Faye se sentou no banquinho ao lado de Harry, pegando a foto de suas mãos. Ele estava em silêncio, ligeiramente curvado para frente, seu cabelo encaracolado, caia em volta de seu rosto, impedindo Faye de ver sua expressão.
Faye colocou a mão no ombro de Harry, e o sentiu tremer sob seu toque. Ela queria confortá-lo, mas estava sem palavras. Como poderia confortar alguém que descobriu quem foram as pessoas que mataram seus pais? Ela poderia, de alguma forma saber como Harry se sentia. Mas ela não tinha nada o que falar, por que ele falou primeiro.
"Você não tem que ficar aqui." Harry disse, em um sussurro.
"Eu quero ficar." Ela conseguiu dizer, apertando a mão dele. "Não vou aceitar você me afaste, ok? Você não precisa passar por isso sozinho."
Harry moveu a cabeça para o lado, seu cabelo se afastou revelando seus dois, brilhantes, olhos verdes. Ambos estavam cheios de dor e tristeza, drenados de alegria e vida.
"Você quer falar sobre isso?" Perguntou Faye com cuidado.
"Eu não sei." Harry respondeu o olhou para baixo novamente. "Eu nem sei por que eles os mataram."
"Você quer que eu, talvez eu possa encontrar alguma coisa?" Perguntou Faye. "Eu posso ir até a biblioteca."
Harry a olhou novamente, desta vez com seus olhos arregalados em surpresa.
"Você faria isso por mim? Tentar resolver meus problemas?" Perguntou Harry.
"Claro que faria." Respondeu e sorriu. "Você não entende que eu quero te ajudar?"
"Eu só... Eu não tenho certeza se eu quero saber." Disse Harry lentamente.
Poucos dias se passaram antes de Faye sair de casa para ir até a biblioteca. A fotografia da fábrica estava no bolço de Faye enquanto caminhava no centro da cidade para a biblioteca. Ela sabia que Harry queria saber a verdade. Por muito que doesse, ele queria saber.
Um sentimento cresceu no estômago de Faye com cada passo qua dava na direção da biblioteca, e quando chegou, mal podia sentir o nervosismo enchendo-a. Depois de tomar algumas respirações profundas, empurrou a porta e entrou. O cheiro de madeira e livros bateu nela junto com uma onda de silêncio.
Faye caminhou até a primeira saleta, olhando para ver se havia alguém, mas não. A segunda também estava vazia. Faye deu de ombros e continuou até a sala onde ela podia encontrar registros antigos.
Depois olhar em volta por um tempo, e ler alguns artigos antigos, ela encontrou o que está procurando. Ela rapidamente pegou a foto e colou sobre a mesa, ao lado do artigo. Na parte superior do artigo, logo abaixo do título, havia outra foto, quase idêntica à que Faye tinha. A única diferença era que foi tirada, provavelmente, no inverno.
"Acontecimento infelizes na fábrica local" Faye leu. Seus olhos percorreram o texto, que descrevia acontecimentos infelizes na fábrica, em que trabalhadores ficaram ferido e outros fugiram com salários baixos. Era estranho, a quantidade de infelizes acontecimentos qua aconteceram em um curto período. Seria possível o pai de Harry estar envolvido nesses acontecimentos?
Uma batida assustou Faye, e sua cabeça girou. Na porta estava Chase com um pequeno sorriso no rosto.
"Fiquei surpreso por ver você aqui." Ele disse e entrou na sala, Faye podia sentir o nervosismo ressurgir dentro dela.
"Aposto que sim." Ela respondeu, e se levantou deixando o arquivo onde estava.
"O que você estava procurando aqui todo esse tempo?" Ele perguntou, encostado na prateleira, bloqueando o caminho de Faye. "Ainda sobre a casa?"
"Não realmente." Faye respondeu. Ela ainda se sentia estranha ao lado de Chase, pois sabia que ele não se lembrava o que tinha acontecido com ele. Seu último encontro havia sido na biblioteca, onde Chase tinha começada a encher de perguntas, e Faye sabia que iria acabar da mesma forma. Honestamente, seus desejos de sair tinham acabado quando Harry se foi. Eles haviam se separado, mas desde que Harry voltou, ela de alguma forma se sentia mal por estar longe dele, especialmente fazer algo que ele não quisesse.
"Desculpa, eu realmente preciso ir." Faye deixou escapar, sua mente já estava de volta na casa. "Foi bom ver você de novo. Fico feliz por estar bem." Ela acrescentou e passou por ele, agarrando a fotografia da mesa antes de sair da biblioteca.
Quando Faye caminho de volta pra casa, ela pensou sobre os últimos dias que passou ao lado de Harry. Eles não tinham feito nada em particular, além de saber sobre o passado de Harry, sobre sua morte, desde o encontro com a fotografia. Faye queria o ajudar, não quebrar ele.
Mesmo ela resolvendo o atual problema de Harry, ele não estava resolvendo o de Faye: o homem. Mas quando ela disse que não queria falar sobre isso, ele balançou a cabeça e nunca mais tocou no assunto. Uma parte dela acredita que, se o homem for uma parte dela, talvez ele ficaria longe se ela ignorasse o medo dentro dela.
Mas havia algo que tinha mudado. Um sentimento dentro de Faye tinha começado a crescer, a sensação que desejava que Harry a tocasse mais e mais a cada dia que passava. Ela não queria apenas sentir a presença de Harry, uma parte dela queria mais. Queria sentir cada parte do corpo dele pressionado contra o dela, sentir seus dedos contra sua pele.
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Vou tentar traduzir todos os capítulos que faltam, por que Haunted está acabando. :(
Então provavelmente vou postar segunda ou terça.
Obrigada por lerem.
Créditos: rosepetalhaz
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Haunted |h.s | tradução
Fanfiction"Quando ele morrer, Pegue-o e corte-o em pequenas estrelas, E ele vai fazer a face do céu tão bem Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noite E não pagaram a adoração ao sol berrante. " - William Shakespeare 19 de junho de 1924 foi um dia...
