O Presente Perfeito

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Tulipa


Flashback

       A foda não desacelerava, finalmente minha interpretação estava se tornando realidade, remexia à toda velocidade por cima de Tonks, o impulso irracional me levava ao limite enquanto podia ouvir a sacodida da cama em meio aos gemidos, Tonks agarrando-se aos meus seios na tentativa de impulsionar isto ainda mais, porém, eu estava desacelerando. Toda aquela sensação ainda presente e mista do prazer e do cansaço, foi o que Tonks precisava para finalmente entrar em ação, me colocando sobre a cama, o corpo sobre o meu, enquanto empurrava o quadril contra mim. Segurei seu corpo o tanto quanto pude, as sensações aumentando cada vez mais, saindo completamente do meu controle. E ouvi-la... isto é divino. Eu já estava em meu ápice.

        E quando finalmente foi a vez de Tonks e o gozo veio, apressei-me a tira-la de dentro de mim, me surpreendendo ao perceber como tudo acontecia. Ela se apoiou nos cotovelos e jogou a cabeça para trás, mas ainda lhe faltava algo, foi com isto em mente que comecei a estimula-la. Tudo estava fluindo como deveria e isto não podia ser mais incrível.

- Você é extraordinária - arfei

- O quê? - estava um pouco vermelha, o cansaço evidente em sua voz

- Está com um pênis que sequer é seu, é capaz de mudar seus próprios orgãos, mas, ainda assim, você goza como você mesma, como uma mulher.

- Como você sabe?

- Acredite, isto aqui não duraria nem mesmo cinco minutos. - brinquei

- Então... era pra ser diferente?

- Honestamente, estava com medo de que me engravidasse.

Ela parou de repente, levantou a cabeça e me encarou seriamente.

- Eu não pensei nisso. - Revelou - Isso seria possível?!

- Eu não sei. O corpo é seu... ou quase.

- Caralho! O que a gente faz?!

- Calma. Está entrando em pânico.

- E não deveria?!

- Não! Tudo está certo. Nada vai acontecer.

Eu não sabia com convicção, mas torcia por estar certa... eu acho. Ao que pude ver, é como eu falei para ela, canais diferentes, porém, o mesmo resultado. E começo a me questionar como eu pude sequer imaginar em querer que algo assim fosse possível.

Tempo atual....

       Havia um segredo em mim que ninguém sabia. Ninguém exceto por Mérula. Por muito tempo pensei que podia ver o meu futuro refletir à mim, meus pais e eu estávamos finalmente nos dando bem. Mas esta imagem mudou tem um tempo, e fui obrigada a admitir a mim que tudo não se passava de fantasias, desejos desesperados que podíamos nem mesmo conhecê-los. Percebi isto quando vi Tonks segurando nos braços uma menina de mais ou menos quatro anos de idade enquanto eu segurava outra menininha pela mão esquerda, estamos adultas, e todas elas acenam e sorriem pra mim. Suspirei, cabisbaixa, mas certa de que não poderia me apegar a tal coisa... isso nunca aconteceria. E este espelho não passa de uma maldição a quem o encontra.

- Não sabia que vinha aqui ainda.

Olhei para trás e vi Mérula se aproximar com as mãos enterradas nos bolsos dianteiros. De fato, evitava vir aqui desde que vi a imagem que vejo agora pela primeira vez, mas agora, depois de todo esse tempo, depois dos NIEMs, depois das comemorações de aniversários, depois do dia dos namorados, depois das provas finais, eu me permiti vir aqui mais uma vez antes de me despedir do grande Castelo que foi minha casa por sete anos.

Without FearOnde histórias criam vida. Descubra agora