Murmuro ao sentir alguém me apertando, abro os olhos e tento me acostumar e tentar entender o que está acontecendo.
Percebo estar bem abraçada ao Noah, ele me abraça possessivamente, fazendo com que eu sinta o calor do seu corpo por ele estar sem camisa.
Suspiro e tento me afastar um pouco para me ajeitar, mas ele me aperta, com muita dificuldade consigo virar e ficar com as costas encostada em seu peitoral.
Dou um gritinho quando ele me puxa e aperta seu corpo contra o meu, fico parada e quietinha ao sentir algo estranho cutucando meu bumbum.
Noah murmura algo e move o quadril fazendo uma fricção entre a gente, ouço algo como um gemido sair de seus lábios.
- Nono - chamo baixinho.
- Hum? - murmura e beija meu pescoço.
- Nono! - chamo mais uma vez - Está cutucando meu bumbum.
- O quê? - questiona, por um instante fico sem ouvir sua respiração, até ouvir novamente e ele se afastar - Merda bonequinha, desculpe.
Ele se afasta e vira para cima jogando o lençol no rosto e resmungando algo.
- Bom dia Nono - falo me virando para ele.
- Bom dia bonequinha - fala suspirando e tirando o lençol do rosto - Me desculpe acordar assim.
- Eu tô com fominha - falo colocando meu rosto por cima do dele - Muita fominha Nono.
- Acho que nossa mãe já fez o café, pode descer e ir tomar se quiser - diz e faço um biquinho, não queria ficar sozinha com ela.
- Vamos tomar cafezinho juntos - falo e faço um biquinho, geralmente quando eu queria algo do titio Louis ou do papai fazia assim.
- Está tentando me convencer com essa carinha? - questiona e nego - Que pena, eu estava quase cedendo.
Escuto minha barriga roncar e ele ri junto comigo.
- Fominha - falo mais uma vez e fico por cima dele - Eita, tá cutucando meu bumbum de novo.
- Bonequinha saia daí e fique quietinha por favor - diz fechando os olhos, faço um biquinho e saio de cima dele.
- Dipupa - falo sem saber se diz algo errado.
- É só que... Seu pai não falou nada sobre reações fisiológicas? - questiona e franzo o cenho - Sexo, essas coisas?
- Ah falou sim - respondo.
- Então, você sabe o que é uma ereção não é? - questiona e balanço a cabeça em negação - Como não? Ele não falou sobre sexo?
- Sim, sobre o pipi do homem e da mulher, ele disse que era nossos sexos - falo, ele suspira e cobre o rosto.
- Olha Bonequinha é mais que isso, o corpo humano tem reações quando algumas coisas acontecem, eu acordei cm uma ereção matinal, por isso sem querer acordei daquele jeito - diz parecendo envergonhado - Só tenta não sentar no meu colo desse jeito porquê por mais que seja minha irmã o meu corpo tem reações incontroláveis.
- Otei - falo, mas não entendi quase nada do que ele falou.
- Vamos levantar - diz e saio da cama ficando de pé.
- Vem - chamo.
- Vai escovar os dentes e eu farei o mesmo, depois descemos juntos para tomar café ok? - fala se sentando na cama.
- Otei, vou pala meu quarto - falo e corro até a outra porta do corredor, entro no quarto e começo a escovar os dentes.
Pego meu celular mandando uma mensagem para o titio Louis e dizendo que estou bem e o amo.
Saio do quarto e abro a porta do de Noah, arregalo os olhos ao ver ele peladinho saindo do banheiro, faço um som surpresa e levo as mãos aos olhos.
- Dipupa - falo rapidamente, abro dois dedos e vejo que ele colocou a toalha na frente do corpo.
- Bonequinha pode me esperar trocar de roupa? - pede e assinto.
Viro de costa e fecho a porta, o papai dizia que não é certo ver os outros peladinhos.
- Bom dia - ouço a voz da mãe do Noah e me assusto - Está acordada essa hora?
- Eu acordo cedo - falo baixo.
- Vamos para a cozinha tomar café, já escovou os dentes? - pergunta e segura meu braço me puxando em direção as escadas.
- Já - respondo e desço as escadas com ela.
Chegamos na cozinha e ela me coloca sentada na cadeira, suspiro e a vejo colocar comidas na mesa dizendo que posso começar a comer.
Me sinto um pouco triste por ela ser legal e tentar me deixar confortável, mas eu não consegui gostar dela ainda.
- Bom dia - Noah fala e sorrio respondendo ele.
O vejo beijar a testa da sua mãe e depois a minha, ele senta a minha frente e começa a se servir.
Como devagar e ela começa a puxar assunto perguntando sobre o balé.
Tento me animar e começo a falar sem parar sobre, falo das apresentações que fiz, da primeira vez que dancei e a última no palco.
Estou com saudades de voltar ao balé, era bom.
- Você poderia voltar bonequinha, posso te levar se quiser, fica perto e a caminho do hospital - Noah diz e sorrio.
- Eu acho que vou voltar - falo sorrindo.
- Isso é bom, talvez ajude você nesse momento de superação, tenho certeza que era o que seu pai queria - a mulher diz e o sorriso some do meu rosto.
- Mãe - Noah diz, deixo o garfo no prato e faço um bico tentando não chorar - Ei Bonequinha não chore.
- Desculpe querida, acabei me passando - ela diz e tenta segurar minha mão, mas eu afasto e fico em pé.
Saio da cozinha e abro a porta da sala, se sento nos degraus e abraço meu corpo sentindo a brisa fria da manhã.
- Está frio bonequinha, vem para dentro - ouço Noah dizer e nego, sinto algo quentinho e macio ser depositado em meus ombros e suspiro.
Ele senta ao meu lado e deito minha cabeça em seu ombro, sinto seus braços me apertando e me sinto mais calma.
- Toda vez que eu lembrar dele vou chorar? - pergunto baixinho.
- As vezes sim, as vezes não, cada pessoa é diferente, entendo o motivo de estar assim - diz - Tenta não pensar nisso agora ok?
- Ok - murmuro.
- Gosto de quando fala do seu jeitinho - diz beija do meu rosto.
- Otei - falo e ele sorri.
Olho para ele e sorrio também, beijo seu rosto e encosto minha cabeça em seu ombro e relaxando.
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Doce amor
Romance- Sabemos que isso é errado Giulia - ele diz segurando meu rosto e com a testa encostada na minha. - Eu sei, mas ainda assim amo você Noah, o que posso fazer se não consigo deixar de te amar? - questiono chorando - Você não me ama o suficiente para...