XXIX

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// Hello? Hello? C-can you hear me?

Acho que por terem sido só duas semanas sem att, não deu tempo pra sentir falta

Agora que tirei o estresse da semana de provas das costas posso voltar sem nenhum peso na consciência. Também vou > tentar < liberar mais de uma att na semana (mas não garanto nada)

PS. amando todas as interações com vcs 💖 //



Tranquilize-se.

Fisicamente, Harry e Pearl estavam bem. E estar saudável era só o que importava.

Quanto à Pearl, que garotinha pequenina. Pesava apenas 2.528kg e tinha 49 cm de comprimento. Mas, felizmente, apesar da prematuridade de duas semanas e da pequenez, não precisou de cuidados maiores do que qualquer outro bebê recém-nascido saudável.

Já Harry, apesar do grande susto que foi o seu desmaio, durante as poucas horas que permaneceu acordado, negou qualquer coisa fora dos eixos. Nem uma dor ou náusea ou sangramento. Por sorte, alimentou-se bem. E dormiu demasiado.

A única complicação existente em si era, talvez, as grandes produções de substâncias químicas erradas que desequilibravam sua mente. Mas isso era um problema para a posteriori.

Ademais, entre os que estavam no hospital, ele e Pearl foram os únicos que conseguiram dormir. Desmond havia sugerido à esposa que fossem para casa descansar, Gemma se voluntariou para ficar em seu lugar, mas a mãe negou sair dali.

Desmond e Gemma, então, ficaram na recepção da maternidade até o início da madrugada. E antes de irem para casa, garantiram aos dois que permaneceram a volta em algumas horas, e pediram para informarem se algo acontecesse nesse meio tempo.

O leito não era privado. Harry tinha uma companheira de quarto, uma asiática de dezessete anos que tinha dado à luz, um dia antes dele, a um menino de 3.514kg distribuídos em 50 cm de comprimento. 

Por ter apresentado um leve quadro de anemia, ela permaneceria ali até ter uma melhora significativa.

Enquanto isso, Harry retornaria à sua casa às duas da tarde... mesmo que sua mente estivesse desestabilizada pelas substâncias químicas erradas.

Desestabilizada, não. Apática.

Enfim.

Nenhum dos recém-nascidos dormiram nos pequenos berços hospitalares de acrílicos daquele leito. Eles estavam na ala destinada exclusivamente a todos os recém-nascidos daquele hospital, sendo cuidados por enfermeiras que tinham tons de voz suaves e doces. Voltariam aos braços dos familiares pela manhã.

Mas isso não era nenhum empecilho para Louis, que se encaminhava a cada meia hora até onde a filha estava. Através da parede de vidro, checava ela. Na primeira fileira, podia vê-la empacotada em uma manta impecavelmente branca, dormindo tranquilamente com um biquinho adorável nos lábios. 

Quase sempre quieta.

Louis viu Pearl se remexer apenas uma vez, mas logo em seguida ela voltou à sua pacificidade imperturbável. 

Em contrapartida, ao voltar para o quarto, o que ele visualizava era um estado de espírito oposto àquele.

Tudo o que a inquietação de Harry transmitia era que nem de longe compartilhava da mesma paz que alentava a filha. Virando-se de um lado para o outro na maca, em seu cenho franzido estava impresso que, a calmaria gentil da menina, nele era ausente. E a sua falta perturbava. 

Ain't Move On • L.S. (mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora