6 | UM JOGO DE XADREZ

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Já se passava das sete, quando Hanna e Alyce terminaram o trabalho.

- Finalmente! - Fala a loira em cima da cama de Hanna passando as palmas das mãos em sua testa.

- Teríamos acabado mais cedo se Peter tivesse nos ajudado! - Diz Hanna irritada ao se lembrar do ocorrido mais cedo.

- Enfim... - suspira Alyce - eu já vou para casa, está ficando tarde.

- Está bem.

Hanna acompanha a amiga até o andar debaixo e se despede. Ao subir as escadas de volta, seu celular vibra indicando uma nova mensagem. Ao ver, se surpreende por alguns segundos.

- Papai? - Pergunta a si mesma.

A mensagem dizia: "Hanna, que jantar comigo? Prometo não te magoar novamente, filha.". Depois de pensar por um breve momento, a ruiva decide dar mais uma chance ao pai e manda uma mensagem concordando com o jantar. Poucos momentos depois, seu celular toca.

- Alô? Pai?

- Oi, Hanna.

- Então, onde devo encontrá-lo? - Pergunta a garota ao entrar em seu quarto e começar a escolher a roupa mais apropriada para sair.

- Me encontre perto do shopping principal. Daqui a pouco minha reunião acaba e irei encontrá-la.

- Está bem, pai.

Assim, ambos se despedem e a chamada é encerrada. Da última vez que Hanna foi a algum restaurante com o pai, se vestiu inapropriadamente e quase foi barrada na entrada. Então desta vez, se arruma mais do que o de costume, colocando um vestido não muito longo e calçando uma sandália dourada. Hanna, uma pessoa que mal se arruma, surpreenderia seus conhecidos caso a vissem com esse tipo de roupa. Ao sair de seu quarto e descer as escadas, sua a mãe a olha de cima a baixo.

- Para onde vai? - Pergunta Agatha sentada no sofá assistindo televisão.

- Papai me chamou para jantar. Acho que quer se desculpar.

Sua mãe vacila por poucos segundos e Hanna percebe a tristeza em seu olhar. Então, senta-se ao lado dela, abraçando-a.

- Ainda está ruim entre vocês, né?

Agatha a olha e dá um sorriso acolhedor, como se quisesse que sua filha não se preocupasse.

- Está tudo bem, Hanna. Vai lá ver seu pai.

A ruiva dá um beijo na bochecha da mãe e assim se despedem. Sai, então, de casa às pressas, pedindo um táxi. Depois de alguns minutos de viagem, ela chega ao seu destino e pede que o taxista espere um pouco. Ao sair do carro, reconhece o pai imediatamente, indo ao seu encontro.

- Oi, pai! - Cumprimenta o mais velho, lhe dando um abraço.

- Vamos? - Pergunta o homem, ao puxá-la.

Um pouco mais adiante, dentro de seu carro, Peter olha toda a cena com espanto.

- Aquela é....? Não pode ser! - Murmura o garoto a si mesmo, sem acreditar no que seus próprios olhos veem.

Peter observa toda a cena minuciosamente, prestando atenção nos mínimos detalhes e, mesmo assim, não podia acreditar que aquela seria Hanna. Seu pai, que está sentado ao seu lado no carro, o olha com preocupação e pergunta:

- Peter, está tudo bem?

Peter pisca repetidas vezes antes de olhar para o pai.

- Pai, você conhece aquela garota? - Pergunta Peter ao apontar para a ruiva.

- Aquela do lado do James?

- Sim.

O homem aperta seus olhos para tentar identificar a garota, mas devido à falta de iluminação e a péssima visão do velho, não consegue reconhecê-la.

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