Dezenove

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Noah afasta seus lábios dos meus e encosta sua testa na minha respirando ofegante, suas mãos apertam minha cintura com força

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Noah afasta seus lábios dos meus e encosta sua testa na minha respirando ofegante, suas mãos apertam minha cintura com força.

Sorrio sentindo meu coraçãozinho acelerado, meus lábios formigando com a sensação dos seus ainda tocando ele.

- Merda - ele diz se afastando e olhando em meus olhos - Me desculpe Giulia, eu não deveria ter feito isso.

- Eu gostei Nono, é bom beijar você - falo sorrindo e toco seu rosto - A Gi gosta de beijinhos assim

- Não! - diz e me assusto com seu tom - Você não pode gostar desses beijos Giulia, são errados e não podem mais acontecer, acho que já passamos do limite.

- Pu quê Nono? - questiono - O papai dizia que quando gostamos do beijo de alguém é porquê estamos gostando daquela pessoa, eu gosto dos beijos do Nono, então eu gostos e você.

- Não pode Giulia, isso é culpa minha - diz passando as mãos nos cabelos - Somos irmãos, não vê o erro que são esses beijos?

- Não - respondo, ele me tira do seu colo e deixa no sofá.

- Giulia é simplesmente errado, não podemos nos beijar, temos o mesmo sangue! - fala em um tom alto demais, engulo em seco e suspiro - Eu vou sair.

- Vai deixar a Gi sozinha? - questiono.

- Eu preciso esfriar a cabeça Giulia - diz ficando de pé - Vou ligar para o Louis vir buscar você.

- Nono - chamo mas ele pegou o casaco na porta, vestiu e saiu.

Suspiro e abraço minhas pernas descansando a cabeça sobre os joelhos, toco meus lábios e me pergunto o porquê nós dois nos beijarmos é errado.

Minutos depois a campainha da casa toca e me levanto correndo até a porta, abro e vejo o tito Louis parado e com o rosto em preocupação, abraço ele e suspiro me sentindo acolhida em seu abraço.

- Gigi o que aconteceu? Está bem? - questiona tocando meu rosto - Está machucada querida?

- A Gi tá bem titio - falo sorrindo e beijo o rosto dele.

- É que o Noah disse que se eu tivesse disponível viesse vê-la, pois ele está de cabeça quente e precisava de um tempo sozinho e você estava na casa dele - diz - Você está bem mesmo?

- Estou sim - falo - Só estou tliste pois o Nono foi embola.

- O que aconteceu aqui? E por qual motivo não está na casa da sua mãe? - questiona, decido contar tudo a ele do começo, ele fica me olhando por alguns segundos - Aquela filha da puta desgraçada, eu deveria ir atrás dela, ela teve coragem de te machucar meu amor?

- O dodói já passou, o Nono cuidou da Gi - falo - Mas pu quê ele não gostou do beijo da Gi?

- Querida ele é seu irmão, embora não tenham crescido juntos, ainda é seu irmão - diz - Acho que por não terem convivido acabaram confundindo as coisas e deu nisso, mas é normal a reação dele.

- O papai disse que o amor era amor independente de tudo - falo e ele sorri tocando meu rosto.

- Mas não isso querida, o amor é amor, mas há o fraterno e o erótico ou romântico - diz me fazendo olhar para ele - O amor entre duas pessoas do mesmo sexo é considerado errado segundo algumas pessoas, mas é normal, já o amor entre duas pessoas do mesmo sangue não se torna errado, mas sim complicado, são várias questões meu amor.

- A Gi não entende titio - falo suspirando - Se for amor não se pode ficar por conta disso?

Ele fica pensativo e suspira me encarando com os lábios comprimidos.

- É complicado querida, eu acredito que você e o Noah só confundiram os sentimentos - diz e suspiro dessa vez - Logo vai ficar esclarecido, ele só ficou se sentindo culpado por ser o mais responsável, tudo se resolve.

- Não gostei dessa explicação - falo cruzando os braços e ele ri.

- Estava com saudades de você Gigi - diz me abraçando - E estou com vontade de matar aquela velha ratazana.

Dou risada e ele me aperta também rindo e beijando meu rosto.

- Que tal ir lá para casa já que eu perdi um dia de trabalho? - questiona.

- A Gi gosta da idéia - falo - Mas o Nono?

- Eu aviso a ele e peço que vá buscar você a noite - diz e olho para ele que estende a mão.

Seguro nela e sorrio ficando de pé, ele me abraça e suspiro me sentindo em casa com seu abraço.

- A Gi tá nos dias vermelhos, plecisa das coisinhas - falo, ele assente - Estão no banheiro.

- Vou pegar, sente-se aí - diz e sai em direção ao banheiro.

Me sento e espero ele vir, quando eu ficava assim era ele e o papai quem cuidavam de mim.

- Prontinho querida, vamos? - chama.

- Vamos papai - falo e ele né olha deixando o sorriso.

Ele levanta o dedo indicador levando a boca e suspirando enquanto me olha parecendo emocionado, o vejo afastar a mão e abrir a boca como se quisesse falar algo, mas repete o gesto de levar o dedo a boca e depositar fundo antes de abrir de novo.

- Não faz isso assim comigo querida, eu não aguento a emoção - diz emocionado e com os olhos cheios de lágrimas - Não sou um novinho.

- Voxê cuidava da Gi igual o papai, então deve ser meu papai também - falo e abraço ele que me aperta e soluça - Te amo.

- Eu também amo você Gigi, e eu também me considero seu pai - diz me apertando, ele se afasta e sorri beijando minha testa - eu te amo bem muito meu amor, assim como um pai ama a filha.

Sorrio para ele que limpa minhas lágrimas, limpo também as suas e ele sorri me abraçando mais forte comos e tivesse medo de ser um sonho.

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Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora