Badeea Ali

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Tulipa


Tulipa, por favor, me encontre no banheiro da murta-que-geme. É urgente. Eu preciso de você. Agora mais do que nunca.

          Foi tudo o que precisava ler para que tudo ficasse um borrão. Corri de volta para o castelo em disparada, o coração batendo em ira e nervosismo. Empurrei quem quer que estivesse no meu caminho até entrar ofegante no banheiro feminino. Não havia sinal de ninguém... nada além de fungados e suspiros dolorosos, ela está chorando. Corri para a porta da cabine do meio e bati freneticamente.

- Badeea. O que houve? Eu estou aqui.

Houve mais choro vindo da parte de dentro, o fato dela não me responder impulsionando e pressionando o meu coração a bater mais forte, até que, de repente, ela abriu a porta e correu para os meus braços.

- Quem foi? - perguntei - O que aconteceu?

Ela fungava, mas o choro parecia crescer e se chocar em sua garganta.

- Como... como soube? - perguntou

- A sua ave. Você me mandou uma mensagem.

Ela se afastou apenas o suficiente para me olhar nos olhos e eu prontamente enxuguei suas lágrimas em seu rosto extremamente molhado.

- Eu não mandei nada... o Talbott esteve aqui, tentava fazer com que eu saísse do banheiro.

- Foi ele? Foi o Talbott? Porque se foi...

- Não. E sim.

- Me explique tudo!

Seus olhos se inundaram e ela se jogou em meus braços novamente, me abraçando tão apertado que temi quebrar ao meio.

- Eu quero nomes. - digo entre os dentes - Me diga o que aconteceu e eu mesma vou acabar com a raça de quem quer que seja.

- Foram alguns alunos da Grifinória e da Sonserina. - ouvi a voz de Talbott perto da pia, fazendo com que nos afastassemos - Eles a encurralaram, rasgaram e puxaram o lenço dela. Estavam rindo como maníacos e todas aquelas pessoas que se reuniram ali pra assistir aquele circo de horror... ninguém protestou. Ninguém fez nada pra impedir.

- E você? Onde se encaixa nisto? - perguntei com ira

- Ela não saía do banheiro, então, eu chamei você.

- O que você fez com ela?

- Eu levei um soco tentando impedir. - apontou para o corte abaixo do olho - Lançaram azarções em mim até Filch aparecer e Badeea correr até aqui.

- Me sinto... ridicularizada. - Badeea finalmente falou - Me sinto exposta. Nua. Invadida. Violada.

- Chega. - Eu a interrompi - Eu quero nomes.

- Você não vai se meter em outra encrenca, Tulipa. - Badeea protestou - Não por mim.

- Foram Gregory Jeshuye, Dimitri Leroy, Benjamin Matarazzo, Leanor e Magna Belloza. - Talbott revelou

- Eles sequer são do nosso ano. - afirmo

- Se fossem, não fariam isso. - justificou - Ninguém do nosso ano tocaria em Badeea.

- Eu vou matá-los. Vou matar todos eles!

Badeea segurou meu rosto com as duas mãos, o virando para si, e me encarou por todo o rosto. Foi apenas o que ela precisou para que eu a puxasse de volta para os meus braços em um abraço gentil e apertado. Não está certo. Não está. E esse ódio apenas floresce ao imaginar tudo isto se passando por meus olhos, todas as risadas, todas as provocações e toda a maldade.

Without FearOnde histórias criam vida. Descubra agora