Ela vale tudo

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NOTAS INICIAIS
Hey hey hey
Disse que vinha e vim!
Manterei as terças como dia de atualização.
Obrigada pelas interações, vocês são demais! (especialmente para LumaColucci, teus comentários fizeram a minha semana, juro)
Espero que gostem e, por favor, relevem os erros.
Bjs, bjs!!
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P. O. V. Regina Mills

Assim que as duas garotas cruzaram a porta meus ombros encolheram em reconhecimento ao giro de 360 graus que havia ocorrido nesse fim de semana.

— Então... —a poltrona ao meu lado afundou enquanto Zel sentava ao meu lado— Parece que nós duas somos as novas Marias Mucilon.

— Por favor, você sempre foi —nossa mãe implicou enquanto ocupava o outro lugar vazio— Regina só preferia ser o Mucilon antes —deu de ombros na piada fazendo com que nós duas ríssemos.

Assim que nos acalmamos encarei minhas mãos como se tivesse algo de extrema importância nas minhas cutículas, esperei que uma das duas iniciasse. Pois sendo bem sincera, eu não tinha ideia de como começar a falar, sobre o que falar.

— Ruby e eu nos beijamos —a ruiva iniciou— Muito... bastante —o sorriso malicioso e nostálgico surgiu em seu rosto.

E uma careta surgia no restante de nós.

— Foram só beijos —se defendeu— Decidimos ir com calma e aproveitar o processo, já que nunca tivemos essa chance antes. E bom, ela é boa sabe —a singularidade que cobria os gestos e os olhares da outra me lembrava as expressões que havia visto na Srta. Lucas mais cedo— Nós somos boas juntas.

— Ela é bonita —Cora começou séria— Bem humorada, definitivamente inteligente —a quietude que seguiu após seus elogios foi um pouco frustrante. Me sentia como uma adolescente aguardando a aprovação para sair de casa— Eu gostei dela, se saiu muito bem em um almoço desprevenido e totalmente improvisado.

O som do suspiro e o movimento brusco dos ombros relaxando mostrava o quanto a mulher ao meu lado estava aliviada com o simples veredito.

— Contei a ela sobre Daniel —soltei devagar.

Como um animal resgatado voltando a pisar em seu hábitat pela primeira vez, como se precisasse de certeza de que aquele ambiente era seguro, me faria bem. Não pelo medo de como as duas agiriam, mas por não ter ideia de como as coisas seriam daqui pra frente. O quanto eu estava disposta a mostrar, a arriscar.
Durante meu pequeno momento apreensivo não notei os olhares virados a mim em uma misto de curiosidade e surpresa.
Falei o mais próximo de tudo que ocorreu, sem contar os detalhes sórdidos (claro).

— A pobre da garota quase traumatizada e você teve um ataque de riso? —Cora perguntou.

— Sério que eu falei por meia hora e isso foi o que mais lhe chocou? —a encarei desacreditada enquanto rebatia.

— Para falar a verdade, o que me chocou foi o fato de que você esperou que entrássemos no seu quarto, quando podia ter levantado, trancado a porta e nos mandado esperar lá fora ou aqui —deu de ombros ao citar o óbvio.

E, droga! Por que eu não fiz???

— Um passarinho comentou que você quase correu da sua própria casa hoje de manhã —Zel parecia cautelosa enquanto puxava uma das minhas mãos para si.

— Deus, ela é tão fofoqueira quanto você —impliquei ao sentir as mão de Cora se juntarem ao pequeno afeto.

— Isso, eu só... —um bufo irritado escapou por entre meus lábios— Eu já li e avaliei centenas de livros de romance, alguns de escritoras super renomadas —voltei a encarar meus dedos— Todos os tipos de envolvimentos, dos mais incomuns aos clichês, e ainda assim eu não tenho a mínima ideia de como agir com ela —mordi os lábios em frustração— Uma mulher adulta que não sabe como tratar os próprios sentimentos, é realmente incrível —ironizei ao balançar a cabeça negativamente.

When I Kissed The TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora