Faye estava paralisada em seu quarto. Mas por que? Por medo, porque ela não tinha ideia de quem era a silhueta. Será que era só por que ela não entendia o que estava acontecendo? Mas ela entendeu o que Harry havia dito. Ele não estava no hospital. Então, quem era? Faye tentou pensar, tentando ver algum rosto, embora ela já soubesse a resposta. A silhueta não tinha rosto, apenas escuridão. Isso a fez pensar em outra coisa. Ninguém mais, além dela, tinha visto a sombra, embora estivessem passando enfermeiras e visitantes no corredor. Por que ela era a única que tinha visto?
Por um breve momento Faye pensou ter visto uma sobra escura em sua janela, mas quando virou para olhar, não havia ninguém lá. Ela tentou dar de ombros com o quão o pensamento parecia ridículo, mas ela não podia. Ela mal sábia o que era e não era real. Se Harry, que estava morto, ainda estava aqui, era possível que mais alguém estivesse? Os pais de Harry? Mas se fosse, por que não estavam ligados a casa como o Harry? Ou era um completo estranho, alguém cujo sofrimento ao longo de décadas o transformou em algo mal?
Três dias mais tarde, Faye sentou no balcão da cozinha. Estava frio, mais frio do que qualquer dia de verão. Faye agora estava segurando um copo de café em suas mãos.
Faye não tinha dormido desde que ela viu a silhueta escura no hospital. Nunca parecia deixar ela sozinha, ela não sabia se estava imaginando ou se realmente estava acontecendo ali, a espreitar ao virar a esquina, olhando para ela.
"Dias ruins em?" O som súbito de uma voz chegou a Faye, que tremeu suas mãos que escorreu café na lateral do copo queimando sua pela fria.
"Ai! Merda." Faye exclamou e rapidamente puxou a mão em direção ao seu corpo, sua pele com um ardor. Faye olhou para Harry, franzindo a testa. Mesmo que ela saiba exatamente como ele era, ela se surpreendeu ao ver o seu rosto e olhos assustados. Sua aparência não combinava com o som da sua voz. "Obrigada por isso."
"Faye." Disse Harry, soando um pouco cansado. "Eu não quero brigar ou discutir. Eu ainda estou tentando entender as coisas. Apenas... Apenas me escute. Eu não sei se vou ser capaz de falar com você de novo. Eu não posso... Não posso controlar os dois lados de mim." Harry respirou fundo, como se estivesse lutando com seu interior enquanto falava.
"Eu estou tentando ficar longe de você quando..." Harry fechou os olhos, se concentrando por alguns segundos. "Quando o lado escuro é mais forte. Eu realmente tento afastar, mais é muito forte para mim."
"Está tudo bem, tudo tem seu tempo." Disse Faye. "Por que você nunca pensou que iria se perder?"
"Você não entende, o que está dentro de mim esta agarrado a cada fibra do meu corpo. Estou tentando lutar contar esse lado que existe há 90 anos com um lado que eu nem sabia que tinha mais."
"Tudo bem." Disse Faye. "Eu não posso entender o que você está-"
"Você faz isso parecer mais fácil." Harry deixou escapar. Então, ele ficou em silêncio por um tempo, assim como Faye. "Você faz isso parecer mais fácil." Harry repetiu, sua voz em um sussurro. "Desde que você chegou em casa do hospital, naquele dia ensolarado no início de julho, eu me senti diferente a cada vez que estava perto de você. Eu não sei como é possível, eu não posso explicar, mas é como se eu estivesse me curando. Você está me curando."
"Eu- Como?" Faye se embaraça com as palavras. O que você deveria dizer a alguém que diz que você está a curando?
"Eu sei que não sou nada mais do que uma pessoa morta que fez coisas horríveis." Disse Harry. "Eu não mereço nenhuma ajuda. Basta olhar para mim." Harry apontou para seu rosto e a parte superior de seu corpo sangrento.
"Hey." Faye disse sorrindo, esticando sua mão para pegar a dele." Mesmo algo morto pode ser bonito."
"Eu não acredito nisso." Harry puxou sua mão da de Faye.
"Quando ele morrerá" Faye recitou. "Leve-o e corte-o em pequenos pedaço / E ele vai fazer a face do céu tão bem/ Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noite / E não pagam a adoração ao sol berrante."
"Shakespeare?" Perguntou Harry.
"Hum, eu escrevi um ensaio sobre ele na escola há alguns meses." Faye respondeu. "Essa é a única citação de suas obras que eu me lembro."
"Romeu e Julieta." Disse Harry em silêncio. "Eles se amavam tanto que eles estavam dispostos a morrer e desafiar suas famílias para ficarem juntos."
"Huh?" Disse Faye e levantou uma sobrancelha, não entendendo completamente o que Harry havia dito.
"Essa citação. É de Romeu e Julieta. " Disse Harry, e teve um pequeno aceno de cabeça de Faye. Ela já sabia disso. Para seu trabalho teve que analisá-lo, e acabou lendo 'Romeu e Julieta' e 'Sonho de Uma Noite de Verão."
"Eles preferem morrer do que viver um sem o outro." Disse Harry, mais para si mesmo do que para Faye. Ele se perguntou como era amar alguém, tanto como Romeu amou Julieta, e Julieta amou Romeu. Westbrook era um lugar muito pequeno quando Harry esteva vivo, e encontrar alguém para passar o resto de sua vida foi difícil.
"Posso perguntar uma coisa?" Disse Faye, interrompendo os pensamentos de Harry. "Como era sua vida quando você estava vivo?"
"Resistente e injusta." Disse Harry. "A guerra mundial causou vários problemas políticos, sócias e econômicos, e toda a alegria de vencer a guerra realmente não durou muito por causa desses problemas. Era como deixar de funcionar."
"Você tinha planos para seu futuro?" Perguntou Faye, tendo a chance de conhecer o rapaz é parte sua história, que os artigos antigos dos jornais nãos diziam.
"Eu estava pensando em entrar para o exército." Harry respondeu. Algo nele não gostou de estar compartilhando essas coisas, e começou a lutar contra isso, tentando dominar sua mente.
"Mas e se você tivesse morrido na Segunda Guerra Mundial?"
"Teria sentido menos dor morrendo na guerra." Harry respondeu, tentando suprimir a escuridão brotando dentro dele.
"Então." Faye começou, pensando sobre o que deveria dizer. Em seguida, bateu-lhe o que ela realmente queria saber, desde a última vez que eles conversaram.
"Harry?" Disse Faye.
"Sim."
"Há alguns dias atrás, você disse que não estava no hospital porque está ligado a esta casa." Disse Faye, ainda se lembrando de como ela se sentia quando ele a tinha dito, deixando-a com medo e confusão. "Como, exatamente, você está ligado a esta casa?"
"O sangue. No porão." Disse Harry. "É meu, restringe meus movimentos. Ele está lá há muito tempo, que mais ou menos, tornou-se parte da casa. Enquanto estiver o sangue no porão, eu nunca vou estar completamente livre." Ele sorriu fracamente para Faye por um breve momento, então as costas de Harry se curvaram é um grito de dor encheu a cozinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Haunted |h.s | tradução
Fanfiction"Quando ele morrer, Pegue-o e corte-o em pequenas estrelas, E ele vai fazer a face do céu tão bem Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noite E não pagaram a adoração ao sol berrante. " - William Shakespeare 19 de junho de 1924 foi um dia...