XI

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- Por que você fez isso? - Tomlinson sibilou contra seus lábios.

- Eu só quero te ajudar.

E ali estava Louis, aceitando sua ajuda misericordiosa. Prensando-o contra a bancada da cozinha enquanto suas mãos exploravam e apertavam as curvas de sua cintura magra e do quadril delineado escondidos sob o tecido moletom.

As pernas de Louis, por vontade própria, procuravam o entrelace com as dele. Sua língua se deleitava à imersão sensual de Harry, num beijo molhado e fervoroso e com gosto de doce de limão.

- Você sabe que isso não vai funcionar, né? A gente não deveria...

- Hum, Louis. Vai sim. Vai ajudar. Vai fazer você se sentir melhor. Menos deprimido. E você quer isso. Precisa disso.

As coxas parcialmente despidas de Harry friccionavam contra as de Louis, buscando mais de si. Muito mais do que já tinham.

- Você parece ter tanta certeza.

- Tenho, Louis. Eu tenho.

Louis estava perdido.

Perdidamente fodido.

Ele sentia que estava se assolando inteiramente em pecado leviano. Mente e corpo agindo somente pela tentação provocada pelos gemidos fracos do cacheado.

Ele sentia o bom senso escorrer por entre os dedos.

E com essas mesmas mãos, por onde o bom senso escorria, ele invadia por dentro do moletom macio, aprofundando o contato com um toque pele a pele.

Entretanto, as mãos de Louis rapidamente não estavam mais satisfeitas com aquele casto pedaço morno de pele. Ele queria mais. Ele queria se enterrar de uma vez. Queria cair. Despencar como Ícaro.

Então uma de suas mãos se encaminhou, com ânsia, para as partes baixas de Harry.

Desceram pela extensão da saia delicada até que não sobrasse mais nada dela. Apenas pernas. Sua mão nas espalmou-se na pele da coxa de Harry em um aperto que foi capaz de roubar o ar dele.

Eles não deveriam continuar, o resquício de consciência lhe dizia. Isso já tinha dado errado antes.

Eles não podiam sair transando por aí, sem ver a quem. Harry ainda se sentia ligado ao ex-namorado. Louis estava desolado pelo que acabara de passar com Zayn. Eles não deveriam estar mergulhando em outro erro.

Mas foi um pensamento que rapidamente foi mandado o espaço.

Eles já estavam ali. Completamente envolvidos. Não conseguiriam voltar atrás. Mesmo se quisessem de verdade.

Era tão bom.

Tão quente.

Harry era doce e delicado, nos lábios e nos gemidos. Tinha ternura nos toques. Louis era passional e envolvente, nos beijos, nas pontas do dedos. Tinha os olhos azuis mais expressivos que Harry já vira.

A boca de Louis se afastou da dele, e Louis observou-o por um breve instante. Harry manteve os seus entreabertos, e pelos lábios inchados, rosados, o ar pesado deixava seus pulmões. Logo a boca do ex-soldado voltou a encontrá-lo, não mais nos lábios, mas sim no pescoço macio e perfumado, onde o delicado colar de pérolas fora exibido no momento em que Harry o expôs.

A mão do ex-soldado adentrou a área coberta pela saia. E os dedos subiram, subiram e subiram, deslizando na pele suave. Logo eles chegaram ao tecido da roupa íntima. Um tecido fino, de modelagem jamais vista por Louis. Curioso, ele afastou o rosto do pescoço de Harry para olhar para baixo.

Ain't Move On • L.S. (mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora