❦ 15.03.1720 ❦

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Dor incubada

15 de Março de 1720

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- Me leve até a residencia da Viscondessa Salvatori, George.

O Conde entrou dentro de sua carruagem assim que seu cocheiro concordou com a cabeça baixa e se pôs em cima do banco para conduzir os cavalos, enquanto isso o mesmo se acomodou no assento encarando o relógio de bolso.

Por algum motivo se sentia nervoso por estar indo a casa da mulher que domina seus pensamentos nos últimos dias, certamente a mulher mais diferente e autônoma que já conheceu. Iria até a casa das Salvatori para visitar o túmulo do Visconde, não tinha ido ainda e quando soube que era na casa do mesmo não cogitou não ir.

Certamente é algo muito comum túmulos no quintal da mansão que carrega o nome da família, ainda mais visto que os quintais são enormes e cheios de árvores e gramado. Se quer parece que tem um túmulo ali, assim como o do falecido Conde de Caccini continuava nos fundos do casarão da família.

Conforme ia se afastando o centro da cidade ia percebendo a quantidade de trabalhadores que tinham nos cantos menos movimentados, isto é, movimentados pela elite da cidade que costuma ficar apenas perto das praças e do palácio.

Cada uma daquelas pessoa vive inutilmente trabalhando pesado para ganhar uma mixaria por dia, o mesmo dúvida muito que eles consigam contratar algum médico por exemplo. É um dinheiro que para ele é uma refeição em família. Pensar este tipo de coisa lhe faz querer deixar de existir.

Ou talvez existir como um mero pássaro que come as migalhas de pão no chão, já que as ladies os acham belos e sorriem enquanto lhes dão comida quando na verdade aquilo pode até os matar entalados. Ser um cachorro também seria bom, mas pensando bem era a pior ideia, geralmente animais como este não são bem recebidos na sociedade visto que ele pula em cima, lambe e não é algo tão agradável.

Tal fato lhe fez lembrar da ave da Lady Salvatori. A tal calopsita albina era uma das aves mais belas que já havia visto, não era grande ou colorida, mas as penas brancas e limpinhas e a sua inteligência impressiona qualquer pessoa. Talvez não tenha se lembrado só da ave.

Já que a donzela permanecia na sua cabeça.

Enquanto isso o mesmo volta a pensar na sua falecida esposa, pedindo desculpas por estar com q cabeça em outra mulher, isso não deveria acontecer muito menos tão rápido assim. Donatella não estaria feliz em vê-lo quase cobiçar outra mulher, muito menos alguém que seja o oposto dela.

O tipo do Conde é justamente o do de sua mulher.

Donatella era a mulher mais doce que já passou por toda sua vida. Uma mulher de classe, respeito e educação imensa. Seu sorriso era delicado, branco e perfeito em sua boca pequena e desenhada. Seu corpo era magro, bem magro, seus seios quase não existiam. Contudo, tudo aquilo agradava muito ao Conde, ela combinava perfeitamente com ele.

O CONDE DA NOITE FRIA • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora