ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 19

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Estava em uma sala escura e úmida, havia uma criança no chão, ela estava encolhida, não conseguia ver seu rosto pois ela estava de cabeça baixa

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Estava em uma sala escura e úmida, havia uma criança no chão, ela estava encolhida, não conseguia ver seu rosto pois ela estava de cabeça baixa. Dois homens se aproximaram dela, escutei alguns murmúrios vindo dela mas não conseguia entender nada que saia da sua boca, tentei sair do lugar para ver o que estava acontecendo, mas infelizmente não consegui mover um musculos sequer. Semisserrei meus olhos, olhando em volta da sala. Nela continha uma pequena janela e um tipo de jaula toda enferrujada, no canto da parede havia uma bacia com água e uma esponja dentro. Voltei a olhar para a menina quando escutei suas lamurias, um dos homens se ajoelhou na frente dela.

Veja como ela é deliciosa. — Um medo repentino tomou conta de todo meu corpo ao escutar essa voz.

Eu não estava entendendo o que estava acontecendo aqui, mas sabia que havia algo de errado com esses caras. Por que aquela criança está com esses homens? Por que tem uma jaula dentro dessa sala? E onde está os pais dessa menina?
Meu peito sobe e desce rapidamente. Por que eu tenho medo desse homem?

Me ajuda...  — A menina olha na minha direção, minha visão ainda está um pouco embaçada dificultando que eu a veja por completo.

Garotinha, garotinha...  — Um nó se forma em minha garganta, sinto o ar desaparecer dos meus pulmões.

Me ajuda, por favor... — Pisco algumas vezes para a menina que está jogada no chão pedindo minha ajuda.

Dessa vez eu consigo ver seu rosto com clareza, manchas roxas estão por todo seu corpo, seu nariz está sangrando, suas roupas estão rasgadas e seus olhos transbordam tristeza. Ao observá-la melhor, fico bastante surpresa.

Você se parece comigo. Como é possível? O que está havendo aqui? O que esses homens querem com você? — As perguntas saem descontroladamente.

— Me ajuda... — Ela repete.

E-eu não consigo! — Tentava de tudo para sair do lugar e me aproximar dela, mas infelizmente não conseguia.

Por favor, por favor Mabel não me deixe aqui!  — Tentava sacudir meu corpo de um lado para o outro, mas eu estava paralisada.

Eu quero ajudar, eu juro que estou tentando, mas não consigo.
— Falei com a voz embargada.

Sua voz amedrontada ecoava na minha cabeça, eu estava desesperada por ver aquela criança ali e não conseguir ajudar.

Mabel... Mabel... Mabel...  — Uma voz grossa me chamava de algum lugar, olhei em volta e não via mais ninguém além de nós 4.

A voz continua a me chamar incansavelmente. Senti como se conhecesse esse tom, mas não conseguia me apegar nele.

𝐌𝐀𝐁𝐄𝐋 | PRESA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora