O sol surgia lentamente depois de algumas horas, levando a escuridão embora, com seus raios brilhando através da janela. Com Faye deitada na cama, uma sensação de deja vu tomou conta dela. Era como se ela, em outra realidade, estivesse deitada no mesmo local.
"Harry?" Disse e virou a cabeça pro lado, para encontrar uma cama vazia e fria onde e Harry havia deitado. Uma dor tomou conta de Faye tornando difícil de respirar, e foi rapidamente forçada se sentar e colocar o rosto entre seus joelhos, em uma tentativa de recuperar o ritimo de sua respiração. Mas era difícil fazer.
"Faye?" Uma voz suave encheu o quarto e, no mesmo momento em que chegou a seus ouvidos, a dor desapareceu. "Você está bem?"
Faye deixou sua cabeça cair no travesseiro antes de olhar através do quarto. Harry estava em pé ao lado da janela, casualmente encostado na parede. De onde Faye estava, parecia que as cicatrizes em sua bochecha tinham desbotado, mas seus olhos não estavam visíveis. No entanto, naquele momento, Faye estava aliviada por ele estar ali.
"Sim." Disse e sorriu levemente. "Estou bem agora."
"Se eu te conhecesse melhor, diria que estava preocupada comigo." Disse ele é uma risada suave encheu o quarto por alguns segundos.
"Bem, você não me confesse, então." Disse Faye.
Harry se afastou da parede e caminhou até a cama e se sentou na borda. Manteve o olhar baixo. Ele esperava que seus olhos voltariam. Mas eles não voltaram.
"Harry?" Chamou Faye, e se moveu para mais perto dele. "Por que você não olha pra mim?"
"Eu não quero que você se lembre de como eu era." Ele respondeu.
"Por causa de seus olhos?"
"Sim."
"Eles não me assustam, Harry."
"Talvez não agora, mas eles representam quem eu era, e não quero fazer você se lembrar."
Faye respirou fundo. Ele se sentia estranho sentar ali com ela, como se as últimas semanas não tinha acontecido, Faye não compreendia ela mesma, ela apenas sentia estar certa. Ela sentia como se não devesse estar em outro lugar. Havia algo dentro dela que era atraído para o menino de cabelo encaracolado, algo desejava ele é nada mais. Era como se nada realmente importasse. O mundo passou, em um borrão, enquanto todo o foco estava sobre eles. O seu presente, seu pequeno mundo, foi preenchido com cores vivas que nunca havia existido, enquanto tudo à sua volta era chato é drenado de beleza.
"Você me disse." Disse ela, e colocou a mão no ombro de Harry. "Você me disse que não vai mais me machucar."
"E eu não vou." Harry respondeu.
"Então por que não confia em si mesmo?"
"Porque eu não sei o que o futuro nos reserva." Disse Harry. "Eu nem posso se quer saber se vou ficar assim para sempre. Talvez se eu ficar mais perto de você me deixe mais fraco, e eu vou me afogar na escuridão de novo. Ou talvez estar mais perto de você me deixe mais forte. Eu não sei, Faye. Mas, se a escuridão dentro de mim voltar... Então tudo que quero é que você se lembre de mim, e nos dias de hoje, é a cor dos meus olhos. Não a escuridão."
Cuidadosamente, Faye colocou o braço ao redor da cintura de Harry e apoiou seu queixo em seu ombro. Podia sentir a pele fria sob o tecido de sua camisa.
"Harry, você precisa parar de se preocupar. Eu estou aqui para ajudar, lembre disso." Faye sussurrou, fechando os olhos. "Eu não vou deixar você voltar a ser a pessoa de antes."
Faye e Harry ficaram em silêncio por um tempo, o único som era do vento que batia na janela. Faye manteve os olhos fechados, e ela não queria deixar Harry, que agora colocou as mãos envolta dela. Mas depois de ficarem sentados em silêncio, Faye soltou Harry e limpou a garganta antes de ir ligeiramente par trás.
"Eu deveria tomar um banho." Ela disse e se levantou.
"Ok, vou esperar você aqui."
Faye trancou a porta do banheiro atrás dela antes de entrar no chuveiro e rapidamente se lavar. Em seguido, colocou suas roupas novas.
Quando Faye colocou a mão na maçaneta da porta, a luz do banheiro piscou, a fazendo virar e se pressionar contra a madeira da porta. Seus olhos olharam para a luz bruxuleante, até que parou depois de alguns segundos, e começou tudo de novo.
"Harry?" Sussurrou. "Não faça isso." Mas ela não obteve resposta.
O banheiro permaneceu em silêncio, ficando mais frio, e quando Faye suspirou, uma névoa branca irrompeu de sua boca.
"Harry?" Faye repetiu, sem receber nenhuma resposta. Os pêlos de seus braços se eriçaram, enviando um arrepio até sua espinha. Em seguida, a lâmpada piscou novamente, entre lampejos, e a silhueta do homem se tornou visível apenas alguns metros de distância de Faye. Quando ela percebeu quem era, ela ficou paralisada na porta.
O homem sorriu maliciosamente para ela, assim como da última vez, e fechou a distância entre eles. Faye olhou para ele, incapaz de fazer qualquer coisa.
O homem, lentamente, levou a mão pra cima, no peito de Faye, logo acima de seu coração. Foi a primeira vez que o homem a tocou, e seu toque só a assustou ainda mais. Nos últimos dias, ela pensava que ele tinha ido embora, mas ele estava ali, em pé na frente dela com sua mão em seu peito.
No momento seguinte, a mão do homem penetrou na pele de Faye, em seguida, em sua carne e osso. Sua mão, estava se penetrando profundamente no corpo de Faye até chegar em seu coração, o impedindo de bater corretamente.
Faye entrou em pânico e seu coração estava doendo nas garras do homem. Parecia que ele estava manchando seu coração de escuridão. Seu mundo caiu, e com as costas arqueada, Faye deixou um grito escapar de seus lábios, enchendo o banheiro. Mas outra coisa mudou, o rosto do homem emergiu da escuridão. E ela sabia de quem era aquele rosto.
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Haunted |h.s | tradução
Fanfiction"Quando ele morrer, Pegue-o e corte-o em pequenas estrelas, E ele vai fazer a face do céu tão bem Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noite E não pagaram a adoração ao sol berrante. " - William Shakespeare 19 de junho de 1924 foi um dia...