Passar o tempo
27 de fevereiro de 1720
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- Oh, não deveria ficar assim em contato com a terra, minha senhora. Pode fazer mal aos seus poros. - A criada, também conhecida como dama de honra da Lady Salvatori, encarou as pernas molhadas da moça repleta por lama enquanto a outra ria de descarrego.
Aquela sensação era realmente única. Gostava de se sentir assim. Banhar livremente num rio, escutar o som dos pássaros mais de perto, o barulho das águas, e principalmente sentir seu corpo em contato com aquela natureza.
- Está tudo bem, Perrie. - Levantou-se com a ajuda dos braços largos da outra que tinha uma careta e faltava pouco babar de nojo pela situação. Não podia negar que deveria ter um aumento por ter que passar por este tipo de situação com uma donzela. - Apenas segure meus sapatos, consigo caminhar sozinha.
Perrie catou o par de sapatos roxos totalmente melados do esterco, enquanto via a dona andar desengonçada tropeçando nos próprios pés enquanto esfrega os dedos sobre o caminho de pedras e os farelos de areia molhada que estão em cima dos mesmos. Felizmente a criada sabia que havia um banheiro fora de casa, não sabia o objetivo mas agradeceu para um momento como esse.
O espaço era logo depois de um belo jardim de girassóis. O pequeno banheiro que só tinha um chuveiro grande branco era tampado pelos quatro lados por lacas de madeira, não era incomodo algum para ela.
- Vou pegar uma toalha e suas vestes, pode começar a se lavar, Milady. - Comunicou ao jogar as sapatilhas no chão, logo atrás de uma das latas de planta que tinha ali. Esperando que ninguém visse e lhe ordenasse lavar. Afinal sabia que aquilo não ia sair nem mesmo com água benta. - Ah não ser que queira me esperar e...
- Não. Tudo bem, Perrie. Eu posso tomar um banho sozinha, hum? - Um sorriso debochado veio da Lady, ao contrário do que ela pensava a empregada achava um alívio se livrar de atividades como esta. Este era o único motivo pelo qual a Senhora Perrie ainda está no seu emprego. A autoconfiança e sabedoria da mulher faz com que goste de fazer as coisas sozinhas.
Coisas simples que geralmente as mulheres costumam deixar que as damas de companhia façam. Como tomar banho, vestir a roupa e pentear os cabelos.
Kiara por sua vez visualizou o barril cheio de água com um pote de alumínio para pegar a água. Tirou a roupa que mal estava colocada no corpo e jogou na porta do breve cômodo, ficando nua e sentindo a brisa nos cabelos. Nunca tinha tomado banho em um lugar como aquele, no meio de um jardim, com águas de um barril. Aquilo era novidade.
Ao jogar a água nas costas gritou fino. Foi inevitável. Estava muito mais fria do que o esperado. Arqueou as mesmas, batendo os dentes e xingando mentalmente coisas que nem sabia o significado.
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O CONDE DA NOITE FRIA • JJK
FanficRomance de época [+60mil palavras] !Antiga história A Espera! Pode um amor antagonista apagar as marcas de um passado triste e sombrio? O Conde de Caccini está de volta a cidade, depois de três anos após a morte de sua esposa, optou por ficar fora d...