16 ¦ homem cego

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#DeusesDeMetal

Ferro, 01 de Granada de 122 d

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Ferro, 01 de Granada de 122 d.S.

Jimin, presta atenção aonde essas pessoas estão levando você! Eu sei que você conhece Kim Taehyung, mas não se deve confiar em ricos. 

— Cala a boca, você está morta — Jimin murmurou, quase desmaiado, sendo jogado no banco de trás de um carro, do lado de um brutamontes. Um borrão vermelho e outro brutamontes iam no banco da frente.

— Quem está morta? — O borrão vermelho perguntou. — Quer saber, esquece. Você está delirando de dor. Vou lhe levar para o hospital de Jungsim.

Eu sei que você não está acreditando, mas eu estou aqui de verdade. Dentro de você. Não sei porque, não sei como, mas é um milagre. Por que não está feliz que continuo aqui?

Porque ela tinha dado um último suspiro nos braços dele e depois se transformado em plantas, porque ele voltou para casa e teve que dizer para Namjoon que ele nunca mais veria sua irmãzinha, porque Jimin passou dias se matando com bebida e achou que a voz dela fosse um sonho, porque ela escondeu dele que trabalhava com os rebeldes que querem destruir o país e escondeu que era de uma raça apenas metade humana e podia fazer magia. Jimin sentia mais dor em seu coração do que em sua perna. Estava com tanta raiva de Yerim, dos segredos, da morte dela e da volta surpresa em sua mente. Como se já não estivesse complicado o suficiente, como se Jimin quisesse uma pessoa que ama presa dentro do corpo dele, vendo-o fazer estupidez atrás de estupidez e ouvindo seus pensamentos caóticos sobre as coisas que ele estragou para sempre.

— Você sente a dor do tiro? — sussurrou.
 
Não. Eu estou bem.

— Bom. Agora cala a boca.

Jimin viu Taehyung, que não era mais um borrão, olhar para ele preocupado. Mas não se importou, apenas desmaiou.
 
Pouco tempo depois, acordou já deitado em uma cama de lençóis brancos, sentindo uma queimação na canela direita e vendo uma pessoa enfaixá-la. Sentou-se rápido, querendo segurar a perna como se isso fizesse a dor diminuir. A mulher que cuidava dele se afastou com medo, mas Taehyung apareceu e acalmou a todos. Sentou-se ao lado de Jimin e pôs a mão em seu ombro.

— Você está bem. Está no hospital. Lembra do que aconteceu?

Jimin definitivamente lembrava. 

— Aquele mal-amado do Min Yoongi me deu um tiro. 

— Sim, na frente de todos. Mal pude acreditar nos meus próprios olhos. Não é assim que um líder deve se portar. 

— Com licença — disse a médica, que tinha o cabelo preso em um coque e um vestido azul de mangas bufantes com um avental branco por cima. — Posso terminar de enfaixá-lo para poder sair daqui, senhor? 

— Ahn, claro. — Jimin respondeu. — Perdão por assustá-la.

Taehyung se afastou e sentou-se a uma mesa perto do janelão de vidro para beber café. Aquele era um quarto bem chique, com uma cama extremamente confortável, sofás, mesas e uma bancada para preparar alguma bebida. Enquanto Jimin terminava de ser cuidado, ele lembrou de como Namjoon trabalhava principalmente nas casas de seus pacientes e quando alguém machucado ia até ele no apartamento, Namjoon cuidava dessa pessoa na sua própria cama e servia comida e chá com suas próprias louças. Ele não trabalhava para um dos dois hospitais do país porque seus remédios eram um segredo, e agora Jimin sabia porque: eram fruto da magia de Yerim. Ficou pensando se Namjoon também era semideus, afinal, os dois eram irmãos, faria sentido. Bem, seria apenas mais um segredo que afastou eles. 

imperfeitos: deuses de metal ; livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora