Alanis
Los angeles, California.
Diferente dos outros dias dessa vez eu não fui ate a conveniência com Rue , encontraria ela depois. Hoje era o primeiro dia do senhor Robert aqui como jardineiro e eu estava ansiosa pra ver como ele ia se sair.— Chegou cedo — disse meu pai assim que me pegou subindo as escadas.
— Decidi vir direto pra casa hoje — torci o lábio — o senhor Robert já chegou? — perguntei indo até ele.
— Já sim , ele leva jeito com jardins — meu pai sorriu e foi até a porta. — Vou ter que cobrir um polícial hoje noite , volto só amanhã — ele disse colocando seu casaco.
— Okay , até amanhã então — sorri , ele me deu uma encarada e depois saiu batendo a porta.
Fui até o jardim e encontrei Robert regando algumas flores enquanto cantarolava alguma musica de sua época , sorri ao ver o mais velho tão feliz.
— Olá senhor Robert — disse indo ate ele.
— Olá Senhorita Alanis — ele disse fazendo uma reverência.
— Não seja modesto — sorri — Esta gostando do novo emprego ?
— Claro , não podia ser melhor — disse sorrindo ainda mais.
●
Hoje era um dia frio, parecia que o inverno havia chegado mais cedo e eu odiava ter que ir para escola com esse tempo mas lá estava eu andando tranquilamente a caminho do inferno. Uma das coisas que ninguém fala sobre alguem que é filho de policial é que a gente tem um medo constante toda vez que sai sozinho de casa , em vista de que se você mora em uma cidade onde quase 70% das pessoas são traficantes ou já cometeram algum delito esse medo e insegurança só aumentam e essa sou eu agora.
Se eu pudesse escolher a profissão do meu pai , tj ele trabalharia de jardineiro assim como o senhor Robert assim talvez ele fosse mais gentil , ou até médico onde ele salva vidas sem prescisar tira nenhuma outra.
Mas a minha vida não é tão trágica, mas é ruim quando você tem que viver a mercê do medo constante. E agora com as mãos trêmulas e a respiração descompassada por sentir alguém se aproximar fazem com que meu oxigênio não circule pelo meu corpo como deveria , o ar frio que eu respiro causa uma queimação interna. Meus olhos dançando de um lado e pro outro na esperança de que seja tudo fruto da minha imaginação. Apresso meus passos na esperança de que eu chegue rápido ao local mas assim que viro a esquina sinto meus braços serem puxados e antes mesmo que eu pudesse gritar , o barulho é abafado por uma mão enquanto o meu corpo se choca com outro e minhas costas se encontram com a parede , assim que minha íris encarou o rosto da pessoa senti meu corpo relaxar.
— Você consegue ficar quieta por 2 minutos ? — o moreno disse quase em um sussurro e eu assenti. Ele retirou as mãos da minha boca e olhou pro lado fitando o cara que parecia estar procurando algo. Encarei o Ashtray que ainda estava com o corpo colado ao meu e pela proximidade de nosso rostos , eu consegui observa - lo melhor , aquelas tatuagens acompanhado de um unico risco na sombrancelha esquerda davam a ele um charme único. Um puta gostoso. Ele se virou pra mim notando que eu o encarava — Que merda ta fazendo ? — ele ergueu uma das sombrancelhas.
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Dysphoria | Ashtray
Fiksi PenggemarA felicidade é instante, é como a chegada das estações, como fim do verão e a chegada do inverno e o fim da primavera e a chegada do outono. O amor entre mim e ele sempre foi quente até se tornar gélido, Quantos abraços ele deixou de me dar ? Ou...