13 | "MEU AMOR"

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- Pela primeira vez é ela quem está atrasada, não eu... - Peter murmura a si mesmo checando as horas no seu celular.

O garoto olhava em volta à procura da ruiva, mas tudo o que via era a enorme quantidade de carros estacionados em sua frente.

Hanna e Peter tinham marcado de se encontrarem às quatro da tarde no shopping que foram da última vez para darem um fim sobre as fake news envolvendo os dois, mas, por mais incrível que pareça, Hanna, que sempre reclamara pelo o fato de Peter chegar atrasado em todos os seu compromissos, era quem estava atrasada agora, há exatos vinte minutos.

Peter, impaciente por esperar tanto, retira seu celular do bolso, mas antes que posso ligar para Hanna, um grito chega aos seus ouvidos, e, ao se virar-se para a direção da voz, bufa baixo. Ele guarda seu celular e coloca ambas as mãos nos bolsos de sua calça.

- Parece que o mundo dá voltas... - Ele a zomba pelo fato de ser ela a atrasada.

- Não enche! - Hanna exclama chegando ao seu encontro - Eu quase não consigo sair do trabalho!

- Pensava que não trabalhava às segundas.

- Eu não trabalho. Acontece que nessas últimas semanas, uma das garçonetes se despediu, assim o trabalho dobrou! - A garota desabafa, aliviando sua mente.

- Bom, eu sinto muito, mas não tem nada que eu possa fazer... - Peter age sem se importar.

Hanna o olha incrédula em resposta. "Como ele consegue ser tão antipático!?", pensa a garota.

- Tinha mesmo que ter marcado isso para uma segunda feira?

- Quanto antes, melhor.

Ela bufa com indignação. Enquanto isso, Peter retira seu celular de seu bolso posterior e confere o horário.

- Está na hora. - Sussurra Peter para Hanna - Está pronta? - Pergunta olhando em seus olhos.

A ruiva assinala positivamente com a cabeça e logo os dois dão os braços, tentando, o máximo possível, parecem um casal. Ambos entram no shopping sorrindo alegremente.

- Eu esperei tanto por esse dia! - Hanna dá ênfase em "tanto".

- Eu também, minha pequena. - Peter responde de volta, com um "doce" e "gentil" sorriso nos lábios.

A conversa começa a fluir de maneira parecida. Qualquer pessoa que os visse conversando deste jeito acharia que ambos estavam perdidamente apaixonados um pelo outro, mas a verdade é outra. Cada palavra "amável" que saia de seus lábios transbordava malícia e zombaria. A cada palavra falada, era como se uma faca atravessasse seus orgulhos, fazendo-os em pedacinhos. A falsidade e hipocrisia estão presentes em cada frase.

"Por que mesmo que eu aceitei esse estúpido plano...?", Hanna se perguntava diversas vezes em sua mente. "Ah, foi por isso...", lembrou-se.

Um dia atrás...

- Você fará o que eu disser, entendido? - perguntava Peter - Caso o contrário, transformarei sua vida num verdadeiro inferno. - O garoto diz ameaçadoramente, dando medo ao paparazzo.

O homem engole a seco, concordando com a cabeça repetidas vezes.

- É o seguinte...

Hanna e Bryan focam-se no garoto.

- Você deve trabalhar para mim a partir de agora, caso o contrário, falarei para o seu chefe sobre o suborno e não só você e sua equipe perderão os seus empregos, como a empresa falirá se eu a denunciar.

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