Prólogo

8.7K 655 100
                                    

GATILHOS DE SUICÍDIO ⚠️

Abro a porta de casa e deixo as sapatilhas do balé no canto, fecho a porta e entro dentro de casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abro a porta de casa e deixo as sapatilhas do balé no canto, fecho a porta e entro dentro de casa.

Caminho até meu quarto e retiro a roupa do balé, deixo no sofá sabendo que se o papai ver no chão ele vai me dar um sermão enorme sobre responsabilidade.

Entro no banheiro e ligo o chuveiro deixando que a água entre em contato com minha pele suada, deixo escorrer e começo a me ensaboar.

Relaxo meu corpo, hoje o ensaio foi puxado, daqui a alguns dias terei uma apresentação e estou ansiosa para isso.

Termino meu banho e pego uma chupeta colocando na boca enquanto visto minha roupa de dormir.

Saio do quarto e procuro meu pai pela casa não o achando, vejo um prato na cozinha e coloco no microondas para esquentar, começo a comer sozinha e ouço a porta ser aberta.

- Papai! - exclamo correndo até ele que me segura.

- Cuidado meu amor, seu pai está velho - titio Louis diz e sorrio olhando para ele, saio do colo do meu pai e abraço ele que me aperta.

- Onde voxês estavam? - questiono do jeito que gosto de falar, com eles sou livre para ser o que quiser.

- Estávamos resolvendo algo do trabalho querida, já comeu? - meu pai questiona e assinto mostrando o prato - Agora vá escovar os dentinhos e não demore a dormir.

- Otei - falo e eles dois beijam meu rosto - O titio vai dormir ati hoje?

- Sim, nós temos algumas coisas para resolvermos - meu pai responde e dou uma risadinha, eles acham que eu sou boba e não sei que são namoradinhos.

- Vou assitir um filminho e depois mimi - beijo os rostos dele e corro para meu quarto.

Fecho a porta e ligo a TV, me deito na cama e coloco o filme para rodar, dou algumas risadas quando há piadas e fico com vontade de chupar em outras, acabo dormindo no meio do filme.

De madrugada acordo com alguns gritos, calço minhas pantufas e saio do quarto, ouço os gritos vindo da sala e meu pai com o titio Louis brigando.

- O que aconteceu? - questiono.

- Nada querida, volte para cama - meu pai diz e assinto,mas me escondo olhando a conversa deles - Acho melhor ir embora Louis, já percebemos que não vai dar certo da maneira que quero, não posso dar aquilo que você quer.

- Você é idiota Peter, eu te amo, acho que esse seu medo é infundado, você só fala isso pois não me ama o suficiente - tio Louis diz e meu pai passa as mãos nos cabelos - Vou embora, mas saiba que nunca mais quero olhar em sua cara, você pode morrer e eu não vou me importar, o que você está fazendo me machucou muito.

- Louis - meu pai diz, mas o titio já saiu batendo a porta, corro para meu quarto e fecho a porta.

Os dois já brigaram algumas vezes, o Louis ia embora, mas sempre volta, acredito que amanhã tudo vai estar resolvido.

∆∆∆∆∆∆

Alguns dias depois

Fecho a porta e jogo as sapatilhas no canto, vejo tudo escuro e tateio a parede para acender a luz.

Caminho para o quarto e faço o mesmo processo de todos os dias, tomo banho, visto minha roupa e caminho até a cozinha a procura de comida.

Faço um bico quando não vejo nada pronto, pego um pão e passo geleia para comer ele, isso é o máximo que consigo fazer, o papai não gosta que eu mexa na cozinha.

Termino de comer, coloco para lavar o que sujei e caminho até o quarto dele, dou uma batida e abro a porta, não vejo ele, mas ouço o barulho de água no banheiro.

- Papai? - chamo e ninguém responde - Não acredito que deixou a torneira ligada novamente.

Caminho até o banheiro e empurro a porta, arregalo meus olhos e solto um grito alto quando vejo muita água no chão, o boxe está cheio de água vermelha e o papai jogado dentro da banheira.

- Papai! - grito e corro até ele, toco seu rosto e ele está pálido, examino seu corpo e vejo seus pulsos com cortes grandes na vertical - Papai!

Ele não se move, seu corpo está imóvel e gelado, sua boca tem uma espuma branca misturada com sangue, começo a chorar desesperada e desligo a água, balanço seu corpo tentando em vão fazer o acordar.

Eu posso ser assim, mas sei quando uma pessoa tem vida e outra não, e meu pai não está mais vivo.

- Papai - balanço ele chorando, toco seu rosto e me pergunto por que ele faria isso - Você não pode fazer isso comigo papai.

Fico chorando por horas e só depois tenho coragem de ligar para a polícia, eles chegam e fazem várias perguntas, respondo a todas de maneira certa e Louis chega desesperado e chorando.

- Diga que é mentira - me pede e nego, ele chora desesperado enquanto faço o mesmo.

E agora? Estou sozinha no mundo, a única pessoa que me amou de verdade foi e me deixou.

∆∆∆∆∆∆

Olha mais aí para vocês!!!!

Esse livro também terá dias fixos de postagens.

Serão terça, quarta e sábado ás postagens dele.

Amanhã libero o primeiro capítulo 💙❤️

Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora