Olá! Bom, ainda não sei se entrei de férias, mas minhas provas já acabaram. Então entrei no clima da mina "ressaca literária". Meu primeiro livro foi 'O príncipe dos Canalhas'. Recomendadíssimo!! É uma história perfeita! Amei de paixão. Pena que faltam os outros para serem publicados. Outro livro que quero muito ler é 'Red Queen'. Já ouvi muitas coisas positivas desse livro.
Bom, mais um capítulo pra vocês! Aqui ainda não vemos Jack, mas um clima muito tenso entre Marcela e Ane. Espero que gostem!
- Eu achei que estivesse... – gaguejo. Meu estado emocional ainda estava abalado por causa de Jack. Estava a ponto de me encolher em posição fetal e chorar muito. E ainda com a mãe de Jack na minha frente não ajudava a melhorar essa situação.
- Morta? – sorri amigavelmente. Era engraçado ver como eles se pareciam. Algumas coisas ele se parecia com o pai. Mas mesmo assim... Era estranho.
- Sim... – dou de ombros. – Já soube o que aconteceu com Jack? – pergunto preocupada.
- Não entendi direito... Me explica, por favor... Hm... Ane, certo? – ela se senta ao meu lado.
- Sim, mas primeiro irá me explicar o motivo de ter saído de casa... Porque o abandonou? – minha voz começa a se elevar por causa da indignação. – Ele era uma criança... Como pode fazer algo desse nível? Você sabia que ele ia sofrer por causa do pai que ele tinha... – começo a ficar vermelha pela raiva.
Ela suspira tristemente. – Eu sabia dos riscos. Fingir de morta era melhor opção. – faço um som de escárnio. – Acredite em mim. Meu ex marido era... – ela arruma o cabelo. Igual ao Jack quando nervoso. – Complicado. No começo era tudo as mil maravilhas, mas logo que a empresa cresceu, a ganância falou mais alto. Cada vez mais eu era vista como estorvo e não como sua mulher. O amava e Jack também, mas logo aprendeu que pra crescer ali com ele deveria seguir suas regras. Jack era muito pequeno pra entender que seus pais estavam em uma crise. Algumas vezes senti medo do que ele poderia fazer comigo. Me ameaçava. Fazia de tudo pra que ele não notasse Jack e sua fúria pudesse ser sempre descontada em mim e não no meu pequeno.
- E a sua falsa morte? – pergunto tentando entender esse emaranhado de situações.
- Escolhi fugir com um... – ela fica meio vermelha. – amigo. Ele me fez feliz. Essa história de estar morta foi invenção dele pra que Jack sofresse menos acredito eu. Me mudei e transformei minha aparência. Nunca fui procurada por ninguém e nem pelo Jack. O pai de Jack até mandou fazer uma lápide com meu nome. – ela ri sem graça.
- E o Jack? – pergunto com raiva.
- Eu escolhi deixar para trás uma vida melhor. Não vivi no luxo ou com dinheiro. Era uma cidadã normal com uma vida pacata e simples. Privar Jack de ter uma boa educação, boa renda e dinheiro eram indignos de minha parte. Não poderia fazer algo semelhante a ele. Privar de tudo isso era um grande erro. Ele não merecia. Então...
- Então você deixou seu filho, um bebê à mercê de um monstro enquanto vivia seu romance com o tal do seu amigo... – balanço a cabeça em desaprovação. – Você não sabe como ele sofreu com aquele crápula! Mas quem sou eu pra julgar quem está errado nisso tudo, não é? Sou a simples esposa dele... – sorrio falsamente.
Ela me olha sem mudar a compostura. – Você o ama... – ela fala sem mais e sem menos. – Vejo isso em seus olhos. O quanto tenta proteger de si mesmo, dos monstros do passado. Era assim também querida. Acho que é um mal dos Sinclair. Eles te fazem cair de joelhos por eles, mas no instante que percebe que você não é boa o suficiente pra eles... – ela estala os dedos na minha cara. – Eles a descartam. O motivo? Não tive o prazer de descobrir. – Meus olhos estavam nublados pelas lágrimas. Não ia deixar essa megera me ver assim.
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Contrato de Casamento
Literatura FemininaPLÁGIO É CRIME! Ane perdeu seus pais com 16 anos e foi morar com seus avós maternos. Seu avô possuía uma oficina muito simples e sua vó tinha um pequeno salão de corte de cabelo no quintal da casa. Depois de dois anos aparece um carro na oficina, m...