Que nem um pirulito....

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-Jin? - Perguntei confusa olhando Sanzu se afastar com um sorriso no rosto.

-Não temos tempo,eu preciso que comecem com isso agora.Coloque no viva voz. - Fiz como ele pediu e ficamos esperando até que ele continuasse. - O policial sai às 10h00 para um café na lanchonete em frente a delegacia,depois disso vocês tem quinze minutos até que ele saia,não esqueçam as balaclavas e vão para bem longe se livrar do carro.

-Espera um minuto,você acha mesmo que eu vou participar disso? Com esse inconsequente que você contratou? - Me pronunciei revoltada arrancando risadas dos dois homens.

-Você não tem uma escolha querida,apenas faça o que o homem está pedindo. - Sanzu tomava mais um comprimido,dessa vez virando um cantil para o ajudar a engolir.

-Deixe ela no Hotel e vá sozinho,ela não precisa participar disso só vai te atrapalhar. - Fiquei olhando o carpete do carro sem reação,eu não sabia se estava aliviada ou irritada.

-Não,eu vou. - Desliguei a ligação e me virei animada para Sanzu que estava segurando a risada.

Fomos até a delegacia que o policial trabalhava,estacionamos perto mas não muito e ficamos no carro como dois Serial Killers da máfia esperando sua vítima.

-Então quer dizer que você é do tipo dominante? - Estava procurando por uma música boa na rádio até que fui interrompida pela pergunta super invasiva de Sanzu,virei em sua direção me questionando se deveria responder ou só ignorar.

-Do que você ta falando? - Revirei os olhos em meio a uma risada. - Tá querendo saber se eu curto um sadomasoquismo?

-Quase isso,você curte? - o encarei com um olhar de reprovação. - O que? Você que tocou no assunto,nem vem.

-Eu não sei.... - Evitei contato visual para ele não fazer suposições.

-Não sabe o que? Se curte sadomasoquismo? - O garoto acendeu um cigarro olhando pela janela do carro.

Me mantive em silêncio ainda escolhendo uma rádio para ouvir.

-Nunca experimentou? - Ele continuava me pressionando.

-Eu disse que não sei!

-Mas não sabe o que? Até parece que nunc.......espera ai. - O fitei por cima do ombro e vi seu rosto em minha direção,ele estava parecendo montar um quebra cabeça impossível em sua cabeça. - Puta merda,você é virgem! - O idiota falou alto como se estivesse descobrindo uma novo continente.

-Quer que Tokyo fique sabendo? É mais fácil sair gritando em um megafone. - Me pronunciei tranquila.

-Muitas coisas acabam de se explicar nesse exato momento.

-Tipo oque? - Sanzu engatilhou sua pistola e colocou sua balaclava.

-Não dá tempo,olha! - Ele apontou para o policial saindo da delegacia. - É o nosso homem.

Nos aproximamos lentamente vendo o policial atravessar a rua,nossos vidros eram sufilmados então ele não poderia nos ver mas coloquei a balaclava por segurança.Quando olhei para a calçada ouvi uma garotinha chamar o policial de papai,ele se abaixou e deu um abraço na menina ambos entraram animados na lanchonete. Eu realmente iria o pai de uma garotinha só por que ele é policial e está me investigando? Fiquei analisando enquanto ainda tínhamos consideraveis cinco minutos até que o homem saísse novamente,na verdade isso não tinha nenhuma relevancia até agora mas só de pensar que eu perdi minha mãe do mesmo jeito e olha como eu to agora.....lamentável,mas não será hoje.Tirei a balaclava e fiquei olhando para Sanzu que parecia prever o que eu ia fazer,me adiantei e saí do carro fazendo o garoto agarrar minha bolsa,soltei a bendita e corri até o homem com a garotinha na rua.

A sem rosto da TomanOnde histórias criam vida. Descubra agora