Capítulo 23

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Havia uma gaivota parada em frente ao mar, ela parecia observá-lo com toda a sua natureza brutal e a profusão de ondas buliçosas.

Imperava a ventania e a atmosfera local se tornava exatamente a oposta de calmaria. A praia não era o lugar ideal para a família e ao menos era possível fazer um tour guiado para exploração em mar aberto.

Ainda assim, o pequeno Harry carregava um sorriso largo em seu rosto feliz enquanto tinha uma de suas mãos seguradas firmemente por sua mãe.

— Papai, você vai fazer o 360? — Ele questionou esperançado. Não era segredo pra ninguém que o cacheado ficava em êxtase toda vez que contemplava seu pai dar uma volta por inteira no ar com a prancha e depois retornava ao mar na mesma direção onda.

— Claro, pequeno. — Nalu abaixou para deixar um beijo em sua testa, antes de se agachar para falar com Harry. — Hoje não dá pra brincar no mar, amor, está muito agitado, você promete que irá obedecer sua mãe e não irá entrar?

O pequenino Styles assentiu sábio, Nalu sorriu para ele, se levantando e olhando para a amiga.

— Não solta a mão do no nosso bebê, pelo amor de Deus. — Pediu, sabendo que Harry ficava eufórico e sempre entrava na beira do mar quando o via surfando para tentar contemplar mais de perto.

— Relaxa aí, Nalu. — Ela o tranquilizou, pondo Harry em suas costas. — Fala pro papai que você não é mais bebê, filho.

— É papai, eu não sou mais bebê. — Harry deu línguas, abraçando o pescoço da mãe.

— Vocês estão muito engraçadinhos. — Nalu deu língua pra ele também, já virando o corpo pra entrar no oceano com a prancha sob o braço. — Vejo vocês em dez minutos.

Harry bateu palmas, rindo ao ver o pai correr e entrar no mar. Ele sempre ficava assim, seu coração acelerava e sua paixão pelo Surf era visivelmente explícita e inegável.

— Um dia eu também vou saber, mamãe? — Perguntou, torcendo internamente para que ela falasse que sim ao tempo que assistia com os olhos brilhantes Nalu dropando as ondas mais mortais do mar vazio, inacessível para banhistas.

— Vai! — Ela garantiu. — O sangue de surfista corre pelas suas veias, Harry.

O pequeno assentiu, satisfeito com a resposta, anteriormente de gritar ao ver Nalu rodopiando no ar ao fazer a manobra 360. O cacheado foi ao delírio e seu pequeno coração apaixonado faltou explodir de tão célere.

— Harry? Você está suando frio, filho. Acorde! — Abruptamente, tudo ficou preto. Harry piscou confuso, sentando-se na cama ao se dar conta de que era um sonho e com o peito ainda acelerado, olhou para Marilene com os olhos marejados.

— Vó... — Murmurou, quebrado e no momento a seguir, ela já estava abraçando-o estreitamente.

— O que houve, filho?

— Meu p-pai, vó. — Respondeu, sem ser mais capaz de segurar o choro. — Eu queria tanto ele de volta...

— Oh, querido. — Marilene pareceu devastada com a declaração de Harry. — Não fique assim. Eu sei que você estava lendo o livro dele, você já chegou no final?

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