XXIII

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Nem bem chegara do trabalho e Louis já estava martelando os nós dos dedos na porta de Harry. Entretanto, ele não foi atendido.

Repetiu o ato novamente, e nada de resposta. Aquilo lhe causou estranhamento.

Louis logo supôs que ele saiu e esqueceu de avisar, apesar da falta de aviso nunca ter acontecido antes. Bem, há sempre uma primeira vez. Ou então Styles dormiu mais cedo, talvez tivesse passado por um dia muito cheio que exauriu-lhe tamanha força que ele acabou nem lembrando de avisar Louis. Era possível, talvez.

Sendo assim, de nada adiantava ficar plantado à sua porta. Louis seguiu para dentro do seu próprio apartamento e tentou ligar para ele para se certificar de suas suposições.

Se Harry estivesse dormindo, o toque do celular com certeza o despertaria e Louis se tranquilizaria em apenas ouvir uma reclamação sua. Ele só precisava saber se o cacheado estava bem e em segurança.

As chamadas, porém, foram encaminhadas para a caixa postal antes mesmo do primeiro toque.

Ele tentou de novo. Enviou uma mensagem. Nada.

Louis então supôs que algum imprevisto aconteceu. E que talvez o seu celular tenha descarregado. Talvez. Tudo não ia além de suposições que não lhe convenciam.

Louis não estava gostando daquela situação. Quando Harry planejava sair com seus amigos, ou quando acabava precisando ir à algum lugar, ele não deixava Louis no escuro. Sempre o avisava pois sabia o quanto ele ficava preocupado.

Louis chegou a mandar uma mensagem para Anne, perguntando se Harry estava com eles, porém, a mulher negou e sugeriu que ele provavelmente estava com Niall e Clarisse. De novo, Louis não se convenceu disso.

Uma preocupação vivaz o pertubou. Ele se sentia do mesmo jeito que se sentiu quando Harry sumiu por três dias, logo após revelar a gravidez. Do mesmo jeito, seus pensamentos se voltaram-se apenas a Harry, ao seu paradeiro e ao estado em que se encontrava.

Louis se sentiu imponente, sem ter muito o que fazer ou a quem recorrer para achá-lo e não lhe restava muita coisa a não ser retornar à porta do apartamento vizinho para chamá-lo.

Não conseguia ignorar a intuição de que Harry estava ali, sim. E se estivesse, Louis pensou, estava precisando de ajuda.

Da mesma forma que fez noutras vezes antes, o ex-soldado perguntou em um tom elevado se Harry estava ali, se estava bem e se podia levantar para abrir a porta. Igualmente às vezes anteriores, não obteve resposta.

Ai, meu Deus.

O desespero começou a tomar conta de si. Louis precisava entrar. Não importava como, ele poderia chutar ou quebrar aquela porta em pedacinhos. Qualquer coisa lhe era cabível, ele só tinha que entrar.

Desesperançoso de que conseguiria acesso a casa tão facilmente, ele não podia deixar de tentar o jeito mais simples. Louis levou a mão à maçaneta e a girou, crente de que era uma idiotice inútil porque obviamente a porta estava trancada... Mas ele não poderia estar mais enganado.

A porta simplesmente se abriu.

Antes de entrar na casa, o pensamento de que nada daquilo era bom fustigou a mente já tomada pela bagunça. Tomlinson não poderia ter entrado assim tão facilmente. Não deveria ter sido fácil porque, se ele conseguiu, qualquer outra pessoa no mundo também conseguiria. Nada, nada bom.

Mas ele não tinha tempo para matutar sobre isso porque, agora dentro da casa iluminada apenas pela luz do corredor, seus pés o levaram em passadas largas até o primeiro dos quartos, o quarto sem janela.

Ain't Move On • L.S. (mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora