Lutei contra minha vontade de desmaiar. Não por causa da agulha, e sim por causa da dor.
Oliver continua falando:
– Seus primeiros efeitos são: desorientação, falta de coordenação e sono, distorção da noção de tempo, alucinações visuais intensas, alterações de humor e febre alta. Em caso de doses extremamente altas, a pessoa pode chegar a óbito. Um ótimo veneno, por sinal. —explicou.
Senti a picada da agulha em meu pescoço. Franzi as sobrancelhas.
Oliver chegou perto demais de meu rosto. Pude sentir sua respiração, seu hálito, bem perto de minha boca.
– Que desperdício... —murmurou Oliver, ainda perto demais de meus lábios.
Oliver encostou os lábios no meu lábio inferior, a boca entreaberta por causa da respiração entrecortada e irregular.
Senti nojo.
Não conseguia me debater ou usar às mãos, Oliver às precionavam contra o chão, acima de minha cabeça. Minhas costelas reclamaram de dor.
Ele beijou minha tempora e sussurou em meu ouvido:
– Se ousar contar sobre o que aconteceu aqui para o Eric ou mais alguém, serei obrigado a tomar decisões ainda mais drásticas que o envolvem. Não estou me referindo a isso... —ele beijou minha bochecha— Não seja egoísta, S/n. Boa sorte para lidar com os sintomas iniciais. —Oliver saiu.
Permaneci deitada no chão.
***
Acordei desnorteada naquele piso de madeira todo empoeirado. Consegui dirigir de volta para casa. Tudo dói.
Por sorte, fiquei com a compressa de gelo de Jake da noite anterior.
Me encontro no sofá, com a compressa gelada sobre os ematomas que os chutes de Oliver me causaram. Fora as costelas fraturadas, me incomodando se expirar muito forte.
Alguém abriu a porta, estou cansada demais para me levantar e fingir estar bem. Não está tudo bem. Mas sabia que não poderia ser o Eric, ele sempre toca a campainha. Então só me resta uma pessoa.
– Não gostei de ter sido largado no sofá. —Jake falou ao fechar a porta.
– Queria que eu deixasse você na cama também? —falei.
Sibilei um chiado de dor.
– O que porra aconteceu com você?! —Jake caminhou rapidamente até o sofá, no qual estou deitada, e se agachou ao meu lado.
Dei de ombros.
– Nada demais. Só mais alguém tentando me matar. Enfim, você sabe o quanto sou disputada. —disse, o tom sarcástico.
– Quem fez isso? —ele me encarou, sério.
– Não importa agora.
– Sim, importa. —ele apressou-se em responder— Quem foi o filho da puta que fez isso com você, S/n?
Não faz mal contar para o Jake. Afinal, eu tenho tudo sobre controle. Até agora.
– Oliver Clifford. Detetive da polícia de Duskwood. Ele não queria que eu entrasse no caso e não estava disposta a obedecer ordens que não me convém, então o contrariei. E aqui estou. —gesticulei, com as mãos, para meu abdômen todo machucado— Pagando o preço.
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Meios Para Um Fim - Duskwood
Fanfiction• Uma fanfic inspirada em Duskwood, um jogo. • Desde já, peço perdão caso encontrem erros de digitação. Se possível, podem me corrigir <3 S/n Parker, perita criminal da Polícia Federal, foi convocada pela Polícia Militar de Duskwood pata ajudá-los a...