20| Twenty 🥀

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Ashtray
Los Angeles,  California.

Como é viver sem sentir um medo constante? Fez adoraria descobrir, até mesmo para poder ser uma pessoa com uma vida normal. Mas nessa porra de cidade?

Eu encarava Fez já com o maxilar tensionado,  enquanto ele tentava me passar um olhar tranquilizador e erguia suas mãos pra cima.

— Vocês tem um mandado? — Fez perguntou.

— Sim,  vamos revistar a loja  — um dos policiais disse enquanto apontava uma arma pra Fez.

— Alguma prova contra a gente?  — eu perguntei trazendo a atenção deles pra mim.

— eu conheço você — um policial veio ate mim e assim que coloquei os olhos nele eu o reconheci. Era o pai da Alanis. — Coincidência não acha?  Primeiro sua amiga Rue com drogas e depois você e seu irmão sendo acusados,  isso não é curioso?  — ele me encarou.

— E a sua filha junto,  muito curioso — disse de forma debochada.

— Não fala da minha filha — ele disse enquanto pressionava meu pescoço contra parede.

— Calma ai cara — Fez tentou se aproximar.

— fica quieto ai — outro policia disse erguendo mais a arma na direção do ruivo.

— Você não conhece minha filha direito — ele disse em um rude.

— Conheço mais que você,  já que passei quase  5 horas com ela em um hospital — encarei ele  — e aonde o papai estava? — perguntei ironico.

— vasculhem tudo  — ele disse aos demais policias que ali estavam,  e assim eles começaram a jogar tudo no chão —  eu não quero te ver perto da minha filha  — ele disse em um semblante serio.

—  e quem ira salva - la?  Porque sou sempre eu que estou lá quando ela prescisa — disse simples — não é essa função de um pai?  — ergui uma das sombrancelhas.

— Como sabe?  Nem pai você tem — ele riu de forma debochada.

— Melhor não ter,  do que ter um que falha na missão — respondi sua provocação.

— esta tudo limpo aqui chefe — um dos policias disse.

— Sorte a sua garoto,  eu ia amar te ter na coleção —  ele disse e tirou suas mãos do meu pescoço.

— quem sabe na proxima — disse em ironia.

— Vamos — ele disse e os policiais começaram a sair dali mas antes dele começar a andar eu segurei seu braço.

— Quem fez a denuncia?  — perguntei.

— a pessoa não quis se indentificar mas ouvimos um nome ser chamado no fundo.

— e qual era?  — fitamos ele.

lucca. — ele disse e saiu.

Olhei pra Fez que tinha a mesma expressão de raiva que eu, passei pelo ruivo e adentrei a casa a procura de uma das armas assim que a peguei,  coloquei na cintura e sai dali,  Fez  veio até mim e me analisou.

— pra onde vai?  — ele perguntou

— Matar aquele filho da puta!  — disse indo até o carro.

— Eu vou com você — ele disse convicto.

Fez e eu basicamente tinhamos o mesmo nivel de odio e raiva,  a diferença era que eu só sentia isso e Fez compartilhava outros sentimentos nunca sentidos  por mim,  então eu sempre agia por impulso e eu não sabia controlar a raiva era sempre ela que me controlava.

Assim que estacionei no lugar onde eles moravam,  vi alguns seguranças na porta que assim que nos viram avisaram alguem que estavamos ali. Passamos por eles adentrando a casa e assim que chegamos na sala encontramos Jones fumando e bebendo um copo de Whisky e assim que fitou a gente ele sorriu.

— Mais que visita adoravel — ele se levantou sorrindo e vindo ate nós.  Quem o vê tão adoravel assim não imagina que elé um puta gangster.

— Não tão adoravel assim — disse de forma rude. — onde está Lucca?  — fitei o velho a minha frente.

— resolvendo algumas coisas pra mim  — ele bebericou um pouco do liquido meio amarronzado.

— não gosto de quando chama meu irmão pra resolver os negocio entre nós,  muito menos quando o Lucca vai dar o recado — Fez manteve um semblante duro enquanto fitava jones.

— Sinto muito se meu sobrinho causou algum transtorno a vocês — ele disse calmo.

—  Seu sobrinho é um filha da puta — ri fraco.

— esta pisando na bola feio com a gente — Fez disse e o senhor nos encarou.

— Só porque ele usou a garota pra chantagear a você?  Não há nada que o impeça de fazer isso — ele feu um trago em seu cigarro.

— ele envolveu a policia — disse frustrado e o velho ergueu uma sombrancelha.

— E o que querem que eu faça?  — ele disse indiferente.

— Não esquece que se a casa cair pra gente,  você tambem cai junto — o ameacei.

— Não tem provas contra mim — ele riu.

— todas a minhas ligações são gravadas — disse e ele me olhou surpreso — acha que eu sou burro?  Eu  não confio em ninguem então sempre vou estar a um passo a frente — encarei ele.

— Que merda!  Conseguiram me tirar do serio — ele revirou os olhos jogando o cigarro no chão.

Ouvimos o barulho da porta sendo aberta e eu me levantei fitando o moreno que tinha acabado de entrar,  quando ele encarou eu e Fez um sorriso se instalou em seu rosto o que foi o suficiente pra minha raiva subir ainda mais.

— Ash e Fez,  meus grandes amigos — ele veio até nós nos comprimentar.  Se ele fosse ser um personagem de filme,  ele seria o pedro petigru de Harry Potter de tão sinico.

— Melhor não se aproximar — Fez encarou o moreno que deu um passo pra trás.

— Sabemos que foi você — eu disse já trincando o maxilar.

— não sei do que está falando — ele sorriu sinico.

— Quer que eu ajude a relembrar?  — disse indo pra cima dele.

— calma ai Ash relaxa — Fez disse fazendo eu retornar para o seu lado.

— o que você pensou em?  Que ia me chantagear e sair impune?  — ele riu sem humor — ninguem diz merda pra mim e fica por isso mesmo Cinzeiro — ele disse entre os dentes. — Se depender de mim até a terceira geração da sua familia vai queimar na cadeia — ele se aproximou dizendo contra meu rosto.

Eu tinha chegado ao meu nivel de paciencia,  ouvir todo aquele discurso fez com que a raiva dentro de mim aumentasse. Tirei a arma da minha cintura e atirei em seu braço,  ouvi ele gemer de dor e atirei mais uma vez mas agora em sua perna esquerda fazendo mais um gemido sair de sua boca.  Jones apenas ficava sentado fitando tudo,  a verdade é que ele não ligava pra ninguem alem dele mesmo. Ele era o pior tipo de traficante que existia,  aquele que não sente absolutamente nada.

— Agora é uma honra te deixar vivo,  porque eu vou fazer você implorar pra ser morto — disse de forma rude.

Hoje parece que eu sou um vulcão em erupção,  meu corpo parece  estar em chamas como se eu pudesse queimar qualquer coisa a minha frente,  é como se tudo a minha volta me deixasse em extase.  Talvez fosse Raiva,  por que era isso que ultimamente eu sentia demais,  raiva por parecer que eu não conseguia proteger a unica pessoa que eu tenho como familia.  Hoje eu estava como fogo,  com o diabo nos olhos,  o proprio pecado em pessoa.

— Seja bem vindo ao inferno, Ashtray...


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Nada a declarar sobre esse capítulo namoral mermo.

Dysphoria | AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora