Quarenta e um

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- Bonequinha - me abaixo sussurrando no ouvido dela - Acorda meu amor

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- Bonequinha - me abaixo sussurrando no ouvido dela - Acorda meu amor.

- Nono a Gi quer mimir só mais um pouquinho - diz manhosa.

- Tudo bem eu espero - falo e me deito por cima dela.

- O Nonozinho tá no meu bumbum - diz e mexe o quadril - Nós já podemos namolar peladinhos?

- Daqui dois dias é o indicado - falo movendo meu quadril contra ela - Mas eu posso te chupar se quiser.

- Só quelia namolar peladinha - diz e afunda a cabeça no travesseiro - Sai do meu bumbum.

- Quero te abraçar - falo.

- Tô com soninho ainda - fala manhosa.

- Eu fiz seu café preferido Bonequinha - falo - Vamos comer.

- O que o Nono fez? - questiona virando para mim - Bolo de chocolate com muito chocolatinho em cima?

- Sim, tudo para mimar você - digo beijando seu rosto.

- Eu gosto de ser mimada - diz e me abraça.

- E eu amo mimar você - digo e beijo seus lábios, ouço sua barriga roncar e ela ri - Vamos te alimentar.

- Tás pla cá, tô com peguicinha - diz se esticando.

- Volto logo - beijo sua testa e me afasto indo para a cozinha.

Arrumo seu café na bandeja e sua mamadeira com suco, pego as fritas que cortei e volto pro quarto, me sento colocando a bandeja em seu colo e ela começa a comer.

- Você está bem? - questiono - Melhor que ontem?

- Uhum - murmura - Dipupa a Gi por ter saído correndo.

- Não precisa pedir desculpas, eu entendi, só não faz de novo, assim eu morro - falo e ela assente - Tem alguma coisa para hoje?

- Quelia ir no parque - diz.

- Podemos ir após o café - falo e ela assente continuando a comer.

Após terminar ela escova os dentes, coloca um vestido rodado, calça os sapatos e saímos de casa a pé indo para o parque.

- Um dia a Gi pode ter um cachorrinho? - questiona.

- Se você cuidar direitinho dele pode sim - falo.

- A Gi não sabe cuidar de ninguém, o Nono que tem que fazer isso - diz e dou risada.

- Então não pode não - falo.

Chegamos no parque e me sento, ela fica na minha frente e encosta seu corpo no meu, passo meus braços em volta dela e aperto enquanto olhamos as crianças e animais brincando.

- A Gi lembra uma vez que era quiança, eu o papai e o Louis fomos em um parque, eu pedi para complar sorvete e me perdi, comecei a bincar com um cachorrinho e os dois ficalam me plocurando no parque todo e desesperados - diz rindo - Despois que me achalam eles bigalam e eu cholei, aí me delam sorvete pla eu ficar feliz.

- Mimadinha desde sempre - brinco e ela ri - Quer um sorvete agora?

- Sim! - diz animada.

- Então vamos nós dois comprar - seguro sua mão e caminhamos até o carrinho de sorvete, pago um para ela que começa a tomar animada, beijo sua testa e sorrio vendo ela feliz.

Passamos a manhã toda no parque, depois almoçamos em uma lanchonete e então vamos para casa.

Tomamos banho e ficamos deitados enquanto assistimos os desenhos de Giulia.

Ouço meu celular tocar e decido não atender agora, quero permanecer só cuidando da minha Bonequinha.

A noite chega, comemos algo e vamos dormir.

∆∆∆∆∆∆

- Vou plo titio hoje, a Gi tem que dar amor pla ele também - diz - Aí o Nono vai buscar eu lá né?

- Claro que sim, não se preocupem - seguro seu rosto e beijo ela - Dê muito amor aquele idiota.

- Não chama ele assim Nono - diz com um biquinho.

- Estou brincando - a beijo outra vez - Mas sei que ele fala pior sobre mim.

- A Gi não deixa ele falar também - diz.

- Ok, não falarei, vamos embora - seguro sua mão e a puxo pro carro.

Dou partida e seguimos para nossos locais, deixo ela na companhia de balé e sigo pro hospital.

Assim que chego no hospital visto um jaleco e entro no meu consultório, começo a atender meus pacientes e o dia vai se seguindo tranquilo.

Quando estou terminando de arrumar minhas coisas para ir embora ouço uma batida na porta e peço que entre, vejo Ricard o como do hospital entrar.

- Podemos conversar Griffin? - questiona sério.

- Claro senhor, sente-se aí - mostro a cadeira e ele senta - Então?

- Você está demitido - diz sério e pisco tentando ver se entendi.

- Desculpe senhor, poderia repetir? - peço.

- Você está demitido do meu hospital Griffin - diz.

- Mas por qual motivo Senhor? - questiono.

- Chegou até mim que tem mantido uma relação incestuosa com sua irmã, e provas de que isso está acontecendo, como sabe isso é crime onde moramos e não posso permitir um escândalo no meu hospital que tanto lutei para levantar - diz sério, ele coloca uma pasta em minha frente e vejo fotos minhas e de Giulia nos beijando, algumas dentro de casa, outras no parque e em lugares aleatórios - Eu gosto de você, foi um dos meus melhores alunos e um brilhante médico, mas infelizmente não posso permitir que a imagem do meu hospital esteja ligada a alguém assim.

- Senhor não é como você pensa, é algo consensual da duas partes - falo tentando me manter calmo - Ela quis isso tanto quanto eu.

- Acredito em você filho, mas infelizmente não posso fazer nada a respeito, sabemos como são as leis do país - diz e entendo ele - Mas eu tenho um proposta para você já que gosto do seu trabalho.

- Continue por favor - peço.

- Como sabe minha esposa é médica também, a família dela tem um hospital na Argentina - diz - Se quiser eu posso conseguir algo agora você lá, são outras leis, ninguém os conhece por lá e poderiam continuar isso que tem.

- Mas eu teria que ir embora também - falo me dando conta.

- É uma boa oportunidade, não ficaria sem fazer o que gosta e ao menos lá viveria em paz quanto ao seu relacionamento - diz - Sei que não é algo só seu, por isso te darei um tempo, só que infelizmente hoje é seu último dia, não se preocupe, terá tudo certo dos dias que recebe eu de tudo que fez pelo hospital.

Engulo em seco e olho para ele, o vejo ficar de pé e faço o mesmo sentindo ele tocar meu ombro.

- Tenha o tempo que precisar para se despedir de tudo, eu realmente sinto muito - diz - Mas é necessário isso.

Ele sai da sala e me sento novamente, fecho os olhos e respiro fundo, o que faço agora?

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Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora