Capítulo 22

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Faye teve que piscar várias vezes para certificar-se se realmente o menino estava de pé na porta. Com sua camiseta manchada de sangue, as bochechas marcadas e órbitas vazias, ele era realmente real. Mas ele ficou. O garoto ficou perfeitamente imóvel, encostado à ombreia, olhando para ela. Seus braço estavam cruzados sobre o peito e seu rosto estava um pouco torcido por um sorriso.

"Vocês tem certeza que querem fazer isso, rapazes?" Harry falou, o que fez os dois homens girar em torno de onde estavam. Enquanto a confusão brilhou sobre um dos rostos dos homens, o medo brilhou sobre o outro homem.

"Roupa legal. O que você está tentando ser?" Alex disse e sorriu.

"Oh, eu não sei." Harry respondeu, sorriu e depois desapareceu. Ele logo apareceu de novo, a apenas alguns metros na frente dos homens. "Talvez o menino que foi assassinado aqui há 90 anos por, se eu ouvi direito, seu avô."

A calma e petulância havia desaparecido do homem, o rosto de Alex tinha sido substituído pelo medo, e mesmo assim ele tentou escondê-lo, mas Harry viu.

"Bem, longa história, mas eu ainda estou aqui." Harry disse devagar, um novo sorriso rastejou em seu rosto. "E se você olhar no braço da garota, você vai ver a letra H como meu nome, assim eu sou o único que decide se ela vive ou morre. Portanto, eu não posso deixar vocês a manterem, porque eu vou. "

"Você é louco." Alex disse em voz alta, em uma tentativa de soar ameaçadora. "Por que você não sai e nos deixa fazer isso, e nós iremos deixá-lo vivo." Harry riu.

"Você não pode matar o que já está morto." Ele disse e então se aproximou e se agachou na frente de Faye. "Mas você pode matar o que está vivo. Gostaria que fosse vocês dois." Ele acrescentou, e passou os dedos no rosto molhado de Faye. "Desculpe, querida, você não tem que ver isso." Ele sussurrou antes de dar um golpe sem esforços na cabeça de Faye, que ficou inconsciente, com seu corpo deitado no chão.

"Agora." Disse Harry friamente e, lentamente, levantou-se do chão, se virando "Eles nunca pegaram os assassinos da minha família, mas vocês dois devem servir." Ele deu alguns passos para a frente. A abordagem de Harry fez Alex retirar sua arma e apontar para o menino.

"Eu vou atirar, eu juro." Alex disse, mas suas mãos tremiam. "Eu vou atirar em você."

"Vá em frente." Harry se atreveu, e esticou os braços, expondo seu torso. "Atire em mim."

No próximo segundo um grande estrondo ecoou pela casa, e a parte superior do corpo de Harry foi jogada pra traz quando a bala penetrou em sua pele, nervos e músculos. Mas nada aconteceu. A única diferença era a ferida da bala no peito de Harry. Outro estrondo encheu a sala, outra bala forçando o corpo de Harry para trás, mas nada aconteceu novamente.

"Como eu disse." Disse Harry lentamente. "Você não pode matar o que já está morto." Então ele pulou para a frente em direção aos dois homens.

Faye acordou, com falta de ar. Sua cabeça latejava e a dor era mais intensa do que a dor no resto do seu corpo. Cada membro de seu corpo estava dormente e duro de ficar na mesma posição no chão por muito tempo, e ela não ficaria surpresa se sua pele ficasse com hematomas escuros.

Embora a boca de Faye estivesse livre do pano, suas mãos ainda estavam mal amarradas nas costas. Ela soprou um fio de cabelo fora do seu rosto antes de virar a cabeça para o lado, ofegando quando viu o líquido escuro, vermelho, espalhado no chão. Pânico correu por suas veias, e ela começou a mexer a mão, tentando se soltar da corda em volta de seu pulso, mas sem êxito. No entanto, Faye conseguiu empurrar-se para cima em seu joelho, assim poderia levantar-se.

Seus olhos focaram no líquido carmesim no chão enquanto ela cuidadosamente tenta evitar pisar nele. Ela se perguntou de quem era. Era um dos homens? Ou era do menino? Faye sabia que ela não iria receber a resposta, por isso foi em direção à cozinha.

Na cozinha, Faye foi até o bloco de faca. Ela virou-se, assim, suas costas estava de frente para ele, antes de tentar pegar uma faca. Quando ela finalmente pegou uma, ela deslizou pela sua mão, saltando sobre o balcão e quase caindo no chão. Ela soltou um grito quando pulou para traz, evitando a faca cair.

"Você precisa de ajuda, querida?" Uma voz, vindo de trás Faye, disse, fazendo-a girar. Do outro lado da sala, estava Harry, encostado na parede com um sorriso no rosto.

A memória do menino correndo os dedos de rosto molhado de Faye ainda estava fresca em sua mente, e ela se perguntou o que o fez fazer isso. Tudo. Por que não deixá-la morrer? Não era isso que queria, que ela morresse? Ele estava começando a se tornar a pessoa que ele tinha sido há muitos anos ou ele queria torturá-la a si mesma? Mas de qualquer forma, ela estava viva agora e que ela provavelmente nunca iria se soltar sozinha da corda em seu pulso.

"Sim." Faye começou, mas calou-se por alguns segundos, como um pensamento surgiu em sua mente. "Eu vou deixar você me ajudar, se você me deixar ajudá-lo." Ela acrescentou. O sorriso do menino desapareceu.

"Ah! Desculpe, querida." Harry respondeu, e cruzou os braços sobre o peito "Eu não preciso de ajuda."

"Mas você sabe que sim." Faye disse lentamente.

"Não, eu não preciso!" Harry disse com raiva. "Eu não me importo com o seu 'coração de ouro' ou a sua 'missão' para ajudar as pessoas. Eu sou quem eu sou, e eu não preciso de ajuda. Nem de você. Nem de ninguém!" Estava irritado e intimidante.

"Se você continua sendo um babaca com ódio, por que você me salvou?" Faye disse com raiva. Ela estava frustrada. Ela sabia que ela tinha visto um outro lado de Harry na última vez que falou com ele, por que ele estava negando isso agora? "Por que você passa pela dificuldade de parar dois homens de me matar, quando você poderia ter me deixado morrer? Não é isso que você quer? Pessoas ruins não salvam as outras pessoas, mas as boas pessoas fazem." Em um instante Harry desapareceu do seu lugar, mas em breve, Faye sentiu a respiração de alguém fazendo cócegas em sua pele nua e a corda caiu de seus pulsos.

"Mas eu não sou uma boa pessoa." Harry sussurrou em seu ouvido, antes que o sentimento de vazio enchesse a cozinha.

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Créditos: rosepetalhaz

Haunted |h.s | traduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora