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Queria conseguir me divertir.
Queria conseguir me distrair.
Mas algo não encaixa, não consigo parar de pensar. Não mais.
Por que? Por que Charles quer tanto Christian? Por que Christian tem que fugir? Por que ele e Aveline estão fingindo? Por que se conhecem? O que Daisy tem a ver?
Tudo até agora foram suposições. Cansei de achar coisas. Quero ter certeza delas.
Sr. Middleton é uma pessoa ruim, mas não tem nada que ele possa fazer para arrastar meu amigo de volta. Não de verdade.
Christian tem dezoito. Vai se quiser, aonde quiser.
Consigo entender seu medo. Seu trauma, mas talvez colocá-lo no cofre tenha só aumentado a ilusão de que seu pai seja ainda mais perigoso do que Chris já teme que ele seja. Talvez estejamos exagerando. Talvez tenhamos sido precipitados.
Charles é cruel. Mas criminal?
Só tem um jeito de descobrir.
Enquanto Alex está no banho dentro do meu banheiro, e Christian... bem, em algum lugar, decido que é uma boa hora para ir ao mercado. Com o carro.
Não estou com vontade de dirigir.
—Vai para algum lugar, Delilah?
Questiona Charles quando me aproximo.
—Evidentemente. - Aponto para o carro- Você é o motorista.
—Você faz soar como se fosse ruim.
—Porque é.
Ele me lança um sorriso irônico e abre a porta de trás.
—Não. Eu vou na frente.
Sua testa franze, e antes que possa abrir a porta novamente, eu mesma o faço e sento no banco dianteiro do passageiro. Ele liga o carro.
—Gosto de você. Me lembra Daisy quando nos conhecemos. Para onde?
Ignoro.
—Mercado.
—O mesmo de sempre?
Muito perto.
—Não. Quero ir mais longe.
—Está tentando testar minhas habilidades e me qualificar para o cargo?
—Não. Só ir ao mercado.
Escolho um dos endereços marcados no aplicativo do GPS.
Ele ri. Eu não.
O carro dá partida.
Ele liga o rádio.
Eu desligo.
Ele liga de novo. Deixo ficar.
Andamos um pouco. A música começa a me irritar.
Desligo o rádio de novo e tomo coragem de fazer aquilo que me impulsionou a sair de casa:
—Você a chamou de Aveline.
—É o nome dela.
— Não para você.
—Você ficou arrogante, não era assim. Não costumava se importar com títulos.
—Não me importo. Você se importa.
Quando paramos no farol, sinto seus olhos sobre mim.
—O que quer dizer?
—Você conhece ela.
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Não Pense (Primeira parte completa!)
Ficción GeneralPensar. A sutil e gradual arte de deslizar você mesmo em direção a insanidade. Ou a verdade, eu acho. Não poderia saber. Já tem um bom tempo que eu não penso. Não penso na minha mãe. Ou no meu pai. Ou neles. Não penso. Mantenho o controle. Tento. Me...