❦ 25.03.1720 ❦

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Córrego de pesadelos

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Córrego de pesadelos

25 de Março de 1720

Apoiada as mãos na cadeira branca de madeira enquanto se olha no espelho Kiara sente o espartilho ficar cada vez mais apertado no seu corpo, enquanto Perrie puxava as cordas a vestimenta usando o pe que empurrava na cadeira dando mais impulso.

A donzela não gosta no espartilho desta maneira, contudo entendia que a outra seguia ordens de sua mãe, apesar de ser a sua dama. O alívio lhe preencheu assim que sentiu que a mesma parou de fazer força e deu um laço no espartilho, virou-se de frente e a mesma lhe colocou o vestido.

Desta vez um branco, de decote reto ligado a mangas retas e quadradas. Os únicos detalhes presentes no vestido eram na parte do espartilho, haviam flores brancas de renda ali. Infelizmente não havia nenhuma fenda e suas belíssimas pernas não estavam a mostra.

Na verdade quem tinha escolhido aquele vestido fora a pequena Sam. Há alguns bailes que a irmã mais velha da a liberdade de ela escolher o seu vestido visto que quem sempre escolhe os da pequena é a maior. Mesmo que ela não use, Kiara gosta de dar opinião. Perrie pegou o colar com uma pedra linda de esmeralda moldada no formato de um coração e pós em seu pescoço.

Enquanto isso Kiara pegou o brinco, também de esmeralda, e colocou na orelha esquerda. Por algum motivo quando encarou seus olhos castanhos no espelho, agora claros devido a luminosidade da vela próxima, lembrou-se da noite de dias atrás, do dia que resolveu chamar o Conde para beber em seu bar enquanto estavam sozinhos.

Ao lembrar da atitude do mesmo lhe deixava meramente feliz, quer dizer, talvez esta não fosse exatamente a palavra. Grata, talvez. Em momento algum nenhum dos homens que conhece teria uma atitude daquela contra o Marquês, o alfinetando de maneira claramente insolente e divertida enquanto o mesmo perde a fala. Nem mesmo seus melhores amigos.

Sua mente ainda estava na maneira que os braços fortes dele agarraram seus ombros largos e fortes, o braço lhe deu a volta e o perfume forte de algo que ela não consegue identificar entrou em suas narinas de maneira que seu corpo teve um espasmo, pequeno e deleitoso. Aquele cheiro era muito bom. Um amadeirado com alguma flor que até então não conseguiu identificar.

- O outro brinco, senhorita. - Kiara se virou juntando as mãos na frente do vestido sentindo o salto dos pés enquanto Perrie pôs o brinco. Olhou para a mulher de olhos azuis e boca pequena, esperando que ela dissesse se faltava algo. - Você está linda, agora deve ir, sua mãe está lhe esperando na sala central com a sua irmã. Sabe que se demorar ela vai mandar um guarda aqui.

- Eu sei. Obrigada mais uma vez, Perrie. - Sinto uma conexão com a minha dama que é algo tão incrível que não sei explicar. Para mim Perrie não é só minha dama, ela cuida de mim, contudo, apesar de saber que este é o seu trabalho. Vejo o quão se esforça e o quanto se importa. Ela é verdadeiramente a mulher cujo sabe de tudo da minha vida, até mesmo mais do que minha mãe.

O CONDE DA NOITE FRIA • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora