Yakuza

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Meu celular tocou exatamente às 5h00 da manhã em algum lugar do quarto me levantei sonolenta para procurá-lo,quando o encontrei era um número desconhecido.

-Alô? - Perguntei em meio à um bocejo.

-Bom dia,desculpe ligar tão cedo. 

-Bom dia Jin,não tem problema. - Peguei meu terno do chão e o vesti saindo do quarto. 

-Acredito que tem tudo que preciso,escreveu o relatório?

-Sim,escrevi e só preciso do email para enviar. - Respondi enquanto empurrava a porta da cozinha com a lateral do corpo. 

-Vou enviar o email agora mas me conte como foi,achou fácil? - Jin debochou.

-Nada que tortura medieval não resolva todos tem medo de sofrer,mais alguma coisa? - Recebi o email e na mesma hora enviei o relatório.

-Ah...sim,não esta faltando nomes aqui? - Jin questionou confuso.

-Como quais? 

-Kokonoi Hajime. - Disse irritado.

-Ele é apenas o tesoureiro da empresa.

-Não me trate como um idiota,eu estou vigiando esses caras há dias e sei bem o que todos eles fazem! Não venha me dizer que cedeu aos gritos daquele pirralho! - Jin estava mesmo irritado,não gostou nem um pouco do que eu tinha colocado no documento.

-É o seguinte vou ser bem sincera com você,eu nunca levo nada pro pessoal...é bem raro acontecer,mas aconteceu que Taiju Shiba acabou com a minha equipe e deixou minha irmã sem sentir o rosto,vai saber quantos ossos faciais ela não quebrou. - Dei um suspiro para relaxar e conter o nervosismo eu não podia me exaltar ali. - Eu quero tudo na conta dele,ele vai ser acusado de crimes inafiançáveis e por crimes hediondos.Vai ficar preso um bom tempo e deixar de ser um problema para todos.

-Quer que eu minta na cara do FBI?

-Eles vão te agradecer se entregar ele com prisão perpétua. - Comecei a preparar um café como se estivesse na minha casa.

-Vou ter que convencê-los a aceitar,isso sim...mas como você está? 

-Estou bem,quero tomar café e ir para a porra da minha reunião. - Respondi batendo a xícara vazia na mesa.

-Não fiquei assim,isso tudo vai acabar em breve e você vai poder voltar a cuidar dos seus negócios. 

-Aham,palavras motivadoras! Já posso desligar? - Respondi impaciente.

-Você ainda não sabe mas vai me agradecer muito um dia. - Finalmente ele desligou e me deixou tomar café em paz.

O pior de tudo é dormir duas horas na noite,acordar antes do galo cantar com a ligação de praticamente um agiota me cobrando das coisas e não poder tomar um café antes de me estressar,mas já que não pude ter essa oportunidade tomo o café na força do ódio para começar o dia na energia do famoso "poucas ideia". Se vier de A já ouvir B,C e D.

Eu precisava trocar algumas palavras com Seishu antes de soltarem ele,além de injetar mais morfina e limpar seu ferimento. Fiquei remoendo tudo aquilo que fiz enquanto o amargo adocicado do café forte descia em minha garganta,talvez eu estivesse me cobrando demais acredito que meu pai passou por isso um milhão de vezes....só não sei se ele é do tipo que gostava de ver o sofrimento.Após a sessão de tortura pensei seriamente em ir no psicólogo,acredito que prazer em dor seja masoquismo....que barra,Kaonashi.

Quebra de tempo - 7h00 da manhã

Sanzu me levou até Seishu e no caminho todo ficou perguntando se eu conhecia Sakai a muito tempo,se éramos íntimos já estava me irritando tanto  aquele papinho possessivo que minha paciência já tinha ido pro saco então mandei tudo a merda.

A sem rosto da TomanOnde histórias criam vida. Descubra agora