#DeusesDeMetal
Cobre, 8 de Ametista
Yoongi estava feliz que Seulgi podia sair do quarto e comer o desjejum com ele na sala de jantar. Ainda não gostava de Namjoon, mas apreciava o tratamento que ele tinha feito. Era quase como se matar Kim Yerim não tivesse tido consequências, o que era estranho para Yoongi. Ele tinha certeza que a consequência viria um dia, assim como aconteceu quando, depois de anos, seu pai descobriu que ele havia matado a própria mãe por ódio e decidiu fugir de Sarang porque não podia aguentar ter um filho com sangue nas mãos.
Mas a diferença era que a mãe de Yoongi lhe tratava muito mal, como se ele tivesse sido o responsável pela morte do irmão mais novo, quando, na verdade, os dois foram vítimas do sequestro que sofreram na infância. Yoongi cresceu recebendo ódio e desdém da mãe, se culpando todo o tempo, ficando tão desassociado das coisas boas da vida que passava dias sem pronunciar uma palavra ou dar um sorriso em sua juventude. Ela era ruim com o marido também, culpando-o por não dar conforto a ela pela perda, por estar muito ocupado com o trabalho de Ministro, acusando-o de não amá-la mais, sendo que ele também estava passando pela perda, mas quem estava o apoiando?
Depois de anos, Yoongi apenas chegou à conclusão que tudo melhoraria se sua mãe não estivesse mais ali, então ele tomou a iniciativa de cortar o sofrimento daquela família pela raíz. A cena do crime foi aparentemente perfeita: parecia que ela mesma tinha se degolado com a faca e ninguém suspeitou de seu primogênito. Como planejado, tudo melhorou. Tendo apenas um ao outro, Yoongi e seu pai se aproximaram e foram os melhores anos da vida de Yoongi desde o sequestro. No entanto, a verdade foi descoberta e, com 20 anos, Yoongi se viu sem família, tendo que desistir da faculdade de engenharia para assumir o Ministério da Arena que estava à cargo de sua família desde a geração do seu tataravô.
Algo quebrou dentro dele, Yoongi sabia. Se as pessoas fossem máquinas, talvez ele tivesse conserto, mas não havia qualquer ferramenta para ser usada em seu coração de carne e sangue. Seulgi gostava de ler livros onde o amor do casal os tornam pessoas melhores, mas ele simplesmente não podia acreditar naquilo. Se amor pudesse salvá-lo, porque ele ainda não se importava com os sentimentos dos outros mesmo estando casado com Seulgi? No fim, eram apenas histórias.
Não que ele quisesse fazer mal, ele só não sabia ser de outro jeito. Era divertido brincar com as pessoas, ver até que ponto elas aguentavam, refletir sobre suas moralidades e entender seus lados obscuros. Desde que ele virou ministro, sete anos se passaram e ele teve incontáveis brinquedos, mas Park Jimin foi de longe o melhor. Era fascinante de observar. Um homem de origem humilde, mas grande genialidade. Havia um charme no jeito de Jimin se portar que fazia qualquer um não querer tirar os olhos dele. Yoongi estava verdadeiramente feliz nas semanas em que eles foram amigos, construindo o tigre mecânico juntos.
Como o próprio Yoongi não era capaz de sentir muitas coisas, era como se Jimin compensasse por ele. Porém, matar Yerim não estava em seus planos. Ele pretendia apenas brincar com a conexão quase familiar dos dois, ver de que forma eles reagiriam, o quão forte era o amor que sentiam um pelo outro. Não esperava que ela tentasse atacá-lo com tanta estupidez.
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imperfeitos: deuses de metal ; livro 1
FanfictionEm meio a segredos dos mortos e magias desconhecidas, Park Jimin, um criador de autômatos do país de metal, chama a atenção de um casal no topo da hierarquia social e se envolve numa teia de manipulações na qual é difícil saber quem está errado e qu...