Ain't Move On • L.S. (mpreg)

XXXV

// último cap :)
(mas pra alegria de alguns,
- de outros nem tanto - vou voltar pra finalizar com um epílogo)

só queria usar algumas linhas pra agradecer o apoio e carinho IMPAGÁVEIS que venho recebendo até aqui (já tô sentindo saudades)

escrever ain't move on foi só uma forma de eu fugir da rotina cansativa (e das mts responsabilidades kk) mas espero que, tanto quanto possível, além de uma distração, tenha sido uma boa leitura pra quem chegou até aqui

enfim

taca stream em harry's house

surtando pq essa semana terenos louis em solo brasileiro
((e deprimida pq não vou no show

loads of love //

Julho, manhã de verão. Há pouco tempo o alvorecer transpôs-se à escuridão da noite e agora a aurora resplandece com graça. Ainda está cedo, mas a lentidão típica às manhãs de sábado daquela casa não pôde ser prolongada. 

Louis já não se encontra mais fazendo companhia à sua família. Na cama apenas Harry e Pearl permanecem deitados. E somente a garotinha dorme, ainda com o mamilo entre os lábios inertes. 

O cacheado não tem pressa em mudar esse estado. Para ser honesto, não tem pressa para nada. Mas sabe que precisa levantar o mais breve possível.

Da última vez que viu as horas, ainda tinha quarenta minutos para se arrumar para sair, porém, isso foi há uns bons minutos.

O tempo continua estreitando-se cada vez mais e ele continua sem fazer nada. 

Com uma calma plácida e despreocupada, a ponta dos seus dedos transcorrem pelos sedosos cabelos da filha. As suas pontinhas são atrevidas, se desgarram do coro cabeludo e se recusam a ficar no seu devido lugar. Os fios desgrenhados anunciam que seu cabelo torna-se-a ondulado, ou mesmo cacheado, conforme for crescendo.

Ao menos isso. Talvez o único traço físico herdado dele, o único que destoa de Louis.

Styles pode até dizer que deu-lhes as covinhas das bochechas, mas Louis também as tem, só que como elas são tão tímidas quanto o próprio Louis, então é comum que passem despercebidas. No entanto, ainda assim elas existem.

Não obstante, para Harry não é uma decepção Pearl ser (quase) idêntica a Louis. De jeito nenhum! O pai é indescritivelmente lindo, de uma beleza deslumbrante, hipnotizante. A menina teve sorte; e o universitário se orgulha em poder dizer que ele é seu namorado e ela, sua filha. Não apenas pela beleza, claro, há muitos outros motivos para ter orgulho deles, mas verdade seja dita, os dois rostos despertam fascínio em qualquer um. 

Só que, poxa, ela não precisava ter saído exatamente como ele. É assombroso… E não é muito justo. Se Pearl tivesse que nascer igual a alguém, por que não a Harry? Afinal, não foi o meu ventre que a abrigou, não foi de mim que ela saiu? 

Certamente, os lapsos de inconformismo não passam de um draminha e de um orgulho bobo. 

Não há nada no mundo que Harry venere mais do que o rosto dela; do que o rosto dos dois. E não somente. Ama tanto Pearl e Louis por inteiros que às vezes essa densidade sentimental lhe aflige e aperta o coração. 

Às vezes o amor pulsa tão eufórico e insensato que sua vontade é de abraçá-los e apertá-los muito, com uma força capaz de sufocá-los, ou até mesmo machucá-los. Mas é claro que Harry nunca dará cabo de um impulso tão primitivo como este.