Não há um lugar para nós

511 27 30
                                    

NOTAS INICIAIS
Certo, três coisas;
1. Esse capitulo tem menções a relacionamento abusivo e agressão física 
2. Em determinado momento pedirei para darem play em uma música, caso escutem, sugiro colocar no youtube com a velocidade de reprodução 0.75
3. leiam o final para mais informações.

Boa leitura!
______________________________________________________________________________


P.o.v. Emma Swan 

"O meu melhor amigo é o meu amor"
Os Tribalistas preenchiam o silêncio do carro, a banda brasileira do início dos anos dois mil se tornou uma das favoritas de Tinker tempos atrás, ela os ouvia direto e por consequência, acabamos nos afeiçoando à algumas músicas e suas traduções. Essa em específico sempre me chamou atenção.
O primeiro refrão havia passado quando Mills começou com seu acompanhamento tímido, como havia feito em todas as canções anteriores, que poderiam ter passado despercebido se eu não estivesse dividindo minha atenção entre nosso caminho e sua postura o trajeto inteiro. 

— Sua mãe nunca disse que é falta de educação encarar as pessoas? —brincou ao me ver estacionar. 

— Ela até fez —fingir seriedade ao olhá-la— Mas nunca disse o quanto seria difícil se fossem morenas, de olhos castanhos usando um belo batom vermelho —sorri ao receber seu familiar revirar de olhos. 

— Você é tão idiota as vezes —balançou a cabeça em negação enquanto olhava para todos os cantos em busca de conferir se estava com todas as suas coisas em mãos. 

— Sinto muito, senhora, mas isso estava nos termos e condições —ergui as sobrancelhas em sugestão ao erguer três dedos em sua frente enquanto me virava completamente em sua direção— Loira, gostosa e com um timing quebrado para piadas. Falando em piada, sua corrida de 12 dólares e 35 centavos. 

— Ah, você diz que deu esse valor, senhora? —sua voz saiu trêmula, estragando seu disfarce de polidez. 

— Não sou eu, é o taxímetro —dei de ombros ao apontar para o relógio, fingindo mostrar o objeto citado. 

— É de fato uma pena eu ter esquecido minha carteira em outra bolsa —a malícia dançou entre suas íris— Acredito que terei de achar outra forma de compensá-la —sorriu predatória ao se aproximar transformando nossa distância a milímetros. 

No mesmo segundo uma de suas mão subiu para encontrar a parte interna da minha coxa em um leve aperto me fazendo soltar todo o ar que havia prendido com a sua aproximação, minha reação foi o suficiente para aumentar o sorriso convencido no rosto da mais velha. Inclinei meu corpo para ela, como uma mariposa corre para a luz, fechei meus olhos e esperei.
O estalo do seu seus lábios contra minha bochecha foi audível, assim como o cinto se soltando e a trava da porta sendo liberada. 

— Espera, só? —franzi o cenho ao vê-la se afastar, os cantos da boca nunca abaixando— Quer dizer, um beijinho só? —complementei levemente desorientada.
Deusa, essa mulher me deixa mal! 

— Até a sua formatura —observei enquanto ela saía e dava a volta até o meu lado na janela— Vai ter que se contentar com abraços e beijos na bochecha —franziu o nariz ao brincar. Adorável!
— Bom, qualquer coisa é melhor que esbarrões e xingamentos em espanhol —impliquei alto enquanto observava caminhar até a entrada do prédio e pegar seu celular. 

lua: concordo sobre os esbarrões, mas não garanto sobre os xingamentos ;) 

sol: Tudo bem, você fica extremamente quente quando xinga, quando faz qualquer coisa, na verdade! E isso é extremamente injusto...

When I Kissed The TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora