4 | PEÇAS SE ENCAIXANDO

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Hanna está sentada em uma mesa de um chique restaurante no centro de Londres à espera do seu pai. Eles marcaram de se encontrar às cinco e meia e são seis horas, o que mostra que seu pai está atrasado.

- Vai pedir algo, senhorita? - Pergunta um garçom ao se aproximar da ruiva.

- Uma água, por favor.

- Claro, senhorita.

Passam-se dez minutos. Hanna bebericando sua água se sente um pouco desconfortável ao ver olhares pairando sobre ela, devido as suas roupas simples em um estabelecimento tão chique.

Ainda desconfortável, um homem de cabelo grisalho senta-se em sua mesa. É seu pai.

- Desculpa a demora, Hanna.

- Não foi nada, papai.

Fazia tempo que a garota não se encontrava com o pai. Queria perguntar o que ele havia feito nesse tempo, mas tinha receio já que não tinham muita intimidade desde o divórcio.

- Como vai a escola?

- Nada de diferente, pai.

- Você está no Year 13¹, não é?

- Sim, quando eu fui lhe buscar no aeroporto tinha sido o meu primeiro dia de aula.

- Me desculpe, Hanna. Aconteceram algumas coisas no voo e não queria que me esperasse. Iria ficar muito tarde.

- Eu entendo, pai.

- Bom, já pediu algo para comermos? - Pergunta o homem olhando o cardápio.

- Ainda não, estava te esperando.

Com isso, a garota coloca sua bolsa em cima da mesa, juntamente com a sacola onde estava seu novo celular.

- O que é isso? - Pergunta seu pai se referindo a sacola.

- Um garoto acabou esbarrando em mim no aeroporto e quebrou meu celular, então hoje eu comprei um novo.

- Você que o comprou?

- Não, quem comprou foi o garoto que o quebrou. Eu estava no shopping, com ele a pouco.

- Hanna, você deve ter mais cuidado com esse tipo de coisa.

- Eu sei, pai, mas eu não podia ficar sem celular.

- Entendo. Bom, falando em garoto, eu estou trabalhando com um pivete e ele está me dando muito trabalho.

- Como assim?

- Bom, eu fiz uma parceria das grandes com um garoto. Está me rendendo muito dinheiro, entretanto, aquele garoto me dá muito trabalho.

- É sobre o tal concurso que anunciaram? - Pergunta a garota ao se lembrar do que ouviu mais cedo.

- Parece que já soube...

- Desde quando a Soneto virou rádio?

- Faz pouco tempo... - Ele deixa no ar.

Hanna quis perguntar o motivo de ele não ter lhe contado antes, mas antes que ela pudesse abrir sua boca, James começa a falar.

- Enfim... como vai a sua mãe?

- Ela vai bem, pai.

O homem não pergunta mais nada. Ainda há muito ressentimento entre ele e a mãe de Hanna, sua ex-mulher.

Um garçom vem ao encontro dos dois e cada um pede o que quer. Enquanto esperam o pedido, começam uma conversa "agradável", meio desajeitada, mas relativamente agradável, até que seu pai faz uma pergunta que faz Hanna ficar desconfortável.

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