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NOTAS INICIAIS
OLÁ, OLÁ
Será que tem alguém acordado?
De toda forma, trago mais uma att quentinha. Espero que gostem desse!
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P.o.v Regina Mills

Caminhei tranquila até a parada e no fim acabei trazendo o casaco oferecido por Kristin, repassei nossa conversa várias vezes em minha mente. Talvez eu devesse contar tudo para Zelena, o que a loira não imagina é que ela é a única que realmente sabe o que aconteceu, e que as nossas saídas casuais não são as únicas coisas que omito da minha irmã. Não demorou muito até que o ônibus de número 108 estivesse à minha frente. Assim que subi acenei para o motorista e segui até o fim do ônibus, a viagem durou cerca de 20 minutos e a caminhada da parada até em casa durou menos ainda, já que a descida não ficava tão distante do prédio em que morava.

- Bom dia, senhorita Mills! A senhorita Zelena pediu para lhe avisar que infelizmente não pode esperá-la para o café, e que não poderá vir para o almoço -o porteiro informou assim que me viu.

- Bom dia, Sr. Gepeto! Muito obrigado pelo aviso -sorri simpática e caminhei até o elevador.

Bom, acho que não vai ser hoje, suspirei ao entrar no elevador. Não daria aulas, nem precisaria ir na faculdade, então passaria o dia em casa. Assim que abri a porta deixei meus sapatos ao lado do tapete de entrada e segui rumo ao meu quarto, iria pedir algo para comer, ler um livro e depois cochilar um pouco. Ao entrar no quarto observei o espaço amplo, as paredes claras, duas delas com prateleiras cheias de livros, cama arrumada, a pequena escrivaninha à esquerda, a varanda, a porta para o closet. Sem dúvidas um espaço bonito e aconchegante, mas tão silencioso, quieto, vazio. Não me entendam mal, eu adoro o silêncio e a solidão, com o passar dos anos se tornaram grandes amigos, me ajudaram a descobrir todas pequenas coisas sobre mim. Mas confesso que às vezes sinto falta de companhia. Por isso amo quando Zelena invade meu apartamento, ou até mesmo quando um de nossos amigos, ou nossa mãe, decidem vim para o fim de semana. Infelizmente a vida adulta não dá muitas margens para esses momentos de confraternização. O único momento certo durante a semana são os domingos, onde Zel, Cora e eu alternamos entre nossas casas e passamos o dias juntas.
Troco de roupa sorrindo, relembrando das várias vezes em que coincidentemente (ou não) Graham, Victoria e Kristin uniram-se ao nosso pequeno costume rotineiro. Talvez devesse os chamar para o almoço deste fim de semana. Peguei o celular para pedir o almoço e segui em direção a sala, havia desistido do livro, veria um filme. Passei pelo corredor até que detive meu andar em frente ao espelho.

- A idade me fez bem -encarei meu reflexo- Talvez não seja uma má ideia- pus uma de minhas mãos sobre o abdômen e encarei o ambiente ao redor.
- Tsc, Tsc... -estalei a língua entre os dentes- Um animal de estimação seria melhor.

A tarde seguiu calma e rápida, comi um delicioso prato de brócolis, purê de batata e bagna cáuda (molho feito com azeite de oliva, creme de leite fresco e alho), enviei alguns e-mails e troquei mensagens com Zelena, arrumei a cozinha, voltei para sala e em algum momento do segundo filme peguei no sono. Acordei com o barulho de vozes na cozinha, além de um cheiro delicioso de comida. Sentei sobre o sofá ainda tentando recuperar todos os meus sentidos e prestei atenção na conversa que estava rolando no cômodo ao lado pra tentar identificar quem estava em casa. Bom, sem dúvidas minha irmã teria que estar no meio, ou então não teria como haver alguém aqui além de mim. Alcancei o celular de cima da mesa de centro e reparei ser 19h30, observei também que tinham várias mensagens avisando do pequeno jantar pré festa que seria feito aqui. Levantei e segui até o barulho.

- Vocês sabem que ela não vai, né? -escutei Graham falar assim que me aproximei mais da cozinha.

- Óbvio que sabemos -Victoria constatou- Mas quase não temos tempo de nos encontrarmos...

When I Kissed The TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora