Quarenta

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- Acho bom nos acalmarmos e vermos se ela volta - o amigo dela diz e me estresso

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- Acho bom nos acalmarmos e vermos se ela volta - o amigo dela diz e me estresso.

- Eu não vou ficar aqui sem saber se ela está bem ou não, a Giulia é muito inocente para estar sozinha uma hora dessas! - exclamo alterado.

- Não tem um lugar para onde ela possa ter ido? - a professora questiona.

- Ela não ia sair sozinha, não assim - falo - Nós moramos juntos, é mais fácil alguém ter levado ela.

- E eu já sei até quem foi - Louis diz - E vou matar aquela desgraçada se fez algo com a minha filha.

Ele sai irritado e vou atrás dele ouvindo as pessoas pedindo para esperarmos, entramos no carro e ele dirige como um louco, nem ligo para isso, só quero achar minha Bonequinha.

- Não me importo que seja a sua mãe Noah, se ela fez algo com minha filha eu juro que a matarei com minhas próprias mãos, vou arrancar a cara dela fora - diz estressado e ultrapassa os carros.

- Ela disse que não ia se meter, mas eu não deveria ter acreditado - falo.

Logo chegando na casa da minha mãe e descemos do carro, só quero minha Bonequinha.

Louis bate na porta feito um louco e então minha mãe abre assustada.

- Onde está minha filha? - Louis questiona voando para cima dela.

- Que filha? - questiona parecendo com medo.

- Onde está a Giulia mãe? - questiono afastando Louis dela.

- Eu sei lá, não vi aquela garota - diz e suspiro.

- Ela sumiu, você deve ter alguma coisa a ver com isso - falo e vejo ela rir.

- Na verdade não tenho, mas amo o fato dela ter sumido - diz rindo - Estava mais que na hora daquela garotinha sumir de nossas vidas, espero de verdade que esteja morta.

Não tenho tempo para nada quando Louis puxa ela e deixa um tapa em sua cara, arregalo os olhos e puxo ele que parece com ódio.

- Pavê a boca para falar da minha filha desgraçada! - exclama furioso - Diga onde ela está!

- Não está comigo idiota - diz segurando o rosto - Ela deve ter percebido que não era importante para ninguém e decidiu fazer o mesmo que o pai, talvez esteja morta em um lugar por aí.

- Me solta porra - Louis exclama tentando se soltar.

- Mãe diga a verdade, onde ela está? - peço tentando manter a calma.

- Eu realmente não sei, juro para você filhinho - diz - Já que ela foi embora podemos voltar ao que éramos antes.

- Se eu não encontrar a Giulia até o fim da noite e bem, a senhora vai para a cadeia - falo e ouço Louis para fora, coloco ele dentro do carro e seguro o rosto dele - Ela não está aqui, mas ainda precisamos encontrar ela, sei o que quer fazer e sinceramente não ia me importar, mas precisamos a achei a Giulia e ela é mais importante nesse momento então fique quieto.

Bato a porta e entro no banco do motorista, começo a dirigir e saio aos lugares que sei que ela poderia ir.

Após muito tempo paro na frente de casa e abaixo a cabeça sentindo vontade de chorar por não ter achado ela.

- Não tem um lugar onde não fomos que ela poderia estar? - questiono.

- Eu não sei, ela estava bem - diz - Só que talvez tenha lembrado do pai, nós podemos ir ao cemitério ver se ela está lá, se não estiver chamamos a polícia.

- Eles só vão atrás após vinte e quatro horas - falo - Mas espero que ela esteja lá.

- Tem também a casa do Peter, ela está vazia - diz.

- Vá até lá e eu irei ao cemitério, quem encontrar primeiro liga avisando ao outro - falo e ele assente.

Sigo até o cemitério e vejo a pouca iluminação que tem, tendo recordar onde era a sepultura de Peter e caminho até ela, vejo uma coisa e acendo a lanterna do celular.

Meu coração se enche de alívio quando vejo o tutu rosa e branco dela, corro e vejo que ela está dormindo em cima do mármore frio.

- Giulia? - chamo e balanço ela a vendo acordar assustada e me apertar em um abraço apertado - Puta merda, não sabe o susto que me deu.

- Dipupa Nono - diz chorando - É que eu fiquei triste após a apresentação e lembrei do meu papai, ele gostava das minhas apresentações, aí eu vi que ele não estava lá para me ver, então eu saí correndo depois que acabou e quando vi já estava aqui, eu não tinha nada e fiquei com medo de ir para casa no escuro, aí sabia que o papai sempre ia me proteger então resolvi ficar aqui, eu não queria preocupar o Nono.

- Meu Deus, não faz isso Bonequinha, o tanto que já passou pela minha mente - falo apertando ela - Poderia ter vindo até mim.

- Foi sem queler, eu só saí correndo - diz soluçando.

- Está com frio, toma - tiro meu casaco e jogo nela - Vamos embora.

Seguro sua mão e ela fica de pé, caminhamos para onde meu carro está, arrumo ela no banco que chora baixinho e começo a dirigir prestando atenção nela.

Ligo para Louis no caminho que fica aliviado e diz que está chegando, dirijo devagar até em casa para não assustar ela.

Assim que paro o carro vejo ele correr desesperado até o carro e abrir a porta abraçando ela.

- Puta merda Giulia, não faz isso garota - diz e abraça ela apertado - Não sou novo e quase infarto por não te acharmos.

- Dipupa - pede baixinho - Dipupa a Gi.

- Não precisa pedir desculpas meu amor, não precisa - diz e abraça ela, ele me puxa e não abraçamos os três - Você é minha filhinha e eu sempre vou te perdoar, não importa o quanto apronte.

- Só não apronta outra dessa - falo e ela assente - Vamos entrar está frio, essa Bonequinha aqui precisa de um banho, comida e muito amor.

Entramos em casa e Louis fica preparando uma comida enquanto dou um banho em Giulia, após terminar visto ela com um moletom e vamos para a sala.

Ela come e fica abraçada em nós dois, depois de um tempo fico ame meu colo e levanta minha camisa começando a mamar, a observo dormir e suspiro de alívio.

- Deveria ter imaginado que apresentar ia gerar um gatilho nela por conta do Peter - Louis diz - Isso é culpa minha.

- Não é Louis - falo - Acho que nem ela mesmo pensou na possibilidade disso acontecer, aí ficou sobrecarregada de emoções e acabou saindo em direção onde o pai estava.

- Achei que ela estava bem - diz.

- Ela está, mas há casos em que mesmo depois de um tempo algumas emoções nos sufocam, talvez a ansiedade de tudo e o nervosismo a fizeram ficar assim - falo - De qualquer forma amanhã levarei ela na psicóloga, tem uns dias que não vai.

- Isso, leva ela, quero minha garotinha bem, não aguento ver ela assim, seria capaz de tudo por ela - diz com amor presente na voz.

- Até correr o risco de ser preso - falo e ele me olha - Sabe que minha mãe pode avisar você não é?

- Sim, eu sei e não estou ligando para isso já que foi por minha Gigi - diz - Não me orgulho de bater em uma mulher, mas estava com sangue quente na hora e faria muito mais se ela tivesse feito algo com minha filha.

- Eu só espero que ela não tente realmente fazer algo contra a Bonequinha - falo.

- Se tentar estaremos preparados para tudo - diz.

Nós estávamos, menos para o que ela fez.

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Doce amorOnde histórias criam vida. Descubra agora