Ashtray
Los Angeles, California.Eu estava preocupado, não fazia ideia do que estava acontecendo com a garota, ela parecia pessima e ficava murmurando frases com palavras que nem se encaixavam. Agora ela estava em silêncio brincando com os dedos enquanto eu estava escorado no batente da porta do banheiro analisando a garota.
— Porque a merda da febre não abaixa? — disse assim que peguei o termometro da mão de Fez.
— É vamos ter que levar ela pro hospital — Fez parou ao meu lado analisando o objeto. — vou ir ligando o carro — o ruivo passou por mim indo ate a garagem.
Fui ate a garota e segurei suas mãos quentes e trêmulas, fazendo ela cruzar seu olhar com o meu. Eu nunca descrevi como ela era aos meus olhos, tudo nela era singelo e delicado ela transpassava doçura embora seu perfume de fruta citricas fosse bem marcante enquanto seu hálito tinha cheiro de menta que se misturava com o cheiro de maçã por conta do gloss que ela sempre usava, e eu nunca soube que essa era uma boa combinação e talvez eu nem saiba. Mas o que era hipnotzante na morena era o olhar sensual que ela tinha, eu me renderia por ele e talvez eu já estivesse rendido já que era nele que eu estava preso nesse exato momento.
Assim que consegui me livrar daqueles par de olhos castanhos, levantei a morena pelo braço e levei até meu quarto. Eu não tinha nenhuma roupa feminina e então tive que me virar com alguma camiseta e uma cueca nova pra morena usar. Coloquei as peças em cima da cama e fitei a garota.
— Consegue se vestir? — perguntei para ela que assentiu.
Virei de costa e ouvi a movimententação da morena no quarto. Fiquei por alguns segundos fitando o chão.
— Ash? — ela me chamou. — pode se virar — ela disse e eu me virei para encara - la.
— Como se sente? — perguntei.
— Acho que meu corpo esta falhando — sorriu fraco, me permiti passear com os olhos pelo seu corpo notando suas pernas tremulas enquanto ela se apoiava na cama.
— vem — fui até ela pegando - a no colo, seu corpo parecia como um forno de tão quente.
— Ash! Meus olhos estão pesando — ela disse com a voz meio falha — Eu acho que é porque não comi nada alem daquele brigadeiro — ela riu nasalado.
— Merda Alanis! — disse frustrado, Senti o corpo da morena ficar mole e sua respiração contra meu pescoço ficar mais devagar — Alanis? — a chamei — puta que pariu — apressei os passos até o carro e assim que me aproximei fez me encarou de forma confusa. — abre a porta, acho que ela desmaiou — disse e o ruivo abriu a porta, coloquei ela no banco de trás — eu dirijo — disse logo em fechei a porta do automovel.
— você nao vai dirigir assim nervoso Ash — ele disse fazendo eu revirar os olhos.
— Não é hora pra tentar ficar calmo e dar lição de moral! — exclamei pegando as chaves de sua mão.
Assim que Fez sentou - se no banco do passageiro, eu arranquei com carro em direção ao hospital. Talvez eu realmente estivesse nervoso, só pelo modo em que eu dirigia sem afroxar por um segundo o pé do acelarador.
— Ash, vai com calma — ouvi ele dizer com a voz serena que ele sempre tinha.
Em um curto periodo de tempo chegamos ao hospital. Assim que estacionei sai rapido do carro acompanhado de Fez, peguei a moerna no colo e a levei as pressas para dentro, assim que me viram entrar, alguns infermeros vieram ate nós.
— Da pra agilizar alguma coisa pra por ela? — perguntei a eles que só pareciam analisar a situação.
— ela está desacordada? — o enfermeiro perguntou fazendo eu revirar os olhos.
— claro que não, ela ta até dizendo oi pra você não ta vendo? — sorri com ironia — ela ta desmaiada porra, faz alguma coisa não fica parado como se fosse uma estatua — disse rude.
— Ei ash, relaxa irmão — Fez colocou as mãos sobre meus ombros — podem por favor ajudar? , ela esta desacordada tem uns 5 minutos e a febre esta muito alta — o ruivo disse calmo mas ainda dava pra perceber seu nervosismo.
— tragam uma maca pra cá — ele gritou e logo apareceram dois caras com o que ele pediu.
— finalmente — suspirei revirando os olhos. Coloquei a morena em cima da maca assim que colocaram na minha frente.
— olha aqui garoto! Não tente me ensinar a fazer meu tabalho — ele disse enquanto apontava o dedo em direção ao meu rosto.
— talvez se você não fosse incompetente eu não faria isso — ri fraco — agora tira a porra do seu dedo da minha cara — disse e ele deu um sorrisinho debochado, de forma bruta entortei seu dedo pressionando ele na minha mão, ouvi ele gemer de dor o que foi o suficiente pra eu soltar o dedo dele.
— Você quase quebrou meu dedo — ele disse de forma dramatica.
— o bom disso tudo é que você já ta no hospital — Fez se aproximou e sorriu nasalado.
— vocês são psicopatas — ele se afastou levando Alanis para ermegencia.
Agora tinhamos que esperar, e pra alguem como eu isso era torturante.
(...)
Já fazia três horas que estavamos ali sem saber se quer alguma noticia. Minhas pernas tremiam em ansiedade enquanto viamos enfermeiros e medicos correndo de um lado e pro outro. Eu não conseguia esconder minha frustração e isso estava me deixando puto.
Fitei Fez que estava meio pensativo e meio cabisbaixo. Eu nunca soube o que hospitais causavam em meu irmão por isso nunca conversamos sobre seus traumas com esse local.
— ta tudo bem irmão? — perguntei. O ruivou apenas assentiu e fitou o chão.
— Não gosto muito de hospitais, pessimas lembranças — ele ergueu o olhar analisando o local. — primeiro eu trouxe a vovó e ai tive que mudar totalmente minha rotina, e por ultimo Rue — ele disse o nome da morena e retornou o olhar pra baixo — sinto que o motivo dela se envolver tanto em problemas foi culpa minha — ele disse com um pesar na voz.
— você só pode assumir responsabilidade com a suas ações, não com a dos outro — encare i o ruivo que me olhava confuso.
— Ta me aconselhando? — ele ergueu uma das sombracelha.
—Porra! É por isso que eu não abro a boca vocês sempre tiram onda — revirei os olhos.
— você seria um otimo psicologo ou um filosofo — Fez riu fraco.
— ainda prefiro vender drogas — o fitei com cara de tedio. — vou fumar — disse me levantando.
— Ash! Dá uma segurada já foi uma 10 vezes lá fora fumar — disse segurando o meu braço antes de eu sair pro lado de fora.
— preciso de uma distração nesse fim de mundo já que ninguem abre a boca pra dar alguma noticia — desvencilhei de seus braços e andei até o lado de fora do local
Eu fumo por tedio, mas eu uso cigarro como usam calmante, é como se meu corpo não ficasse tenso e meus pensamentos não me atormentassem mais, A sensação de não sentir nada é revigorante e minha calmaria estava ali, num maço de cigarro. Sugere uma terapia?
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Dysphoria | Ashtray
FanficA felicidade é instante, é como a chegada das estações, como fim do verão e a chegada do inverno e o fim da primavera e a chegada do outono. O amor entre mim e ele sempre foi quente até se tornar gélido, Quantos abraços ele deixou de me dar ? Ou...