Vinte

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Pode conter gatilhos 🥺 (Leitura de carta de despedida)

- Estava com saudades dos nossos momentos assim - titio Louis diz me apertando de lado enquanto assistimos comendo uma grande balde de pipoca

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- Estava com saudades dos nossos momentos assim - titio Louis diz me apertando de lado enquanto assistimos comendo uma grande balde de pipoca.

- Eu também - falo olhando para ele, sorrio e beijos eu rosto.

- Vamos ver se advinha quem falou isso - diz e se endireita no sofá me olhando - "Vocês dois ficam o dia todo nesse sofá, o coitado já está pedindo socorro se olharem abaixo das suas bundas"

- O papai - falo - Ele odiava isso, pois ele quelia sair e eu ficar assistindo, então voxê semple ficava fazendo minhas vontades.

- Ele fazia também, mas não muito, eu sempre fui mais comprado pelos seus olhinhos pidões - diz.

- Ele fazia mais minhas vontades em questões de comida, tudo que eu queria me dava, até eu precisar ir no médico por conta de ter co.ido muitos doces - relembro.

- Ficamos desesperados naquele dia, ele se culpou bastante por fazer você ficar doente - diz suspirando - Daí então diminuiu a quantidade de doces por hora.

- Mas em compensação me dava outras comidas gostosas que só ele sabia fazer - lembro sorrindo, mas conforme a lembrança vem o sorriso some - Por que ele fez isso?

- Eu não sei querida - diz suspirando - Espere aí já volto.

Ele levanta e sai em direção ao seu quarto, permaneço sentada olhando para onde ele saiu, logo volta com uma pasta nas mãos e senta ao meu lado.

- O que é isso? - questiono curiosa.

- Algumas fotos nossas, achei essa pasta nas cosias do seu pai, mas estou procurando outra coisa - diz mexendo entre os papéis - Aqui.

Ele segura uma carta nas mãos e vejo que elas estão trêmulas.

- Eu vi a pouco tempo e estava criando coragem para lhe entregar, sei que se ler o que tem aqui vai vir a tona todas as lembranças, mas ao menos vai saber o porquê dele ter feito aquilo - diz colocando o papel em minhas mãos.

- Isso é uma carta de despedida? - pergunto querendo chorar.

- Sim, endereçada somente a você - diz mostrando meu nome atrás, toco nas letras do meu pai e mordo os lábios - Eu tenho uma, mas não tenho certeza se vou conseguir abrir algum dia, mas entrego a sua e te deixo a escolha para fazer o que quiser, queimar, ler, guardar ou só jogar fora, a escolha é sua.

Olho o papel em minhas mãos e vejo algo como gotas secas no papel.

Lágrimas.

Engulo em seco e sinto meus olhos enchendo, suspiro e fico encarando aquilo na minha mão, sem ter certeza se quero de verdade ou não saber o motivo de tudo que levou meu pai a fazer o que fez.

Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora