Capítulo 48

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"Sabia que tinha visto ele no meu quarto." Faye gritou e desceu correndo as escadas, um cobertor estava pendurado sobre seus ombros como uma capa. Ela estava segurando um filme em sua mão. "Você tem que ver esse, Leonardo DiCaprio e Joseph Gordon-Levitt são bonitos!"

Faye e Harry estavam em uma maratona de filmes, e já tinham visto uma dúzia de filmes favoritos de Faye.

"Não quero saber quem você acha bonito." Harry gritou de volta, quando Faye entrou na sala de estar.

"Nem mesmo você não é capaz de negar a perfeição desses dois homens." Disse Faye e pôs o filme antes de sentar e entrelaças as penar com as de Harry e se recostar contra seu peito.

"Oh, oh!" Faye exclamou em emoção e se sentou ereta, olhando para Harry. "Nós temos que assistir O Grande Gatsby mais tarde! Fala sobre o final de 1920."

"Tudo bem, alguma coisa que gostaria de acrescentar sobre O Grande Gatsby?" Perguntou Harry.

"Diferente do que Leonardo DiCaprio parecer muito ele?" Faye respondeu e se recostou novamente.

"Ah, agora faz sentido porque você quer assistir." Ele riu e colou os lábios no topo da cabeça de Faye, balançando ligeiramente.

Faye entrelaçou os dedos com Harry antes de ela colocar os braços em sua cintura, virando a cabeça pra TV, onde a cena de abertura do filme estava rodando.

Faye Harry tinham quase chegando ao meio do filme, quando Faye pegou de repente o controle remoto e fez uma pausa antes de ela se sentar, virando-se de frente para Harry. Ela passou a mão trêmula pelo cabelo, uma sensação desconfortável tinha lavado sobre ela.

"Ei, qual o problema?" Ele perguntou e colocou a mão na perna de Faye.

"Não sei." Ela respondeu, e franziu a testa. "É só que... Algo parece errado. Não estou certa do que é."

"O que? Fiz algo errado?"

"Não, não." Fay exclamou, sacudindo a cabeça. "Em geral. Algo está errado." Ela bateu nervosamente seus dedos em sua perna. "Tudo se sente fora, sabe? É quase como isso não fosse real. Como tudo isso fosse embora em algum momento."

Faye podia sentir um forte aperto na garganta, e ela não podia dizer mais nada. Em vez disso, sua respiração ficou mais pesada como se não conseguisse ar suficiente. Ela se sentia presa, e ela podia jurar que uma parede se fechava sobre ela.

Faye levantou do sofá, com os olhos desesperadamente piscando ao redor da sala, como se estivesse à procura de uma saída. Ela podia sentir tudo dentro dela se fechar, seu estômago doía causando náuseas.

"Faye! Faye!" Harry disse com a voz preocupada e se levantou. Ele rapidamente fechou a distância entre eles, a envolvendo em seus braços. "Se acalma."

"Não quero que isso acabe. Não quero que tudo desapareça no ar." Faye soluçava na camiseta de Harry.

"Não vai, Faye." Disse ele calmamente.

"Então por que sinto que isso não fosse real? Como se você não fosse real?"

A sala ficou em silêncio. Harry sentiu que deveria dizer algo, mal ele não tinha certeza do que. Ele queria lhe garantir que nada iria mudar, nunca. Que eles sempre estariam juntos, exatamente como ele avia dito. No entanto, ele sabiam que as coisas estavam estranhas, mas sua mente não estava afiada o suficiente ou tinha capacidade de saber o que era real. As coisas apenas pareciam estranhas.

"Está tudo bem." Harry disse, e cuidadosamente correu as mãos para cima e para baixo nas costas de Faye. "Não se preocupe. Estou aqui, sempre estarei, como disse à você."

"Ok." Faye sussurrou no peito de Harry, sua respiração acalmando.

"Agora, que tal terminar de assistir o filme?" Ele perguntou e sorriu antes de levar Faye para o sofá.

Ambos se sentaram no sofá de novo, abraçando um ao outro. Faye pegou o controle e voltou o filme, enchendo a sala de estar com a trilha sonora de Hans Zimmer.

Faye se sentiu um pouco mais calma, mas não conseguia se livrar completamente da sensação desconfortável dentro dela. O sentimento ancorou nela e acordou as memória dos últimos meses. Seria possível ela se sentir como antes? Mas, considerando todas a coisas estranhas que aconteceram na casa, era difícil dizer. O que tinha sido surreal alguns meses atrás podia se tornar verdade agora, e as coisa que pareciam reais podia ser surreal. Tudo era real? Ou surreal?

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Créditos: rosepetalhaz

Haunted |h.s | traduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora