1. Introdução

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Eu tinha 17 anos quando Jake me achou em Salem e me empurrou contra uma árvore, a qual estava lendo um livro, passando uma tarde consideravelmente normal como uma adolescente "esquisita". Jake apertou meu pescoço e pude ver o ódio em seus olhos. Pude senti-lo.

Felizmente, ele não queria me matar. O meu número apareceu no celular da irmã desaparecida e ele rastreou e me encontrou aqui. Ele era de Duskwood, uma pequena cidade vizinha a Salem. Minha mãe sempre quis visitá-la, mas a vida tinha outros planos para ela. Vítima de câncer, nos deixou. Apenas eu e meu pai, o delegado de Salem àquela época.

Enfim, o Jake queria respostas e eu não tive escolha a não ser convencer o meu pai a ir passar as férias de verão em Duskwood. Antes da Hannah, uma garota chamada Amy também desapareceu. As delegacias de todas às cidades vizinhas foram informadas e meu pai escolheu este caso.

Bom, fomos para Duskwood; Jake e eu ficamos incrivelmente muito próximos, chegou até a rolar algo entre nós; ele me apresentou para o seu grupo de amigos e também viramos amigos uns dos outros.

Na nossa primeira noite em uma pousada, foi quando tive meu primeiro contato ao vivo com o Homem Sem Rosto. Essa lenda... era tudo tão incomum pra mim. Ele me atraiu para o portão de fora e me encarou. Lembro-me como se fosse ontem. Foi horrível e eu... eu senti medo. Temi àquele terror. Àquela pessoa por trás.

Tudo só piorou. As ameaças ficaram frequentes aterrorizantes. Tudo piorou, exceto pela minha relação com o Jake. Nós nos pegávamos quando dava. Ok, de volta ao meu passado... meu pai me levou pra delegacia porque conheceu o filho do Alan, delegado de Duskwood, ele estava terminando a faculdade de perito criminal e estava ajudando ao pai com o caso da Hannah.

Eric Bloomgate, filho do Alan Bloomgate, nos primeiros 10 minutos não nos damos muito bem. Eric achou que eu não sabia de nada e que também não contribuiria com nada. Mas eu disse o que pensava. O que achava de tudo. Lembro-me que ele me olhou com admiração e me chamou pra sair. Canalha. Ainda assim, Jake e eu fomos.

Na mesma noite, enquanto estávamos nos divertindo no Aurora, recebi uma ligação dele. Uma ameaça. O filho da puta estava jogando comigo. Estava me tirando do sério e, ao mesmo tempo, me deixando assusta. Me fazendo sentir culpa. Me empurrando contra uma parede.

Outro dia, meu pai ficou sabendo de tudo: das ameaças, das ligações, das mensagens, das cartas, da visita, durante a primeira noite aqui. Eles queriam me interrogar. Enquanto meu pai estava na delegacia, recebi uma mensagem. Era o desgraçado. Eu me lembro bem do que me escreveu.

"Feliz aniversário, S/n. Hoje será um dia e tanto, querida! Meu último aviso, minha última mensagem para você. Isso eu prometo. Se você não comparecer no endereço que enviei... Hannah Donfort morre. Você tem 30 minutos. Nem mais, nem menos. Esperamos por você."

Exatamente, era meu aniversário. Eu tinha acabado de fazer 18 anos. Jake e meu pai fizeram um pequeno bolo enquanto eu dormia. Não foi difícil de os dois se tornarem amigos. Meu pai até me dava alguns empurrãozinhos pra cima do Jake.

Eu não tinha escolha. Meu pai pediu para que Jake ficasse de olho em mim e não me deixasse sair. Não tive outra opção a não ser montar uma "armadilha" para o mesmo. Inventei uma desculpa esfarrapada e tranquei Jake no meu quarto.

Eu fugi.

Segui direto até o endereço que o Homem Sem Rosto me enviou. Era... era dentro da floresta. Um temor me percorreu porque ninguém me encontraria ali. Ninguém ouviria meus gritos de socorro. Ninguém saberia daquele lugar.

Foi uma longa corrida até o local. Eu quase já não tinha fôlego e faltavam apenas 5 minutos. Consegui ver a velha casa à 6 metros do local. Gritei chamando-o para que soubesse que eu havia chegado. Que poderia soltar a Hannah. Eu estava ali.

Era uma armadilha.

Jovem demais. Burra demais.

Havia um outro com ele. Foi esse outro, mascarado com uma máscara preta, me segurou por trás. Prendeu minhas mãos.

Ele me disse que seria hora de comemorarmos o meu aniversário. "Hora da diversão". Pânico invadiu meu corpo. Minhas chances de fugir eram mínimas. E quando... quando entrei em um pequeno quarto... eu a vi amarrada do outro lado do mesmo, a boca tapada por uma fita. Havia... sangue ao redor de onde ela estava. Eu estava diante de Hannah Donfort, a irmã desaparecida do Jake.

Eles prenderam as minhas mãos tão forte que as senti ficarem dormentes após um tempo. Prenderam os meus pés. E então, iniciou-se a diversão.

Tortura.

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