17 |seventeen 🍁

2.5K 193 68
                                    

Ashtray
Los Angeles, California.

A fumaça parecia mais forte quando eu adentrei a cozinha e encontrei Fez que murmurava alguns palavrões enquanto levava uma panela até pia.

— Decidiu colocar fogo na casa? — perguntei assim que me apriximei.

— Cala boca!  — ele esbravejou — estava tentando cozinhar algo — ele largou a panela na pia depois de jogar agua.

—  Você cozinha desde quando?  — ergui uma sombrancelha — a gente sempre viveu bem comendo cereal colorido e bebendo refrigerante — disse ao ruivo que revirou os olhos em resposta.

— é irmão,  mas eu chamei Lexi pra jantar aqui — ele respondeu fazendo eu erguer a sombrancelha mais uma vez.

— Ela vai amar comer seu carvão com agua — disse e apontei pra panela que estava com a coloração preta.

— Não zoa Ash — Ele me encarou.

— Leva ela em um restaurante,  não é isso que os cara romantico faz?  — fitei o ruivo que estava pensativo. Na verdade ele estava se xingando mentalmente.

boa irmão,  vou ligar pra ela — ele passou por mim dando um tapa leve nas minhas costa e indo até seu telefone.

— Antes de você arrumar o seu encontro,  tenho uma coisa pra contar — encarei o ruivo que passou a me fitar abaixando o aparelho em suas mãos.

— o que aconteceu? — perguntou.

— Lucca — disse e a expressão de Fez mudou.

Contei tudo pra ele que a cada palavra que eu falava ele soltava um "filha da puta",  Fez era do tipo expressivo e embora ele sempre age de forma calma e cautelosa ele sabia agir a mercê da raiva.

— Um grandississimo filha da puta — o ruivo esbravejou.

— Eu não sei como não matei ele ainda, insuportavel — revirei os olhos.

— O que é dele ta guardado — Fez disse em um tom ameaçador. — agora vou ligar pra Lexi — ele se levantou e entrou em outro comodo para falar com a ruiva.

(...)

Acordei com o barulho do celular tocando,  olhei pro lado a procura do aparelho,  peguei  ele nas mão e fitei a tela que mostrava um numero que não estava  nos meus contatos.

— Quem é?  — disse mal humorado por terem atrapalhado meu sono.

— Oi,  é a Alanis — ela disse com a voz meio arrastada.

— Fala o que você quer,  tô ocupado — disse Rude.

—  É melhor deixar pra lá,  foi uma pessima ideia — ela disse fazendo eu revirar os olhos.

— Não sou do tipo que implora Alanis — bufei frustrado.

— Eu tô aqui fora, pode abrir pra mim?  — ela tinha um tom receoso na voz.

Me levantei ainda com  o telefone na orelha e fui até a porta abrindo a mesma, dando de cara com a morena parada ali com o celular no ouvido e uma aparência nada agradável.

Dysphoria | AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora