Capítulo 17 - Preludio do Caos

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Tokyo, Japão.
Outubro de 2005.

◆━━━━▣卍Tokyo Manji Gang卍▣━━━━━◆

     O barulho dos papéis sobre a mesa e os suspiros pesados de Mahina eram os únicos sons presentes na sala. A morena havia passado os últimos dias pesquisando as gangues de Tokyo como louca, e as inúmeras latas de energético sobre sua mesa de centro eram provas disso.

   Havia muitas coisas que não faziam sentido na cabeça de Mahina, e os sonhos lúcidos que ela vinha tendo a dias não a ajudavam a dormir.

   A morena suspira jogando a cabeça para trás, ela fecha os olhos com a cabeça apoiada no encosto do sofá e fecha os olhos por uns segundos, tempo suficiente para cochilar e ser assombrada por mais sonhos.

   Os carros quebrado e empilhados em volta do grande pátio rangiam enquanto as pessoas pulavam entre eles. Os gritos eram encessantes. A morena é surpreendida quando um garoto voa em sua direção e cai no chão desacordado.

    Magina levanta a cabeça e olha em volta, vendo uma roda de formar em volta de algo, ou de alguém. Ela se esgueira entre os deliquentes, se aproximando do centro.

- Ele vai mata-lo... - um dos delinquentes sussurra espantado.

Um mal presentimiento cerca o coração de Mahina. A morena se apressa para chegar ao centro do círculo, quando sua visão encontra um garoto deitado no chão com uma poça de sangue o rondando.

- BAJI! BAJI-SAN - chifuyu grita, segurando Baji nos braços.

   Mahina se levanta em um solavanco, respirando fundo e apoiando as mãos na testa quando o apito de seu celular a faz voltar ao agora.

   A morena pega o telefone e vê em sua tela a notificação de mensagem.

"Bar deluxe, as sete. Não falte e se vista apresentavelmente.

- M.L."

   Mahina praqueja algum xingamento baixo e se levanta do sofá vendo as horas no relógio que ficava pendurado em cima de sua geladeira.

  Seis horas. Mahina tinha uma hora para encontrar La Rose em um bar que ficava do outro lado de Tokyo.

   A morena cata os papéis da sua mesa e os tranca no quarto que usava como escritório. Ela toma um banho e coloca a roupa mais apresentável que encontrou primeiro, um simples vestido preto que chegava no meio de sua canela, e possuía uma fenda do lado direito, que deixa sua coxa a mostra e seus seios volumosos, com um decote de coração e um tecido transparente que prendia do decote, até em volta de outro tecido preto que envolvía seu pescoço como uma gargantilha, a morena pegou um solto igualmente preto e de plataforma, e um par de luvas pretas.

     Mahina dedilhou o fundo do seu guarda roupa, encontrando o fundo falso que dava acesso ao cofre que guardava suas armas, presente que o novo contratante había deixado para caso ela precisasse se proteger. A morena nunca havia aberto o cofre até aquele dia, ela parou alguns segundos para olhar quantas armas estavam ali entre facas e pistolas, Mahina sorriu em escárnio, os Ryuki a teriam mandariam para o território inimigo sem nada para se proteger, enquanto La rose tinha deixado um arsenal privado para a morena em seu guarda roupa.

   Mahina pegou a coleção de facas, e um suporte de coxa que a permitía prende-las em sua perna e em sua cintura, fazendo com que ficassem fora de vista.
    A morena colocou cinco facas presas em sua coxa e foi de frente ao espelho, verificando se alguém poderia vê-las caso se mexesse de mais. Depois de ter certeza que não veriam as facas, Mahina voltou ao cofre e pegou uma pequena pistola, a enroscando na parte do apoio que ficava em sua cintura.

    Assim que estava pronta, com a maquiagem devidamente feita e um bolsa de lado que possuía identidade falsa, telefone descartável e um batom falso que era na verdade uma pequena faca, Mahina voltou a sala pronta para sair, mas assim que botou seus pés para fora de casa, o barulho de moto chamou sua atenção para o pátio da frente do prédio, onde Mikey ja desvía o pé de apoio da moto.

Mahina prende a respiração surpresa e olha em volta procurando outro lugar para sair do prédio, e assim que volta a olhar para onde o loiro estava, o mesmo já a olhava de volta paralisado.

- Hin? - Mikey indaga ainda sentado em sua moto. Mahina sorri amarelo e coloca uma mexa do cabelo atrás da orelha, respirando fundo e descendo os degraus do prédio.

- Oi, Mikey - Mahina fala desconcertada. Ela não queria que ele a visse saindo - o que faz aqui ?

- Desculpe, mal hora... - Mikey fala analisando Mahina de cima a baixo - está linda. Tem um encontro?

- Não! Nem perto - Mahina fala rapidamente e hesitando em seguida.

   A morena não queria colocar o loiro ou seus amigos em seu mundo complexo, ela gostava de como a Touman era auténtica e única, não queria corrompe-los com a podidrão que a cercava.

- meu comandante quer me ver, estou indo ver o que ele quer, e como o ponto de encontro é um bar de luxo da cidade... - Mahina se embaralha. Ela pausa e respira fundo abaixando a cabeça e fechando os olhos - é trabalho - a morena volta a encarar Mikey, que a olhava de volta fixamente.

- Achei que estava fora - Manjiro indaga sem desviar o olhar.

- Não é tão fácil... - Mahina fala sorrindo de lado - é a máfia, não tem como sair, não vivo pelo menos - a morena ironiza.

   Mikey a encarava sério, fazendo Mahina desmanchar o sorriso forçado.

- eu vou ficar bem - A morena fala. Manjiro acente e acena com a cabeça para Mahina subir na moto, enquanto ele levantava o pé de apoio e ligava o motor.

- Sobe - Mikey fala quando a garota não sobe na moto. Mahina nega com a cabeça - não vai sem mim.

- não vou colocar você nisso - Mahina fala irredutível.

- você ainda não entendeu que se você está nisso, eu também tô? Não vou deixar ir lá sozinha - Mikey fala convicto o que faz Mahina hesitar novamente.

Estava ficando perigoso, aquilo entre eles que Mahina ainda não queria nomear, estava ficando cada vez mais mortal para os dois.

- Só se me esperar do lado de fora - Mahina fala encarando o loiro nos olhos.

- não vai... - Mikey começa, mas Mahina o enterrompe.

- não vai entrar la comigo, Manjiro! - A morena fala firme, fazendo o loiro bufar por ter seu nome pronunciado naquele momento. Em outro ocasião, Mikey teria adorado ter ouvido seu nome saindo dos lábios dae Mahina.

- 40 minutos - o loiro fala fazendo o número quatro nos dedos - se não sair de lá em quarenta minutos eu entro.

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𝐎𝐔𝐑 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐄 𝐈𝐈 | 𝙏𝙤𝙠𝙮𝙤 𝙍𝙚𝙫𝙚𝙣𝙜𝙚𝙧𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora