❦ 18.04.1720 ❦

4.2K 442 89
                                    

18 de Abril de 1720

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


18 de Abril de 1720

Manhã agradável

Cinco dias se passaram desde que dormiu na casa do Conde, se lembra de cada detalhe e cada respiração falha que ainda dominava sua mente e lhe fazia voar com os pés no chão e borboletas na barriga. Tudo tinha sido tão perfeito para si que a donzela veio a comparar a noite de amor com a péssima que tivera sua primeira vez.

Nada foi igual. O Marquês não teve o mesmo cuidado com seu corpo, lhe trazia marcas doloridas e desagradáveis, se preocupava unicamente com seu próprio prazer. O seu corpo se chocava contra o dele de maneira tão bruta que seria um abuso compara-lo com a delicadeza de Caccini.

Kiara pôs um pedaço de uva na boca vendo Nina comer um ovo cozinho enquanto isso sua mãe tinha acabado de acordar e vinha lhe fazer companhia, Sam também já estava tomando café. Não havia coisa melhor que esta, acordar as seis da manhã e tomar um bom café no jardim de casa ouvindo o cantar dos pássaros e sentindo aquele sol fraco contra sua pele.

Sem dúvidas ama o sol das seis da manhã.

- Bom dia, minhas filhas. - A Viscondessa sorriu e se sentou, enquanto isso a empregada ao lado preparou o seu café com uma pedra de açúcar.

- Como foi sua noite, mãe? - Perguntou Sam. Aquela hora da manhã também era sua preferida, isso porque pode escolher a roupa que quer ficar e consequentemente se sente muito confortável por colocar casacos masculinos ou calças largas, quando as mulheres usam apenas vestidos.

- Dormi muito bem. - Acariciou a mãe da filha e deu um gole no café, estava perfeito. Seu olhar voltou-se para a filha mais velha sentada a sua direita. - Eu ainda quero saber, de suas palavras, Kiara, o que aconteceu naquele baile.

Não era a primeira e nem muito menos a segunda vez que a sua mãe lhe perguntava sobre aquela noite, disse que algumas pessoas viram os dois no coreto e as fontes chegaram a ela como uma boa fofoqueira. Kiara não lhe deu resposta, a não ser a rasa desculpa de que estavam apenas conversando. Mas como uma boa mãe aquelas palavras eram poucas demais para seu entendimento.

- Porque a senhora é tão insistente? - Kiara desviou o olhar do pássaro branco e cruzou os braços em direção a mãe.

- Porque eu sei que está acontecendo algo com você e aparentemente com o Conde também.

- Vão começar a falar do Conde de novo?

- Quieta, Sam. - As duas falaram. A pequena bufou e se encostou na cadeira comendo mais uma fatia de bolo.

- Pensa que não sei dizer quando uma pessoa está amando? Ainda mais quando esta pessoa é minha filha? Você parece reluzente, Kiara. Me lembro que na tarde daquele baile você parecia deprimente, até tentou ficar em casa e foi depois de tanto eu insistir. E depois aparece com sorrisos bobos. - Lea tocou a mão mais próxima da filha que encarou o carinho da mãe. - Quero ser presente na sua vida, quero saber o que está acontecendo! Eu nunca vou crucificar você por amar, e já tivemos esta conversa uma vez. - Kiara se lembra daquela conversa, era uma pessoa muito jovem quando se apaixonou pela primeira vez.

O CONDE DA NOITE FRIA • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora