19|nineteen 🥀

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Ashtray
Los Angeles , California

Quase nunca eu me preocupava tanto assim com alguém, talvez a insistência da morena comigo tenha feito eu a considerar algo em minha vida mas eu nunca assumiria isso, porque quanto mais pessoas entram em sua vida mais pessoas podem sair dela.

Talvez fumar tenha se tornado um vicio , já que eu sempre estou estressado e digo que fumar é para relaxar quando na verdade ficar sozinho só vendo a dumaça sair dos meus lábios e evaporando no ar faz com que eu tenha mais tempo pra pensar e eu odeio pensar.

 — Ashtray!

Sai dos meus pensamentos fitando Rue que estava parada ao meu lado com as mãos no bolso.

— Ta mal em amigo — reprimiu os labios enquanto me encarava.

— Que merda você quer?  — perguntei impaciente.

— Teve alguma noticia?  — ela disse em um tom preocupado.

— Não!  — disse simples e voltei a tragar o cigarro.

— Esse já é o terceiro cigarro que você fuma em menos de 20 minutos — ela se escorou no carro — Essa merda faz mal Ashtray — ela disse fazendo eu revirar os olhos.

— disse a garota que quase morreu de overdose — ri fraco — dá um tempo Rue — disse rispido.

— Okay — ela disse em concordancia — eu vou lá falar com o Fez  — a garota se afastou adentrando o hospital.

A verdade é que existe mortes menos dolorosas,  aquelas que leva um tempo maior pra acontecer, aquela que você se mata aos poucos. Mas o que causa esse tipo de morte normalmente  é o que faz a gente esquecer ou até amenizar alguma dor psicologica,  porém uma tentativa falha porque você esta tentando se salvar mais acaba se perdendo,  isso é uma autodestruição.

  Aquilo que te reconstroi tambem é aquilo que te mata, é como jogar uma flecha em um alvo de borracha uma hora ela sempre volta.

Eu estava há uns 50 minutos do lado de fora observando a movimentação de carros que passavam por ali, a verdade é que eu não sabia qual era a intesidade da minha preocupação com Alanis e eu tinha medo de obter a resposta tão cedo.

Suspirei mais uma vez terminado o quarto cigarro, fitei a porta do hospital começando uma guerra interna comigo mesmo, tomei coragem e andei em passos curtos adentrando o local. Assim que me aproximei de Fez e Rue um dos medicos veio até nós.

— Vocês são acompanhantes da Alanis certo ? — ele perguntou enquanto analisava uma prancheta que estava em suas mãos.

— Sim — Fez e Rue disseram em unissono e se levantaram.

— Foi apenas um susto,  conseguimos conter a febre e ela já esta tomando remedios para a garganta — ele disse simples.

— E o que causou o sintomas?  — Rue perguntou.

— Uma gripe,  fortissima por sinal  e o desmaio foi pela quantidade de tempo que ela ficou sem se alimentar,  mas agora já se encontra estável — ele disse sorrindo e logo se afastou indo falar com alguem da recepção.

— o pior já passou — Fez suspirou aliviado.

O medico se aproximou novamente.

— Ela recebera alta daqui a 30 minutos —  ele sorriu e agora seguiu caminho para o corredor onde ficava outros pacientes.

— otimo!  Não aguentava mais ficar aqui — bufei frustrado.

— mas alguns minutos e seu pulmão tinha se despedido do seu corpo — Fez disse com um sorriso divertido nos labios.

— não fode — revirei os ohos.

Se passaram 40 minutos e emfim liberaram a morena que ainda parecia meio mal mais nada comparado com antes,  seu rosto já estava na coloração normal exceto sua boca que ainda estava ressecada e branca.

— Porra Alanis,  acho que você passou da validade — Rue disse enquanto fitava a garota.

— Não vale me zoar Rue — ela disse chorosa.

— desculpa — ela riu e abraçou a garota — Que baita susto em guria!  — ela passou os braços pelos ombros da garota.

— foi mal gente!  — ela reprimiu os labios em um sorriso — Ash e Fez,  muito obrigada — ela sorriu mais dessa vez mostrando os dentes. Devolvemos o sorriso para a garota e andamis até a saida do hospital saindo dali.

(...)

E

u havia deixado Rue e Alanis em suas casas pela manhã e depois fui resolver algumas pendencias com um dos caras que compram com a gente. 

Antes de voltar pra casa,  eu pensei em passa na casa da morena pra ver como ela estava.  Sai do carro me xingando mentalmente por estar me preocupando tanto com a garota,  suspirei e bati na porta aguardando por alguns segundos.  Percebi que ninguem havia respondido e nem se quer vindo abrir e então virei as costas retornando ao meu carro. Ouvi a porta ser aberta e me virei fitando a garota que logo em que viu abriu um sorriso largo.

— Desculpa a demora para vir atender,  eu estava no banho — ela disse enquanto mordia o labio inferior em nervosismo.

— deveria colocar roupas mais longas, para quem esta doente você esta muito descoberta — disse assim que fitei as roupas da morena.  Uma camisa manga curta e um short de malha fina e meias longas de sapinho nos pés — adorei a meia por sinal. — disse erguendo meu olhar para fita - la.

— Vai ficar pegando no meu pé agora?  — ela revirou os olhos e sorriu.

— Como se sente?  — perguntei encarando ela.

— melhor — ela disse simples — mais uma vez obrigada — ela sorriu amigavel.

— não prescisa ficar agradecendo... — comecei a dizer e ela me interrompeu.

— estou te devendo uma,  já sei — ela revirou os olhos.

— então até mais — disse me virando e indo em direçao ao carro.

Entrei no automovel e fitei a porta vendo a morena ainda parada ali,  assim que nossos olhos se encontraram ela acenou e eu sai dali seguindo para minha casa.

Seja lá onde essa relação esta me levando,  eu acho melhor eu não esperar coisas boas,  meu humor era imprevisivel e eu não costumo oferecer confiança em uma bandeja.

Antes de me aproximar da minha casa notei um movimentação estranha na conveniencia,  mesmo que na minha cabeça não parecia ser nada demais eu resolvi ir checar.  Assim que fiquei proximo o bastante do local notei 3 carros de policia estacionados ali.  Parei o carro em frente a loja e fitei os policiais adentrando o lugar o que foi o suficiente psra minha mente voltar a tona as memorias do tiroteio do ano retrasado e isso fez com que ums tensão se instalasse no meu corpo o que ocasionou uma raiva absurda dentro de mim.

Adentrei o lugar com muita pressa a procura de Fez e vi um policial indo até ele,  me aproximei deles para conseguir ouvir o que ele tinha dizer.

— Temos uma denuncia contra você por trafico de drogas...

O mundo inteiro parecia ter parado.

Alguém fudeu com a gente.

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Não me xinguem 😭


Dysphoria | AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora