– Por que vocês não olharam a sala do Oliver? Por que não tentaram encontrar vestígios? Me fala, por que decidiram deixar passar algo? —o enchi de perguntas. Não é atoa, estou muito confusa, mas tento não transparecer isso.
Eric me avaliou com o olhar. Não consigo descifrar sua expressão.
– Estávamos ocupados mantendo a sua segurança. —respondeu ele simplesmente — E como você sabe de tudo isso? —Eric semicerrou o olhar para mim.
– Vim atrás de você, mas não estava presente. Então tive a ideia de vasculhar a sala do Oliver na expectativa de encontrar algo útil. E acredite, eu encontrei. Encontrei a resposta de tudo. Coisa que você ou algum dos policiais deveriam ter encontrado assim que ele saiu por aí. —expliquei, a voz transmitindo um pouco da minha raiva.
– Como eu já disse, estávamos ocupados em manter a sua segurança e a do grupinho que você tanto quer proteger. Seguimos suas ordens o tempo todo, o mínimo que você poderia fazer era ficar em casa se recuperando.
Sinto um pouco de raiva na voz de Eric. Esse não é o meu amigo Eric, ele está agindo como delegado.
– Foi burrice, Eric! —perdi a paciência. Levantei da cadeira e me inclinei sobre a mesa— Eu não precisava de toda a atenção em cima de mim. Por causa disso, deixaram passar o fato de que você manteve um assassino como seu aclamado detetive!
Eric me olhou perplexo e com confusão no olhar.
– O que você disse? —ele franziu a testa.
– Você ouviu bem. Oliver nada mais é do que o Homem Sem Rosto, Eric. —bati com os punhos em sua mesa— Você permitiu que um assassino agisse dentro de sua delegacia!
Sim, eu perdi o controle. Me deixei levar pelo assassino do meu pai. O assassino da Hannah. O meu quase assassino. O cara que abusou de garotas inocentes.
Agora minhas mãos estão tremendo.
Não posso me descontrolar.
Eric está mais surpreso ainda. Ele se levantou e veio até mim quando viu que me apoiei em sua mesa, a cabeça baixa e a respiração agitada. Me afastei dele.
Eu não consigo... eu não... consigo.
Passo as mãos no rosto.
Um policial bateu na porta antes de entrar, é o tenente, Tyler.
– Licença, senhor. —ele pediu ao entrar— Detetive. —Tyler assentiu para mim.
É hora de aproveitar a presença de Tyler e ir embora antes que Eric venha com papo emocional ou sermão.
– Bom, já disse o que eu tinha de dizer. Peço que os informe imediatamente. —indiquei com o queixo para Tyler.
– Mas você ainda não explicou como. —disse Eric.
Expirei.
– Havia CDs em uma das gavetas. —expliquei— Tudo indica que foram gravados há um tempo atrás.
– Qual o conteúdo dos CDs? —ele perguntou.
Minha paciência já ultrapassou o limite.
– Se vocês quiserem eu posso voltar outra hora. —disse Tyler, sem entender o que está acontecendo.
– Não será necessário, tenente. —disse— Há provas do que eu sempre suspeitei há cinco anos atrás. Não se preocupe, vou mandar um dos policiais vir entregar para você na troca de turno.
Eric assentiu devagar.
– Isso era tudo. Licença.
Finalmente estou fora da sala de Eric.
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Meios Para Um Fim - Duskwood
Fanfiction• Uma fanfic inspirada em Duskwood, um jogo. • Desde já, peço perdão caso encontrem erros de digitação. Se possível, podem me corrigir <3 S/n Parker, perita criminal da Polícia Federal, foi convocada pela Polícia Militar de Duskwood pata ajudá-los a...