Chego em casa exausta. O trânsito estava horrível. Checo meu celular pela milésima vez para ver se Jack tem alguma novidade. Nenhuma. Af.
Entro e vou direto pro meu quarto. Digo oi para as meninas e tomo um booom banho. Aproveito que ele não está em casa e fico um pouco na banheira. Fico lá por meia hora antes de descer para jantar. Pedi pro Mateus fazer algo leve, pois estava sem fome.
Como sozinha um prato de salada de palmito com alface. Chega de comer. Dou boa noite a todos e me dirijo ao meu quarto.
Corro para ver se tem alguma notícia de Jack.
UMA MENSAGEM!!! Saio pulando de alegria pelo quarto.
Ane! Tentei te ligar, mas não consegui falar com você.
Fechamos! Deu tudo certo! Me falaram que agora que estou casado terei mais
responsabilidades para com a empresa.
Quando puder me ligue.
Jack.
Não perco tempo e já disco o numero dele.
- Alô.
- Jack! E aí?
- Ane! Meu deus... Que cansativa foi essa reunião. A pior até agora...
- Hahahaha que bom que deu certo. Onde está agora?
- Estou em um bar para comemorar o acordo. Não se preocupe, não farei nada a não ser beber... E muito.
- Af... Tudo bem. Que horas irá chegar?
- Não faço ideia. Não precisa me esperar acordada...
- Tudo bem... Se cuide.
- Até mais amor... – e desliga. Olho as horas e são quase 8. Como estava mooorta de cansaço, escovo meus dentes e me jogo na cama... Literalmente. E logo pego no sono.
Jack Sinclair
Estávamos no bar... Puts, não lembro o nome do bar. Não lembro nem o meu. Opa. Lembrei.
Bebemos tanta coisa. Estávamos tão excitados com esse acordo, mas também, quase o dia inteiro falando dos prós e contras. Meus colegas e eu ficamos sentados em uma mesa tomando todas. Várias mulheres passavam pela gente, mas eu não estava interessado. Algumas tentaram sentar no meu colo, mas mostrava minha aliança e elas vazavam. Engraçado isso.
Pelo visto estava muito tarde. Caminhamos em direção a saída e já localizo Bernardo com seu carro. O cumprimento.
- Olá Bernardo... Como foi seu dia?
- Tranquilo senhor, e o seu?
- O meu foi uma merda, até o cara assinar nosso acordo, aí ficou ótimo.
- Que bom senhor.
- Verdade...
- O senhor está bêbado?
- Talvez... Mais provável que não.
- Não vejo o senhor desse jeito já algum tempo.
- Buf... Nada...
- Desde que se casou senhor... Ela está fazendo milagres em você.
Reflito um pouco. – Dirija Bernardo.
- Sim senhor...
[...]
Vou caminhando vacilante pela escada. Tropeço e quase caio. Praguejo infinitamente. Não faça barulho idiota!
Consigo chegar ao quarto sem me machucar, mas quase derrubei um quadro, um vaso e uma estante pelo caminho. Mas tudo bem.
Ane estava no centro da cama, com seus cabelos pretos esparramados. Sua camisola estava na metade de suas coxas. Vejo seu tórax subir e descer. Percebo que estava acordada.
- Jack? – pergunta com sua voz sonolenta.
- Sim? – vejo ela caminhar até mim. Mesmo no escuro consigo ver seus olhos castanhos claros. Ela coloca suas mãos em meus ombros e me abraça.
- E aí?
- Foi bom. Cansativo, mas bom.
Ela me da um de seus sorrisos perfeitos. Aquele que mesmo estando em uma situação de merda faz te acalmar. E é isso que ela me faz, sua presença me acalma.
- Jack?
- Sim?
Percebo que meu casaco estava no chão. Olho para ela enquanto tenta desfazer o nó de minha gravata. Segura suas mãos, fazendo-a parar.
- Tem certeza? – pergunto para não haver dúvidas.
- Absoluta... – a deixo continuar.
Ane Sinclair
Acordo com alguém subindo as escadas. Escuto alguns palavrões. Jack. Ele era tão discreto como uma manada de elefantes correndo. Permaneço deitada. Só escutando.
Ele esbarra em algumas coisas no caminho até chegar aqui. Ele entra, fecha a porta e fica me observando. Logo ele percebe que estou acordada.
- Jack? – pergunto só pra ver se ele estava ali mesmo.
- Sim? – sua voz estava deliciosamente rouca. Oh pai...
Me levanto e vou em sua direção, ficando frente a frente. Estendo meus braços e o abraço. Estava cheirando a bebida, mas não ligo - E aí? – pergunto.
- Foi bom. Cansativo, mas bom.
Sorrio com essa afirmação. Vejo ele fixar os olhos em minha boca. Sinto meu corpo esquentar, principalmente em certas regiões.
- Jack?
- Sim? – retiro seu casaco e o largo no chão. Começo a soltar o nó de sua gravata. Por que quando estamos com pressa essas coisinhas sempre ficam mais difíceis de tirar? Sou surpreendida com o bloqueio de Jack.
- Tem certeza? – respiro fundo.
- Absoluta... – e solta minhas mãos. Termino de tirar sua gravata e começo a desabotoar sua camisa enquanto ele retira minha camisola. Sinto ser carregada até a cama e percebo que isso foi a melhor certeza de minha vida.
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Contrato de Casamento
Literatura FemininaPLÁGIO É CRIME! Ane perdeu seus pais com 16 anos e foi morar com seus avós maternos. Seu avô possuía uma oficina muito simples e sua vó tinha um pequeno salão de corte de cabelo no quintal da casa. Depois de dois anos aparece um carro na oficina, m...