Quinze

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- Sua comida é muito totosa Nono - falo comendo um pouco de macarrão

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- Sua comida é muito totosa Nono - falo comendo um pouco de macarrão.

- Que bom que gostou - diz sorrindo - Está sujo aqui.

- O papai dizia que a comida ficava melhor quando a gente se sujava - relembro sorrindo, suspiro sentindo falta dele.

- Ele parecia ser um bom pai - diz suspirando e se mexendo na cadeira.

- Ele era o melhor pai do mundo - sorrio ao lembrar de tudo que ele fazia para me deixar feliz - Eu só queria entender o motivo dele ter feito isso e me deixado sozinha.

- Você não está sozinha, tem a mim e o Louis, ele parece amar você bastante - diz tocando meu ombro.

- Eu também amo ele - falo.

- Isso é bom, caso queira chamar ele aqui é só ligar - assinto.

- Minhas coisas ficaram tudo lá na casa daquela mulher - lembro me encolhendo - Não quero voltar lá.

- Eu vou pegar depois, ainda preciso conversar com ela - fala, continuamos a comer e depois ele me entrega uma escova nova para eu escovar os dentes - Vou arrumar a cama para você, só tenho um quarto disponível aqui, o outro eu fiz de sala de estudos, por enquanto fico no sofá.

- Mas dói as costas dormindo no sofá - falo - Quando eu durmo assistindo acordo dodói.

- Quando se faz plantões se dorme em qualquer canto - fala.

- A Gi não se importa de mimir com o Nono, na verdade é melhor, assim eu não fico com medo - falo - As vezes eu dormia com o papai, até com o titio Louis.

- Eu não quero invadir seu espaço - diz coçando a nuca.

- Mas se o Nono dormir no sofá vai ficar dodói, não quero você dodói por minha causa - falo - A Gi não liga se invadir o espaço dela.

- Ok, nós vemos o que faremos - diz e assinto.

Ele vai em direção ao quarto e fico sentada no sofá, minutos depois ele aparece.

- Está com sono? - pergunta e assinto - Quer um leite ou alguma coisa?

- Eu gosto de leite antes de dormir - falo - Mas estou sem dedeila.

- Vou pegar as suas e trago - diz.

- A sua mãe tomou e disse que ia doar - confesso baixinho e vejo ele respirar fundo.

- Porque não me disse? - pergunta.

- Ela falou que você não ia acreditar em mim - olho para meus pés e aperto minhas mãos.

- Ok, vou resolver isso, não quer tomar no copo? - pergunta.

- Quelo - falo relaxando.

- Vai andando para o quarto e eu já levo - pede.

Caminho pelo corredor e abro a porta do quarto, vejo uma cama de casal, alguns quadros de boxe e natação na parede e algumas coisas sobre medicina.

Subo na cama que é bem alta e me deito entre as cobertas, sinto a textura macia do lençol e sorrio entrando em baixo delas.

- Aqui - diz entrando no quarto e fechando a porta, ele me entrega o copo e começo a beber sentindo o líquido morninho - Vou me preparar para dormir.

Assinto e ele sai para dentro do banheiro, tomo o leite e deixo o copo no lado da cama, sobre a mesinha de cabeceira.

Noah sai do banheiro sem camisa e com o short folgado, me ajeito na cama e ele apaga a luz deixando o abajur acesa.

Me deito e espero ele deitar ao meu lado, fico olhando enquanto se deita e sinto meu coraçãozinho acelerando, suspiro e continuo o olhando.

- O que foi? - pergunta rindo.

- Você é muito fofo Nono - falo olhando para ele quando e deita.

- Você também é extremamente fofa bonequinha - diz tocando meu nariz, sou risada balanço meu rosto passando o nariz na mão dele - Seu nariz arrebitado, sua sobrancelha, o formato do seu rosto, tudo é muito fofo e perfeito.

- Você parece um príncipe - falo sorrindo, me apóio no cotovelo e olho para ele, levo minha mão ao seu rosto e começo a fazer um carinho, vejo ele relaxar e fechar os olhos - Muito fofinho.

Vejo ele sorrir mas mantém os olhos fechados, suspiro e passo o polegar por sua sobrancelha, depois desço pelo seu nariz e então observo sua boca rosada, lembro do beijo que nós demos alguns dias atrás.

Vou aproximando nossos rostos e começo a sentir sua respiração calma no meu rosto, enquanto a minha parece presa na garganta sem coragem de sair.

Fecho os olhos quando nossos lábios se tocam, minha mão desce para seu ombro o de aperto ao sentir Noah aumentar o beijo aos poucos.

Mexo minha boca no mesmo ritmo que ele, sinto sua língua adentrando em minha boca e solto um gemido alto.

Me ajeito e fico por cima dele continuando a beija-lo igual vi um filme uma vez, apóio meu peso e braços em seus ombros.

Afastamos nossas bocas e sinto a respiração dele em meu rosto.

- Giulia nós não podemos fazer isso - diz me afastando para o lado e colocando as mãos no rosto.

- Por que não Nono? - pergunto o olhando atenta.

- Nós somos irmãos! - fala um pouco alto e me encolho - Desculpa, é que somos irmãos bonequinha.

- O que tem? - pergunto.

- Não podemos, irmãos não devem fazer isso - diz sério se sentando.

- Você não gosta da Gi? - questiono fazendo um biquinho.

- Eu gosto mas é diferente Giulia - fala parecendo nervoso.

- O papai dizia que amor é amor, e pessoas que amavam gostavam de beijar as outras - falo.

- Tenho certeza que ele não falou nesse sentindo bonequinha - o vejo depositar fundo e esfregar o rosto - Olha, irmãos se amam, mas não romanticamente, eu gosto de você, mas não podemos nos beijar.

- Você não gostou do beijo da Gi? - indago - É que eu nunca tive muitos beijos, só você mesmo.

- Não Giulia, não é isso... Só é difícil - diz choramingando - Por favor vamos dormir, amanhã eu converso com você com mais calma.

- Otei - falo me deitando, me aproximo dele e o abraço sentindo ele meio tenso - Boa noite Nono.

- Boa noite Bonequinha - diz beijando meu rosto e me aperta - Boa noite.

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Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora