista Draken de pé, com um guarda-chuva transparente, não muito a sua frente, assim que se aproxima, ela também percebe a presença de Mikey, abaixado em frente a um dos túmulos.

Família Sano.

    Mahina se aproxima em silêncio, Draken é o primeiro a percebe-la, e sorri em silêncio para a garota.

     A morena olha para o túmulo, e sua cabeça lateja, fazendo outra visão assombrar seus pensamentos.

   O fim de tarde chuvoso deixava o cemitério de Tokyo vazio. A morena se abaixa em frente ao túmulo dos Sanos, e com a ponta dos dedos, dedilha delicadamente o sobre nome cravado na preda.

— eu disse para você não investiga-los, por que nunca me ouve ? — Mahina murmura em frente ao túmulo, mordendo os lábios para evitar que lágrimas insistentes rolem por sua face.

   A morena volta a seus sentidos, com seu ouvindo zumbindo irritantemente. Ela balança a cabeça piscando algumas vezes. Ao olhar para os garotos, percebe os a fitando com certa preocupação.

— Hin, tudo bem aí ? — Draken indaga. Mahina balança a cabeça confirmando.

— está sim — Mahina sorri amarelo e de vira para o Mikey — o que queria comigo, Mikey?

— não conversamos o essencial ontem, quero sabe o que aconteceu na Valhalla — Mikey pergunta se levantando.

— quer saber como nós fomos parar lá ? — Mahina indaga, e Mikey assente — Kazutora veio atrás do Takemichi, para que ele servi-se de testemunha da deserção do Baji. Os amigos de Takemichi me avisaram e eu fui atrás deles, foi assim que nós dois fomos parar lá — a morena da de ombros.

— você é mesmo doidona — Draken afirma com cara de espanto.

— Kazutora não encostaria um dedo em mim, Draken — Mahina fala sorrindo sombria, ela coloca a mão no bolso, e tira dê lá o brinco de sino — não são os únicos que conhecem aquele garoto a um tempo — a morena chacoalha o brinco em frente aos garotos.

   Mikey sabia que Mahina conhecia Kazutora já, mas o brinco foi uma novidade pro garoto, o Sano estava surpreso. Já Draken estava mais ainda.

— Talvez eu conheça ele melhor que vocês, já que no Reformatório, você conhece o pior lado das pessoas — a morena desvia o olhar — Kazutora sabe, que qualquer um que se atrevesse a me enfrentar, teria uma ida direto para o necrotério do hospital central de Tokyo — Mahina sorri amarelo — não que eu me orgulhe disso.

   Mahina guarda o brinco no bolso do casaco, e se aproxima de Mikey, se abaixando em frente ao túmulo.

— antes de sair, Kazutora havia me dito que tinha assuntos pendentes em Tokyo, que tinha alguém que ele queria matar —  a morena fala num tom baixo, e comprime os lábios — na época, eu disse pra ele que se fosse pra matar alguém que fizesse direito para não ser pego, já que acabaria voltando pra lá por burrice — Mahina sorri de lado pela ironia da situação — que mundo pequeno, quem diria que a pessoa que o Kazutora queria matar seria um dos meus amigos atualmente.

𝐎𝐔𝐑 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐄 𝐈𝐈 | 𝙏𝙤𝙠𝙮𝙤 𝙍𝙚𝙫𝙚𝙣𝙜𝙚𝙧𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora