ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 14

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Tento me mover mas o corpo pesado de Rocco impede que eu faça qualquer movimento

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Tento me mover mas o corpo pesado de Rocco impede que eu faça qualquer movimento.
Encaro seu rosto delimitando cada detalhe de sua face, passo meu polegar por sua barba grossa e vou descendo até seus lábios carnudos.
Pensamentos impróprios retornam a minha mente como um tsunami. Lembro-me de sua boca por todo meu corpo me proporcionando carícias prazerosas. Afasto esses pensamentos e boto força no meu braço, cuidadosamente tiro ele debaixo de Rocco não quero acordá-lo. Nua na ponta dos pés ando até a poltrona e pego a roupa que Rocco separou para mim ontem, visto a calcinha e depois coloco a camisola. Assim que ponho meus pés para fora do quarto sinto o cheiro maravilhoso vindo do andar de baixo. Diretamente da cozinha. Desço as escadas e sigo pelo longo corredor iluminado pelo sol que está lá fora, chego na cozinha e vejo Dona Tereza rindo com outra mulher.

— Bom dia.

— O minha criança! Sente-se, Rocco não vai descer?

— Ele está dormindo.

— Dormindo? — Ela parece surpresa.  — Nunca vi ele dormi até essa hora. Só você faz isso com ele querida.

— Deve está cansado.  — Dou de ombros e olho para a mesa farta.
— Tudo está cheirando tão bem.

— Aqui. Bolo de morango, o seu preferido.

Ela corta uma fatia e coloca no prato, pego um pedaço para provar, gemo em satisfação. Se eu comi bolos melhores definitivamente eu não lembro.

— Isso é maravilhoso!

— É claro que é.  — Ela dá uma risada.  — Conheço muito bem meus dotes culinários, sem querer me gabar. É claro.

Dou um sorriso contido e coloco um pouco de café na xícara, pego o adoçante e deposito algumas gotas, logo em seguida pego duas torradas e como com geleia de morango.

— Me faça companhia dona Tereza.

— Claro.  — Ela se senta.

— Me diga, como eu e Rocco éramos antes do meu acidente?

— Criança não me leve a mal, mas isso você tem que conversar com meu bambino. Faça perguntas a ele, tenho certeza que ele irá responder.

— Já fiz tantas.  — Solto uma risada sem humor.   — Ele sempre foge delas.

— Típico de Rocco.

— A senhora trabalha para ele a muito tempo?

— Eu vi meu bambino nascer, cuidei e cuido até hoje como meu filho.

— Como era Rocco quando criança?

— Ah meu bambino!  — Ela junta as mãos sobre seu rosto e fecha os olhos rindo.  — Era um menino quieto, porém muito teimoso. Eu ficava louca correndo atrás dele pela casa, sendo bem sincera... nunca vi uma criança se esconder tão bem.

𝐌𝐀𝐁𝐄𝐋 | PRESA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora