Episódio 15

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⚠️~~AVISO: CONTÉM TORTURA FÍSICA~~LEIA POR SUA CONTA EM RISCO~~⚠️

(10/09/2019 - 09:30)

<<<<<BRIANA>>>>>

Sim, eu sabia, não tínhamos como salvar Wendy a tempo. O tiro que ela ela levou no meio das costas foi certeiro. Não sabíamos como ela ainda estava viva.

-Milla por favor ajuda a minha mãe! - Carrie falou aos prantos

Milla então começou a olhar o ferimento de Wendy, mas assim como todos temiam, ela não sobreviveria muito tempo. Milla simplesmente lançou um olhar de tristeza para nós e disse:

-Vou fazer o que posso.

Wendy estava deitada no chão com a cabeça apoiada no meu colo. Carrie estava ao lado, apertando a sua mão chorando. Lilian estava tentando a acalmar, dizendo que tudo ia ficar bem.

-Carrie, eu te amo. - Wendy levantou um pouco a cabeça e começou a falar - Seja sempre essa menina incrível e bondosa.

-Mãe para de falar isso. - Carrie respondeu chorando

-Sempre obedeça os nossos amigos, pois foram eles que nos deram moradia, ok?

-Ok. - Carrie já nem conseguia mais falar direto por causa do choro

-Bri, me promete uma coisa?

-O quê? - Perguntei tentando não desabar também

-Cuide da Carrie pra mim. Eu sei que ela vai estar bem com você.

-Ta bem.

Bom, como todos imaginávamos, o pior aconteceu. Alguns segundos depois, Wendy parou de respirar. Milla disse que ela estava tendo uma hemorragia e com isso era difícil de salvá-la. Carrie ficou ali, debruçada sobre o corpo da mãe. Ninguém tentou tira-la e acalma-la, todos sabiam que ela precisava chorar e se despedir da mãe. Não sabia que aquele seria o momento mais doloroso de minha vida. Acho que por eu ainda estar me recuperando pelo Jack, foi mais difícil. Estava fragilizada, e esse tiro em Wendy foi uma surpresa para mim. Eu estava fazendo de tudo para que ela e Carrie ficassem vivas em meio a tudo isso. De alguma forma sinto que fracassei. Não tinha mais ninguém, não tinha mais Jack, não tinha mais Wendy, apenas Carrie. Mas nós não tínhamos uma boa relação. Ela praticamente me odiava, e apesar de já ter doze anos, era muito infantil comigo. Eu nunca fiz nada para ela, sempre tentei ser legal, mas ela sempre me viu como uma ameaça, sempre me pintou como a madrasta má que queria tomar o lugar do pai dela.

<<<<<TYLER>>>>>

(11:00)

-Ai! - Reclamei enquanto Milla fazia o curativo em meu braço

-Teve sorte de não ter pegado nenhuma veia. - Ela respondeu

-Ele vai ficar bem? - Minha mãe perguntou assustada

-Vai sim. Consegui tirar a bala. Ela não estava funda e foi fácil. Mas logo ele terá que trocar esse curativo, e é melhor ele tomar algum remédio pra dor. Os pontos devem estar latejando agora.

-E estão. - Respondi enquanto minha mãe me entregava alguns comprimidos

Assim como Milla disse, ela havia conseguido tirar a bala, já que não estava muito funda. O pior foi quando ela precisou fechar o ferimento, não tínhamos nenhuma anestesia na hora, e então sugeri para ela costurar sem. E foi o que ela fez. Minha mãe estava andando de um lado para o outro nervosa. Estava com receio deles voltarem para nos atacar de novo, afinal, todos ali estavam com medo. Mas acho que estávamos um pouco mais na vantagem, pois um dos homens daquele grupo, estava conosco. Nós o amarramos em um canto, e Milla também conseguiu tirar a bala de sua perna. Ele estava relutante em dizer alguma coisa, passamos algum tempo tentando fazer ele falar algo.

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